quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

MEIO AMBIENTE

MEIO AMBIENTE 

Urias Rocha®

Devastação da fauna
Um dos mais graves problemas ambientais é a devastação da fauna aquática. Ambientalistas exigem a regulamentação governamental, mas a fiscalização da pesca é muito difícil, então muitos pescadores acabam capturando peixes também em épocas de reprodução, e não só nas temporadas em que a pesca é liberada. Devido a esse comportamento, muitas espécies tiveram suas populações drasticamente reduzidas. A pesca seletiva coloca em risco não só as espécies diretamente envolvidas como também outras a elas ecologicamente relacionadas.
Os ecossistemas costeiros, apesar de muito ricos, apresentam grande fragilidade. A pesca não controlada pode levar a extinção de espécies. Ecossistemas costeiros sofrem muitas alterações devido à poluição urbana e industrial das águas do litoral.
Pesca não controlada
Outro dos grandes problemas que afetam a fauna é a coleta de animais vivos, destinados a usos ornamentais. Aves canoras e aves com plumagem exuberante são os animais mais ameaçados, mas correm riscos também as tartarugas, macacos e cobras. Ainda que sejam terminantemente proibidos, por lei federal, a coleta, o transporte, a comercialização e a manutenção de animais silvestres em cativeiro, existe todo um comércio voltado para este ramo.
A procura de peles e plumas é responsável pelos maiores massacres de animais silvestres já ocorridos. Atualmente, em países mais desenvolvidos, as pessoas que usam peles, ao contrário do que pretendiam, passaram a causar impressão de ignorância. Muitas lojas de artigos de peles chegaram a sofrer atentados por uma parte da população, revoltada com o abuso nos crimes contra a fauna. No Brasil, durante o carnaval, ainda há aqueles que abusam das plumas. 
Desmatamento
Florestas Tropicais localizam-seno norte da América do Sul (Bacia Amazônica), na América Central, na África, na Austrália e na Ásia e são as mais ricas em biodiversidade, apresentando um grande número de espécies.
O desmatamento e a destruição de grandes partes das florestas tropicais têm causado um aumento perceptível do teor do dióxido de carbono na atmosfera. O desmatamento diminui o número de árvores, ou seja, dos produtores de oxigênio.
Desmatamento por causa de práticas agrícolas e as queimadas têm alterado drasticamente o habitat de várias espécies. O período de reposição dessas florestas é enorme e dependo da situação do solo após o desmatamento, até impossível.
O desmatamento ocorre por razões econômicas como: a extração de madeira para fins comerciais, a mineração e o desmatamento para abrir áreas para a criação de gado. Incêndios também contribuem para a devastação das florestas tropicais.
As principais consequências da destruição de grandes áreas dessas florestas são:
- Aumento da temperatura: os raios solares incidem diretamente sobre o solo aumentando a capacidade de absorção de energia do mesmo; este irradia calor para a atmosfera;
- Diminuição do índice pluviométrico;
- Erosão do solo, causando assoreamento de rios e represas, prejudicando a agricultura e agravando as enchentes;
- Empobrecimento do solo;
- Comprometimento do equilíbrio atmosférico entre gás carbônico e oxigênio;
- Destruição da biodiversidade;
- Agressões aos povos indígenas e populações ribeirinhas.
- Desertificação.
A Floresta Amazônica, a maior floresta tropical no mundo, já foi altamente devastada. O governo brasileiro, visando o desenvolvimento do estado do Amazonas, chegou a subsidiar a criação de gado, indústrias e outras atividades que causaram o desmatamento de áreas extensas da floresta.  As consequências dessas atividades alcançam um nível global. Internacionalmente, o governo brasileiro sofre pressão a respeito de medidas sérias para a preservação da Floresta Amazônica - que é frequentemente chamada de "o pulmão do mundo".
Metais pesados
Os metais pesados como o mercúrio, o arsênio, o chumbo, o cobre, o níquel e o zinco são tóxicos. Liberados, mesmo em baixas concentrações pela mineração, indústria e queima de combustíveis, podem afetar o sistema neurológico dos vertebrados e acumular-se tanto no solo ou em águas como em seres vivos.
No Brasil, a utilização indiscriminada do mercúrio na mineração vem causando danos enormes em várias regiões. Na primeira fase da mineração - quando o sedimento do fundo do rio é aspirado e peneirado - o mercúrio é adicionado porque ajuda a separar o ouro da terra. Para cada quilo de ouro, os garimpeiros usam 2 quilos de mercúrio, e grande parte desse mercúrio acaba ficando no rio. Na segunda fase, o ouro é purificado pelo aquecimento por maçaricos. O mercúrio evapora e converte-se em um gás extremamente tóxico, que é liberado diretamente no ar e absorvido durante a respiração.
Grandes quantidades de mercúrio, lançadas nas águas dos rios, envenenam e matam diversas formas de vida. Peixes envenenados pelo metal, se consumidos pelo homem, podem causar sérios danos ao sistema nervoso.
Destilados do petróleo
Os destilados do petróleo - querosene, óleo mineral de vedação, óleo diesel, destilado solvente, gasolina, éter de petróleo, espírito de petróleo (benzina), etc. são usados como combustíveis e solventes.
Têm sido cada vez mais frequentes, a nível mundial, os relatos de acidentes desastrosos com vazamento de petróleo para o meio ambiente, normalmente marinho - navios petroleiros, plataformas de extração e outros - além, do uso indevido e exagerado dos seus derivados processados pela indústria. Todas essas ocorrências resultam, direta e indiretamente, em prejuízos importantes à saúde humana e ao ecossistema global.
tartaruga coberta de petroleo
Vazamento de petróleo
A inalação prolongada de altas concentrações de certos destilados de petróleo causa efeitos no fígado, rins e medula. Aspiração direta destas substâncias para os pulmões parece ser a principal causa de irritação pulmonar.

O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E OS IMPACTOS AMBIENTAIS

É preciso considerar que a atividade humana sempre tem algum impacto negativo sobre o ambiente. O homem transforma a natureza: matamos seres de outras espécies para obter alimento, destruímos ecossistemas naturais para construir moradias e eliminamos nossos excrementos e lixo nos mares, nos rios ou no solo. Com uma degradação continua, não é dado ao meio ambiente o tempo necessário para se recuperar e se regenerar.
Superpopulação, desenvolvimento econômico e degradação ambiental são componentes intimamente ligados. Quanto maior for o número de pessoas, maior será a exploração dos recursos naturais e a produção de resíduos, com poluição da atmosfera, da água e do solo. Os efeitos globais da poluiçãogerada pelo desenvolvimento industrial já são evidentes: há locais, onde as chuvas são ácidas e corrosivas; há buracos, que estão se expandindo, na camada de ozônio que envolve a Terra e que expõem perigosamente os seres vivos à radiação ultravioleta; a temperatura média está subindo, perigosamente, em todo o planeta, em função do efeito estufa, provocado pelo acúmulo de determinados gases (CO2 das combustões, CH4 das fermentações etc).
poluição do ar
Poluição na cidade de Changsha, China
Cientistas trabalham para encontrar alternativas energéticas e novas tecnologias para a produção de recursos, para a redução da contaminação industrial e para o reaproveitamento dos resíduos.
É preciso visar medidas eficientes e responsáveis para manter o desenvolvimento sustentável. Preservar o meio ambiente garante uma melhor qualidade de vida para toda a população. Sem contar que temos o dever de deixar um ambiente natural saudável para nossos filhos e para as futuras gerações.
Desenvolvimento Sustentável
O objetivo de uma política visando o desenvolvimento sustentável é de incentivar o desenvolvimento econômico e, ao mesmo tempo, promover o uso eficiente dos recursos naturais, reduzir a degradação do meio ambiente e assegurar os recursos naturais para o futuro. Os modelos atuais de desenvolvimento econômico têm levado a uma imensa desigualdade social, além de serem perdulários e altamente poluidores.
É impossível dissociar a preservação ambiental da péssima qualidade de vida de milhares de seres humanos. Ao mesmo tempo o consumo de energia e a produção de resíduos são, de sobra, maiores nos países desenvolvidos em relação aos subdesenvolvidos ou em desenvolvimento.
Para um país em desenvolvimento como o Brasil, seria aparentemente aconselhável explorar ao máximo seus recursos naturais para aumentar a riqueza da nação. Porém, se os recursos naturais forem utilizados mais rapidamente que sua capacidade de reposição, o desenvolvimento será insustentável, pois no futuro, eles deixarão de existir. Mas, se os recursos forem explorados de uma maneira responsável, eles poderão se regenerar e continuar a existir perpetuamente.
Existem vários recursos naturais que são renováveis e que podem se regenerar.  Os peixes ou outros animais se reproduzem, a água e o ar se limpam e a grama e as árvores crescem novamente  - caso o estrago não seja tão grande a ponto de esgotar os recursos antes de sua reposição.
Portanto, é necessário explorar recursos renováveis de uma forma sustentável e responsável e com a intervenção dos governos. 
Assegurando o desenvolvimento sustentável
No último século, a Terra sofreu grandes alterações ambientais.  Ocorreu também o esgotamento de diversos recursos naturais como o desaparecimento de florestas inteiras e a extinção de várias espécies. O comprometimento de bens naturais, considerados livres e abundantes, como o ar e a água, tem chegado a níveis alarmantes. Acesso ao meio ambiente é disponível para todos. Os recursos são limitados e o acesso a eles é ilimitado. É necessário, portanto uma regulamentação do governo.
Desmatamento por causa de práticas agrícolas e as queimadas têm alterado drasticamente o habitat de várias espécies. O período de reposição dessas florestas é enorme e dependo da situação do solo após o desmatamento, até impossível.
Internacionalmente, um foco muito grande é sempre dado à Floresta Amazônica. O governo brasileiro, visando o desenvolvimento do estado da Amazônia, chegou a subsidiar a criação de gado, indústrias e outras atividades que causaram o desmatamento de áreas extensas da floresta.  Internacionalmente, o governo brasileiro sofre pressão a respeito de medidas sérias para a preservação da Floresta Amazônica - que é frequentemente chamada de "o pulmão do mundo".

Amazônia
O tempo de recuperação e reposição de florestas é muito maior do que o tempo de reposição de peixes ou de outras espécies. Porém, quando a caça e a pesca não são controladas, a extinção se torna uma realidade. Acesso livre à pesca acaba desabonando classes inteiras de peixes. O pacu, por exemplo, um peixe muito apreciado, antes abundante em todos os rios de Mato Grosso do Sul, parte de São Paulo e do Paraná, foi tão perseguido, que hoje é muito raro.
Portanto, por mais que a caça, a pesca, a indústria e o desmatamento contribuam para a economia, é necessário visar um desenvolvimento econômico com um dano mínimo aos ecossistemas naturais.
O papel do Estado deve ser o de passar e implementar medidas que integrem as considerações ambientais com as econômicas.
Alguns fatores precisam ser levados em consideração:
  • Que é o período de reposição de cada recurso natural renovável?
  • Qual é o perigo de explorar até o limite irreversível cada recurso natural?
  • Qual é o perigo de levar espécies à extinção?
  • Como o governo pode controlar o uso do meio ambiente?
Após ser determinada a melhor forma de manter o desenvolvimento sustentável, o governo pode regular o acesso a recursos através de impostos sobre poluição e da venda de permissões limitadas para poluir ou explorar certas áreas, implementando um sistema de cotas ou por outros meios legais que cedem o direito do uso limitado dos recursos naturais. 
Essas licenças ou permissões, além de limitarem a degradação do meio ambiente, passam a ter um valor econômico para quem as possui. Por exemplo, impostos sobre poluição reduzem o incentivo de se manufaturar produtos que poluem; também servem como incentivo para os produtores acharem alternativas menos poluentes.
Proteger o meio ambiente tem seus custos, por isso muitos países pobres são mais tolerantes em relação às indústrias poluentes. Porém, os governantes desses países pobres devem se conscientizar que estão sacrificando o meio ambiente e recursos naturais que são uma fonte de capital preciosa e insubstituível.
Tratados Internacionais
Os problemas ecológicos são problemas mundiais. Danos irreversíveis ao meio ambiente, incluindo mudanças na temperatura da Terra, não têm fronteiras políticas.
As organizações mundiais e os países desenvolvidos têm tentado desenvolver políticas para incentivar ou até mesmo pressionar os países do "sul" a manterem o meio ambiente. Países ricos têm dado abatimentos nas dívidas externa de países mais pobres com a condição desses se empenharem para conservar o meio ambiente.
Governos e instituições não governamentais têm trabalhado para elaborar normas que conciliam o desenvolvimento econômico e a preservação do meio ambiente, visando o desenvolvimento sustentável. O crescimento econômico deve ser regido por políticas capazes de preservar os recursos naturais.
Em 1972, na Suécia, as nações do mundo se reuniram na primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente, com a finalidade de debater os problemas causados pela poluição e maneiras de preservar o ambiente. O documento resultante dessa conferência ficou conhecido como Declaração de Estocolmo e discute a importância da manutenção da qualidade do ambiente para garantir o bem-estar físico, mental e social do homem.
O Brasil, em 1992, sediou a segunda conferência da ONU sobre ambiente, a ECO-92, no Rio de Janeiro. O tema central visou elaborar normas de conduta que conseguissem conciliar o desenvolvimento econômico e a preservação dos ambientes naturais. Essa problemática sintetiza o chamado desenvolvimento sustentado: o crescimento econômico deve ser regido por políticas capazes de manter os recursos naturais, sem destruir o ambiente. Deve-se encontrar alternativas energéticas e novas tecnologias para a produção de recursos e para o reaproveitamento dos resíduos.
O Protocolo de Quioto (Kyoto)
Protocolo de Quioto é o mais rígido tratado internacional cujo propósito é o de reduzir a emissão de gases que agravam o efeito estufa. Pesquisas científicas apontam que a emissão de tais gases é uma das principais causas antropogênicas – isto é, derivadas de atividades humanas – do aquecimento global, que é um fenômeno que pode resultar em consequências catastróficas para a vida na Terra.
O Protocolo foi negociado na cidade de Quioto, no Japão, em 1997, sendo ratificado em 15 de março de 1999. Porém, para que este importante tratado internacional entrasse em vigor, era necessário que 55% dos países, que, juntos, produziam 55% das emissões, o ratificassem. Sendo que os Estados Unidos e a Austrália decidiram não o ratificar, o Protocolo entrou em vigor apenas em 16 de fevereiro de 2005, após a Rússia o ratificar, em novembro de 2004. Em novembro de 2009, 187 estados já haviam assinado e ratificado o Protocolo.
De acordo com o Protocolo de Quioto, os países que o ratificaram se comprometem a reduzir, durante os anos 2008-2012, a emissão de gases do efeito estufa em, no mínimo, 5,2% em relação aos níveis da década de 1990. As metas de redução não se aplicam de forma homogênea a todos os países. Os países da União Europeia se comprometeram a cortar sua emissão em 8%, enquanto que o Japão em 5%. Já alguns países em desenvolvimento, como o Brasil, o México e a Índia, não receberam metas de redução.
A emissão de gases de efeito estufa pode ser reduzida através de várias medidas, entre elas: reformas nos setores de energia e transportes; a utilização de fontes de energia renováveis; a limitação de emissões de metano no gerenciamento de sistemas energéticos; e a proteção de florestas.
Se o Protocolo de Quioto for implementado com sucesso, estima-se que até 2100, a temperatura global seja reduzida entre 1,4oC e 5,8oC.
Créditos de carbono
Para incentivar a redução de gases poluidores, foi criado, a partir do Protocolo de Quioto, um mercado para créditos de carbono. Isso significa que cada tonelada de CO2 (e equivalente) não emitida ou retirada da atmosfera por um país em desenvolvimento pode ser negociada no mercado mundial.
O Protocolo de Quioto criou o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que prevê a redução certificada das emissões. Ao conquistar tal certificação, o país que promove a redução da emissão de gases poluentes adquire créditos de carbono que podem ser comercializados com os países que têm metras a cumprir. As nações que não conseguem ou não desejam reduzir suas emissões podem comprar os créditos de carbono e utilizá-los para cumprir suas obrigações.
O Acordo de Paris
Acordo de Paris é um tratado que estabelece medidas de redução de emissão de dióxido de carbono a partir do ano de 2010. Negociado em Paris, o acordo foi aprovado em 12 de dezembro de 2015 e visa a limitar o aumento da temperatura global no máximo de 2ºC em relação aos níveis da era pré-industrial.
O líder da conferência, Laurent Fabius, ministro das Relações Exteriores da França, afirmou que esse plano foi um ponto de virada histórica no importante objetivo de reduzir o aquecimento global.
O Acordo de Paris é um tratado no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC).
A Convenção-Quadro das Nações Unidas constitui um tratado internacional resultante da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, informalmente conhecida como a Cúpula da Terra, realizada em 1992, no Rio de Janeiro. Firmado por quase todos os países, esse tratado visa à estabilização da concentração de gases do efeito estufa (GEE) na atmosfera. A comunidade científica acredita que se a emissão desses gases continuar a crescer, haverá graves danos ao meio ambiente.
O objetivo do Acordo de Paris
O objetivo do Acordo de Paris é limitar o aumento da temperatura ao máximo de 2oC em relação aos níveis da era pré-industrial e “continuar os esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5oC”. Para que isso ocorra, é necessário que haja uma redução significativa das emissões dos gases causadores do efeito estufa. Isso significa que certas medidas precisam ser tomadas: economia de energia, reflorestamento e mais investimento em fontes de energias renováveis.
O Acordo de Paris, que entrou em vigor no dia 4 de novembro de 2016, foi assinado por 196 países e ratificado imediatamente por 147 deles. Foi acordado que os países industrializados “devem estar na linha de frente e estabelecer objetivos de redução das emissões em valores absolutos”. Já os países em desenvolvimento terão de “continuar a aumentar os esforços à luz de sua situação nacional”. O Acordo de Paris prevê que o mesmo sistema seja aplicado a todas as nações signatárias. Diferentemente do Protocolo de Quioto, o Acordo de Paris estabelece que as emissões dos países em desenvolvimento devem “continuar, dentro das suas possibilidades, a melhorar os esforços” na luta contra o aquecimento global.
Contudo, o acordo prevê uma certa flexibilidade conforme as diferentes capacidades dos países. Em vez de estabelecer para os países o que devem fazer, o Acordo de Paris determina que cada um deles deve apresentar, a cada cinco anos, planos nacionais que especifiquem os objetivos que visa a cumprir para mitigar as alterações climáticas, de acordo com o que o governo considera viável a partir de sua situação social e econômica. A intenção deve ser apresentada por meio de um documento chamado de Pretendidas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC). Vale ressaltar que o Acordo é legalmente vinculativo, mas que os países que não cumprirem as estipulações não serão punidos com sanções.
O Brasil se comprometeu a reduzir em 37% suas emissões de gases estufa até o ano de 2025 (em relação ao montante registrado em 2005), e em 43% até 2030.
A retirada dos Estados Unidos
Em junho de 2017, o republicano Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, anunciou que seu país se retiraria do Acordo de Paris. Trump alegou que o Acordo era “injusto” para a economia norte-americana. Com tal decisão, os Estados Unidos se juntam à Síria (envolta em uma guerra civil há anos) e à Nicarágua (que boicotou o acordo por considerá-lo pouco ambicioso) como as únicas nações do mundo a não participarem do Acordo. A decisão foi duramente criticada, tanto por governos como por especialistas em todo o mundo. A Rússia declarou que o Acordo de Paris é “impraticável” sem os Estados Unidos, mas afirmou que manterá o compromisso de ratificar o pacto climático global.
A decisão de Trump de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris não é uma violação do tratado, pois este permite a retirada de países. Contudo, a notificação de saída só poderá ser dada três anos após o acordo entrar em vigor. Além disso, a saída só poderá ser efetuada um ano após a notificação. Isso significa que os Estados Unidos poderão se retirar do Acordo de Paris apenas após o primeiro mandato de Donald Trump. Portanto, a retirada dos Estados Unidos dependerá da reeleição do atual presidente norte-americano. Se ele não conseguir se reeleger e um democrata for eleito, é provável que tal decisão seja revertida, pois o Partido Democrata é, em geral, bastante favorável ao Acordo de Paris. Vale lembrar que o antecessor de Donald Trump, o democrata Barack Obama, negociou e ratificou o Acordo de Paris, considerando-o um dos grandes trunfos de seu governo.
Os Estados Unidos são o segundo maior emissor global de gases do efeito estufa. O primeiro é a China e o terceiro é a União Europeia (UE). Tanto a China como os países que constituem a UE anunciaram que darão continuidade ao Acordo de Paris apesar da decisão de Donald Trump.

CAUSAS DA POLUIÇÃO DAS ÁGUAS

A poluição das águas é a contaminação de corpos de água por elementos que podem ser prejudiciais aos seres humanos, à fauna e à flora.
poluição pontual é aquela na qual o foco de poluição é facilmente identificável como sendo a emissora de poluentes. Exemplos de poluição pontual são águas residuais, industriais, e de minas. Já a poluição difusa é aquela onde não há um foco definido de poluição, como no caso de drenagens agrícolas, águas pluviais e escorrimento de lixeiras.
Poluição - esgoto
Quando há poluição da água, um ou mais de seus usos são prejudicados. Sendo que a água não apenas abastece as nossas cidades, mas é usada também nas indústrias e na irrigação de plantações, é fundamental que ela seja a mais limpa possível. Para isto, a água precisa ser tratada desde sua retirada dos rios até sua chegada às residências. A água de um rio é considerada de boa qualidade quando ela apresenta menos de mil bactérias coliformes fecais e menos de dez micro-organismos patogênicos (causadores de cólera, verminoses, febre tifoide, hepatite etc.) por litro.
Há diversos tipos de contaminantes: agentes químicos orgânicos (biodegradáveis ou persistentes) e inorgânicos (ácidos, tóxicos, sais solúveis etc.); agentes físicos (radioatividade, calor, mudanças do sistema terrestre); e agentes biológicos (micro-organismos que causam problemas à saúde humana).
Ocorre contaminação agrícola devido aos resíduos do uso de agrotóxicos. Grandes quantidades de substâncias tóxicas são enviadas para os rios através das chuvas. O uso de adubo demasiado também resulta na poluição das águas, pois o adubo é carregado pelas chuvas aos rios locais, e causa a exploração de bactérias decompositoras que consomem o oxigênio, diminuindo a concentração do mesmo na água, o que resulta na produção de sulfeto de hidrogênio, que é um gás que, em grandes quantidades, é tóxico.
Os resíduos gerados pelas indústrias e na cidade também são uma enorme fonte de poluição das águas. Lixo, entulho e produtos tóxicos são frequentemente carreados para os rios pelas chuvas.
O lançamento de resíduos na água promove o excesso de nutrientes, o que, por sua vez, resulta no aumento expressivo de algas e cianobactérias. A presença destas na superfície causa uma redução de oxigênio e o bloqueio de luz solar. Como consequência, plantas enraizadas passam a ter dificuldades para efetuar a fotossíntese, o que prejudica o seu crescimento. Ao mesmo tempo, os animais, que não resistem à falta de oxigênio e alimento, morrem. Devido à morte destes organismos, as bactérias se proliferam, utilizando o pouco oxigênio remanescente e liberando toxinas. Este fenômeno é chamado deeutrofização.
Águas doces e águas marinhas
Água doce é o corpo de água que contenha resíduo mineral menor do que 0,1%. As águas doces podem ser superficiais (rios) ou subterrâneas, quando se encontram a uma profundidade do solo (lençol freático). O uso da água doce é indispensável à sobrevivência do homem, sendo também utilizada na irrigação, navegação e aquicultura. As causas mais comuns da poluição da água doce são os dejetos humanos e industriais, os produtos químicos e radioativos.
A poluição das águas marinhas, principalmente pelo derrame de petróleo no mar, é um problema que também preocupa a humanidade. O óleo no mar, nas praias e costas mata algas, peixes, moluscos e crustáceos. Quando há um grande derrame de petróleo, a poluição marinha resultante impede ou reduz a passagem dos raios solares e a insuficiência de luz reduz a fotossíntese feita pelas algas. Há, consequentemente, um enorme prejuízo à fauna e à flora, o que prejudica a cadeia alimentar.
Impactos nocivos da poluição das águas e medidas para evitar o contágio
A poluição das águas pode levar à contração de doenças transmitidas através da ingestão de água poluída ou de produtos agrícolas regados com água contaminada. Ingerir água contaminada por compostos orgânicos sintéticos não biodegradáveis e tóxicos, como metais pesados e pesticidas agrícolas pode causar doenças graves e até a morte.
A poluição das águas pode causar grandes epidemias e acarretar impactos sociais e econômicos. A poluição de importantes cursos d’água agrava a ausência de águas nas grandes metrópoles brasileiras, o que as força a procurar fontes de abastecimento em mananciais distantes. Para se bombear águas de bacias hidrográficas distantes, são necessários enormes gastos e investimentos, que acabam por encarecer o custo da água para o Estado e para a população.
É extremamente importante evitar o contágio com águas poluídas. Algumas medidas a serem tomadas são:
  • ferver a água para cozinhar;
  • não ingerir água que não tenha sido tratada;
  • não beber água, refrigerantes ou cerveja diretamente de latas e garrafas; - lavar muito bem verduras e legumes;
  • não se banhar em lagos, rios, cachoeiras e mares sem que haja certeza que as águas não estão poluídas;
  • evitar contato com águas de enchentes.

  • PROBLEMAS AMBIENTAIS NO BRASIL

  • O Brasil é famoso por seu território continental e por seus diversos ecossistemas. O país é também conhecido por possuir a maior diversidade biológica do planeta. O gigantesco patrimônio ambiental do Brasil inclui cerca de 13% das espécies de plantas e animais existentes no mundo. 
Araras na floresta amazônica
O Brasil possui também as maiores reservas de água doce da Terra e um terço das florestas tropicais. Quase um terço de todas as espécies vegetais do mundo se concentram no Brasil. A Amazônia por si só abriga aproximadamente um terço das florestas tropicais do mundo e um terço da biodiversidade global, além da maior bacia de água doce da Terra. Cabe ressaltar que 63,7% da região amazônica se encontra em território brasileiro.
A conservação do meio ambiente brasileiro é um desafio, pois o crescimento econômico do país aumenta a demanda por recursos naturais. Utiliza-se mais a terra, extraem-se mais minerais e torna-se necessário expandir a infraestrutura. Evidentemente, a agricultura, a mineração e a realização de novas obras impactam o meio ambiente. 
Nas conferências internacionais sobre o Meio Ambiente, há um embate ideológico entre o mundo desenvolvido e o subdesenvolvido. Se torna inviável preservar a natureza em espaços habitados por uma população miserável. Alguém que encontra dificuldades para se alimentar não vai se preocupar com as consequências das queimadas nas lavouras e do desmatamento nas florestas; ações que resultam na emissão de gases estufa.
Por outro lado, as mudanças climáticas agravam ainda mais a miséria. Na maioria dos casos, as pessoas que mais sofrem as consequências dos desastres naturais e dos eventos climáticos extremos – inundações, furacões, deslizamentos, etc. – são os pobres. Mesmo quando sobrevivem à tragédia, muitas vezes acabam perdendo todos seus bens materiais: o pouco que se acumulou após anos de trabalho pode ser perdido algumas horas.
As mudanças climáticas dificultam a redução da pobreza no mundo e ameaçam a sobrevivência física de milhões de pessoas. Em outras palavras, é praticamente impossível dissociar a preservação ambiental da péssima qualidade de vida de milhões de seres humanos.
A riqueza material também pode causar mudanças climáticas, pois uma pesada pegada ecológica e de carbono exerce pressão sobre o ambiente e o clima.
O Brasil vem apresentando melhorarias em alguns indicadores ambientais. Apesar de tal progresso, ainda há grandes desafios que o país precisa superar.
A Floresta Amazônica e o desflorestamento

Desflorestamento da Floresta Amazônica
O desflorestamento e a degradação produzem mais de 10% das emissões mundiais de carbono.
A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do mundo. Abrange 6,9 milhões de quilômetros quadrados em nove países sul-americanos (Brasil, Bolívia, Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa). No Brasil, cobre 49% do território nacional e faz parte de nove estados brasileiros: Amazonas, Pará, Mato Grosso, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá, Tocantins e Maranhão.
A Floresta Amazônica compreende a maior biodiversidade do mundo, que inclui mais de cinco mil espécies de árvores, três mil de peixes, 300 de mamíferos e 1,300 de pássaros. Além disso, conta com um quinto da disponibilidade de água potável do mundo - a maior bacia hidrográfica do planeta. No território brasileiro da Floresta Amazônica habitam 20 milhões de pessoas, entre elas, 220 mil indígenas de inúmeras tribos.
Na Floresta Amazônica, há muitas espécies em perigo de extinção. A Amazônia sofre um ritmo acelerado de destruição. Na década de 1970, o governo brasileiro, com o objetivo de desenvolver essa região e integrá-la ao restante do país, criou inúmeros incentivos para que milhões de brasileiros passassem a habitá-la. Contudo, os limites de propriedades não foram claramente delineados e o caos fundiário passou a ser uma realidade na região.
A Floresta Amazônica contém uma das maiores reservas de madeira tropical do mundo. A extração dessa madeira e a ampliação de áreas usadas para o gado e o plantio da soja resultam em desmatamento. O garimpo e as grandes hidroelétricas também são nocivos para os rios da região.
O governo brasileiro precisa conter o desmatamento, demarcar as propriedades privadas e implementar leis que protejam as áreas de conservação.
É importante não confundir a Amazônia Legal com a Floresta Amazônica. A Amazônia Legal é uma área geoeconômica, delimitada em 1966 pelo Governo Federal, por meio da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Inclui a Floresta Amazônica, os cerrados e o Pantanal. A taxa anual de desflorestamento na Amazônia Legal (Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins, Maranhão e Mato Grosso) foi reduzida significativamente nos últimos anos. A quantidade de árvores desflorestadas em 2011 foi a menor desde 1988. Contudo, por mais que o número tenha diminuído, ainda é elevado: em 2009, 14,6% da Amazônia Legal já havia sido desflorestada.
As queimadas e o desflorestamento são os principais responsáveis pelas emissões de gases do efeito estufa no Brasil. Outros países pressionam o Brasil a tomar medidas eficazes para preservar a Floresta Amazônica, por esta ser considerada “o pulmão do mundo”.
Desmatamento dos outros ecossistemas
Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o ecossistema brasileiro que foi mais alterado pela ocupação humana. O Cerrado, que é o segundo maior bioma brasileiro e que abrange as savanas do centro do país, teve sua cobertura vegetal reduzida pela metade. O percentual de área desmatada nesse bioma é maior que o verificado na Floresta Amazônica. 
Um dos impactos ambientais mais graves na região foi causado por garimpos: os rios foram contaminados com mercúrio e houve o assoreamento dos cursos de água.
Nos últimos anos, porém, a maior fator de risco para o Cerrado tem sido a expansão da agricultura, principalmente do cultivo da soja, e da pecuária.  Graças ao desenvolvimento de tecnologia que permitiu corrigir o problema da baixa fertilidade de seus solos, o Cerrado se tornou área de expansão da plantação de grãos, como a soja, para exportação.  As atividades agropecuárias, por meio do desmatamento e das queimadas, estão devastando a formação vegetal dos cerrados, causando processos erosivos e levando à compactação do solo.
A Mata Atlântica continua a ser desflorestada. É um dos biomas mais ameaçados do mundo. No presente, há apenas 133.010 km² de área remanescente – menos de 10% do que havia originalmente. 
A Mata Atlântica é um conjunto de formações florestais que possui uma enorme biodiversidade e que se estende por uma faixa do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, passando por 17 estados brasileiros. Originalmente, a Mata Atlântica se estendia por toda a costa nordeste, sudeste e sul do Brasil, com faixa de largura variável. Na tentativa de preservar o que restou dessa incalculável riqueza, foram criadas Unidades de Conservação. A maior delas é o Parque Estadual da Serra do Mar, que contém 315 mil hectares. Não obstante, a Mata Atlântica continua a ser ameaçada pelo constante aumento das cidades e pela poluição que muito dificultam as tentativas de preservá-la. Na Mata Atlântica, há várias espécies em risco de extinção, como a onça pintada e o mico-leão dourado.
As frentes humanas contra o desmatamento são chamadas de: empates. A “política dos empates” foi a forma encontrada pelo grupo de Chico Mendes para impedir que madeireiros e fazendeiros do Acre praticassem o desmatamento ilegal. Já que o grupo não possui os recursos para enfrentar seus adversários, adotaram a estratégia de formar uma corrente humana, com as mãos de pessoas dadas, para impedir que os tratores passassem.
Queimadas e incêndios
O desmatamento que resulta de práticas agrícolas e de queimadas altera drasticamente o habitat de várias espécies. O período de reposição dessas florestas é enorme e, em certos casos, impossível.
As queimadas são uma forma barata de o agricultor "limpar" uma área. É uma prática bastante usada por pequenos agricultores e criadores de gado.
As queimadas são responsáveis por grande parte das emissões de dióxido de carbono no Brasil. Entre 2007 e 2009, houve uma queda de 63% no número de focos de queimadas e incêndios nas florestas brasileiras. Contudo, as queimadas continuam sendo um grave problema para o país.

Professor Urias Rocha
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