quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

CONTINENTES E PAÍSES

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ÁFRICA - ASPECTOS FÍSICOS

A área do continente africano é da ordem de 30,3 milhões de km²uma compacta e maciça porção de terra, abrangendo 1/4 de toda superfície emersa do globo. A África é cortada ao meio pelo Equador, fazendo com que seu território seja igualmente distribuído entre os hemisférios sul e norte, apresentando paisagens climobotânicas similares nas duas partes do continente. Cerca de 80% de seu território localizam-se na zona intertropical, pois o Trópico de Capricórnio percorre suas áreas meridionais e o de Câncer atravessa a porção setentrional. A África também é atravessada pelo Meridiano de Greenwich, ficando a maior parte de seu território no hemisfério oriental e só uma pequena porção no hemisfério ocidental. O centro geográfico da superfície terrestre localiza-se no litoral ocidental da África, pois aí se dá o cruzamento do Equador (latitude zero) com o Meridiano de Greenwich (longitude zero).
RELEVO E ESTRUTURA GEOLÓGICA
Predominam no relevo africano terrenos de formação geológica antiga, já bastante desgastados pela erosão. Ao longo do continente, proliferam extensos planaltos cristalinos intercalados por bacias sedimentares de origem mais recente, presentes nas raras planícies africanas. O continente pode ser dividido em três grandes paisagens geográficas:
PLANALTO SETENTRIONAL
Aí localiza-se o Deserto do Saara, que ocupa mais de 1/4 do território continental.
Bordejando o Planalto Setentrional, temos a Planície Costeira Setentrional: constituída de terras agricultáveis e onde se situa a Cadeia Montanhosa dos Atlas, de formação geológica recente (Era Cenozoica), que se prolonga do litoral noroeste do Marrocos até a Tunísia.
PLANALTO CENTRO-MERIDIONAL
Com altitude média mais alta do que o Planalto Setentrional, a região, de formação geológica antiga (Era Primária), abrange as porções centro-oeste e sul da África.
Apesar de altitudes médias relativamente elevadas, o Planalto Centro-Meridional apresenta duas importantes depressões: Bacia do Congo e o Deserto de Kalahari.
PLANALTO ORIENTAL
Região de origem vulcânica com altitudes bastante elevadas, aí estão presentes grandes depressões ou fossas tectônicas que deram origem a extensos lagos interiores: Tanganica, Vitória e Niassa.
Pico culminante - o Monte Kilimanjaro, situado na Tanzânia (5.895m).
A grande característica topográfica do Planalto Oriental é o Vale “Great Rift, uma enorme falha geológica que atravessa a área de norte a sul.
As rochas predominantes no solo africano são semelhantes às que formam o Planalto Brasileiro: gnaisse granito.
HIDROGRAFIA
Se levarmos em conta a sua extensão, o continente africano apresenta uma hidrografia modesta, em razão principalmente da predominância de climas secos. Os rios africanos são pouco navegáveis, o que se explica pelo relevo planáltico, responsável por inúmeras quedas d’água. Por essa razão, a África detém cerca de 40% do potencial hidrelétrico do planeta, ainda pouco aproveitado em função dos subdesenvolvimento econômico que caracteriza o continente.
OS PRINCIPAIS RIOS
Rio Nilo - principal rio africano e o terceiro do mundo em extensão (6670 km). Nasce no Lago Vitória (África Equatorial) com o nome de Nilo Branco. No Sudão, encontra-se com o Nilo Azul que nasce no Planalto da Etiópia. A partir daí, sob a denominação única de Nilo e após atravessar toda a porção norte do continente, desemboca no Mar Mediterrâneo, onde forma um delta de cerca de 20.000 km²
Rio Congo - nasce no sul do ex-Zaire, percorre 4400 km da região equatorial do continente, desembocando no Oceano Atlântico. Trata-se do segundo maior rio do mundo em volume d’água, com vazão inferior somente ao do Amazonas.
Rio Níger - nasce no sul do Saara e, após percorrer 4200 km, desemboca no Golfo da Guiné.
Rio Zambebe - banha o sul da África e desemboca no Índico.
Rio Limpopo - também banha o sul da África e desemboca no Índico.
OS PRINCIPAIS LAGOS
Localização e origem - situados na porção oriental do continente e gerados por movimentos tectônicos: o Vitória (o terceiro maior lago do mundo e maior da África, com 70.000 km² de área); o Tanganica (o segundo maior lago africano com 31.900 km²) e o Niassa (com 26.000 km²).

ÁFRICA - ASPECTOS HISTÓRICOS

A relativa proximidade da África com os continentes europeu e asiático fez com que ela sempre tivesse sido ligada à história ocidental. Sua civilização é milenar, compreendendo complexas e diversas formas de organização econômica, social e política. Ao contrário do mito de um espaço natural rico e exuberante,  só presente em pequenas áreas, o continente africano é caracterizado por extensas regiões de colonização difícil pelas precárias condições de sobrevivência. As primeiras denominações dadas a África aparecem em antigos textos  europeus e da Ásia Menor. Os gregos a chamavam de Aphriké; os romanos de Afrigah e os fenícios de Afryguah (colônia) ou Apricus (lugar exposto ao sol).

A ORGANIZAÇÃO SOCIAL TRADICIONAL DA ÁFRICA NEGRA
ESTRUTURA FAMILIAR - o clã, composto por famílias cujos membros possuem antepassados comuns. O parentesco é, majoritariamente, definido pela figura do pai. Os casamentos são realizados com pessoas de clãs diferentes e as esposas passam a viver no clã do marido. Os clãs se desenvolvem no interior das tribos, que ocupam áreas geográficas bem definidas e  apresentam estreitos laços de coesão grupal. A liderança política dos clãs é exercida por um chefe que é responsável pela delimitação e preservação do espaço geográfico clânico. Tradicionalmente, as atividades econômicas do grupo, em média composto por 130 pessoas, são a caça e a coleta vegetal.
ESTRUTURA SOCIAL QUE SE SEGUIU AO CLÃ - a tribo, entidade social mais sofisticada, que dever ter surgido após a domesticação dos animais e do início da produção agrícola. Na organização tribal, há um aumento dos grupos de parentesco e já começa surgir uma divisão social do trabalho mais complexa, responsável pela coesão do grupo que não mais se funda exclusivamente em laços matrimoniais.


A MODERNA COLONIZAÇÃO EUROPEIA

Ao longo da expansão ultramarina europeia dos Tempos Modernos (séculos XVI e XVII), portugueses e espanhóis estabeleceram no litoral africano entrepostos e feitorias destinadas a comercializar madeira, marfim, peles, ouro e notadamente, escravos. De fato, um dos mais rentáveis empreendimentos europeus, quando da etapa mercantil do capitalismo (dos séculos XVI a XIX), foi  a deportação de contingentes populacionais negros em direção às áreas coloniais da América, onde eram vendidos como escravos. O monopólio desse comércio foi, sucessivamente, cabendo a diversas nações: inicialmente, os países  ibéricos, que forneciam mão de obra às plantations açucareiras antilhanas e brasileiras; no século XVII, os holandeses começaram a participar do nefando comércio, que, a partir do século XVIII, cairia na mão dos ingleses.
O tráfico negreiro teve consequências extremamente negativas para a realidade socioeconômica africana: lutas tribais internas, aniquilamento de tribos e reinos negros e a total decadência do artesanato africano provocada pela entrada de manufaturas europeias. Do ponto de vista humano, o apresamento de escravos representou um verdadeiro desastre: calcula-se que entre 50 e 200 milhões de negros morreram durante os 4 séculos de escravidão; 20% desse total pereceram durante as viagens para as áreas coloniais do Novo Mundo.
A Revolução Industrial, cuja primeira etapa teve início no século XVIII, tornou possível a eliminação do escravismo, já que esse entravava o desenvolvimento capitalista. Agora, tornava-se necessária a ampliação dos mercados para os excedentes de mercadorias gerados pela mecanização da produção e isso só seria possível pela conversão do escravo em trabalhador livre e assalariado.
Ao longo do século XIX, o continente africano tornou-se um privilegiado laboratório natural para pesquisas levadas a efeito por cientistas europeus. Por volta de 1830, o colonialismo ocidental ocupava somente a faixa litorânea do continente, ou seja, aproximadamente 10% de sua superfície total. Contudo, a partir dessa data, a Inglaterra, a França e a Bélgica mostraram interesse em penetrar o continente e ocupar essas regiões. Num primeiro momento, chegaram os exploradores usando como pretexto a curiosidade científica; em seguida, sucessivamente, vieram médicos, missionários religiosos, comerciantes e soldados: tinha início  a fase imperialista do capitalismo.
A EXPANSÃO IMPERIALISTA
Em 1884-1885 as nações europeias promoveram o Congresso de Berlim com o objetivo de levar a efeito uma partilha pacífica do território africano. Ao contrário do previsto, a delimitação e a fixação das fronteiras das áreas coloniais já conquistadas e das que viriam a ser ocupadas provocaram inúmeros confrontos entre os países imperialistas. Antes da Conferência, apenas 10% do território africano, como já dissemos, estavam sob controle europeu; em poucos anos, a colonização já abrangia 90% dele.
Em 1903, a Inglaterra e a França firmaram a "Entente Cordiale" ("Acordo Amigável"), que dividia o Norte da África entre as duas potências. O Egito e o Sudão caberiam ao Reino Unido, e a França, por seu turno, dominaria a Argélia, a Tunísia e Marrocos, restando a Líbia para o controle imperial italiano.
Quando da eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914-18), somente a Abissínia (hoje, Etiópia) e a Libéria (unidade política fundada por negros norte-americanos que retornaram ao continente de origem) tinham permanecido independentes. Logo após o conflito, a Alemanha perdeu suas colônias. A região de Togocaiu em mãos inglesas; Camarões foi dividido entre a Inglaterra e a França; a África Oriental Alemã, sob a denominação de Tanganica, foi incorporada às possessões inglesas. A região sudoeste da África, até então sob controle germânico, passou para ocupação da União Sul-Africana. Entre 1935 e 36, a Abissínia foi tomada pela Itália, compondo, junto com a Somália, a África Oriental Italiana. Independente, agora, somente a Libéria.
No período entre guerras, tiveram início alguns movimentos políticos africanos em prol da independência. Embora ainda modestos, esses esforços levaram as nações ocidentais a criar alguns países africanos formalmente independentes, destacando-se o Egito, protetorado britânico que se declarou independente em 1922, continuando a ser área de influência do Reino Unido. O Canal de Suez, situado em seu território, permaneceu, sob total controle militar britânico. Também a União Sul-Africana, apesar de independente desde 1909, estava integrada na Comunidade Britânica de Nações (Commonwealth), mantendo íntimos laços econômicos com o Reino Unido.
A DESCOLONIZAÇÃO
No final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o cenário geopolítico do mundo alterou-se: em primeiro lugar, estava definitivamente sepultado o europocentrismo e, agora, o globo se bipolarizara, de um lado o Bloco Ocidental, liderado pelos EUA; de outro o Bloco Comunista, capitaneado pela URSS. Esse conflito Leste versus Oeste, abriu espaço para o surgimento de um novo modelo de nacionalismo: os movimentos de independência das nações até então submetidas ao imperialismo ocidental. Um nacionalismo libertário visando a adoção da autonomia político-econômica, com fortes tintas socializantes  e antiocidentais. Noutros termos, o fenômeno da descolonização, processo relativamente rápido, teve como causas principais:
  • as dificuldades econômicas dos países europeus, agora impossibilitados de manter a ocupação colonial, pois precisavam reconstruir suas economias devastadas pela guerra;
  • o surgimento de movimentos nacionalistas nas áreas coloniais, muitos deles liderados por intelectuais que haviam estudado na Europa e sofrido influência das ideologias democráticas e socialistas;
  • as pressões anticolonialistas, levadas a efeito por políticos e agremiações partidárias da Europa, que defendiam o conceito de que havia uma contradição entre o combate ao nazifascismo, ao longo da Segunda Guerra Mundial, e a preservação de laços coloniais. 
Diversas foram as formas pelas quais se deu o processo de descolonização. As principais podem ser assim resumidas:
- MODELO BRITÂNICO - de início, o Reino Unido se opôs ferozmente aos processos descolonizatórios, enfrentando militarmente os movimentos nacionalistas. O mais destacado exemplo dessa postura inglesa foi o combate às guerrilhas MAU-MAU de Quênia. Também foi essa a atitude britânica quando da independência da Malásia. Percebendo a inutilidade desses esforços, a Inglaterra mudou de postura, passando a promover, de forma controlada, a independência de suas demais áreas coloniais. No final do processo, 15 novas nações, ex-colônias britânicas, nasceram no Continente Africano.
- MODELO FRANCÊS - após oferecer tenaz resistência à independência da Argélia, liderada pela Frente Nacional de Libertação da Argélia (FNLA), a França promoveu a formação da Comunidade Francesa, pela qual as ex-colônias passaram a receber apoio financeiro e técnico.
- MODELO PORTUGUÊS - Portugal, onde prevalecia o autoritarismo político liderado por Antônio Oliveira Salazar, procurou manter suas colônias    (Angola, Moçambique, Guiné Bissau e Cabo Verde) militarmente, atolando aquela nação ibérica nas intermináveis guerras coloniais. No dia 25 de abril de 1974, quando a ditadura portuguesa foi derrubada pela "Revolução dos Cravos", liderada pelos capitães e outros jovens oficiais do Movimento das Forças Armadas (MFA), a ascensão de um governo esquerdista em Lisboa possibilitou a independência das áreas coloniais.
- MODELO ESPANHOL - após mais de quatro séculos de ocupação do Marrocos, a Espanha se viu obrigada a enfrentar um movimento de libertação nacional denominado Frente Polisário. Após 2 anos de luta, o governo de Madri abandona quase totalmente a região, mantendo sua presença numa estreita faixa litorânea.
- MODELO BELGA - disposta a não ceder seus territórios no Continente Negro, a Bélgica enfrentou militarmente os movimentos descolonizatórios. Derrotado, o governo de Bruxelas é obrigado a ceder, mas, interessado em criar problemas tribais em suas ex-regiões coloniais, dividiu-as em três países: Zaire, Ruanda e Burundi,  onde convivem duas tribos absolutamente antagônicas, os Tutsis e os Hutus.

ÁFRICA - POPULAÇÃO E PROBLEMAS

O Continente Africano com uma população da ordem de 1 bilhão e 33 milhões de habitantes e a maior taxa de crescimento demográfico do mundo. É tido,  pela maioria dos antropólogos, como o espaço geográfico berço da vida humana no planeta. Acredita-se que o Homo Sapiens teria surgido, há aproximadamente 6 milhões de anos, nos planaltos orientais da África, de onde teria progressivamente migrado para outras partes do globo.
O deserto do Saara, uma formidável barreira natural, dividiu o continente, em termos étnico-culturais, em duas porções distintas:
NORTE (DO MAR MEDITERRÂNEO ATÉ O SAARA) - a denominada África Branca, povoada basicamente por árabes, mouros e bérberes, de religião predominantemente islâmica.
CENTRO E SUL - área conhecida como África Negra, cuja população é composta por bantos, sudaneses, hotentotes (na Namíbia e no deserto do Kalahari), bosquímanos (no Saara) e pigmeus (moradores nas áreas florestais do rio Congo), a maioria seguidores de religiões animistas e ritos fetichistas. Devemos acrescentar que na extremidade setentrional moram minorias brancas de origem europeia (África do Sul, Zimbábue e Namíbia) e outras provenientes da Ásia, principalmente indianos e chineses, na África do Sul e Moçambique. 
A DEMOGRAFIA
A população africana é distribuída de maneira bastante irregular pela superfície do continente. Os vales são mais habitados em detrimento de áreas que dificultam a fixação, tais como desertos e montanhas elevadas.
Entre os séculos XVI e XIX, a população africana permaneceu relativamente estável em função das lutas intertribais e também da perda de contingentes humanos em função de tráfico negreiro. Esse último, não só diminuiu a população absoluta, como também coibiu o crescimento vegetativo, pois aproximadamente 80% dos escravos vendidos para as Américas eram do sexo masculino, o que desequilibrou a proporção sexual da população, fazendo decrescer as taxas de natalidade.  A partir do final do século XIX, em função da presença europeia e da eliminação do tráfico negreiro, a população retomou seu crescimento. De fato, a medicina ocidental e a construção de uma infraestrutura sanitária, proveniente dos modelos europeus, além de altas taxas de natalidade, possibilitaram uma verdadeira explosão demográfica.
Atualmente, a África apresenta um dos maiores índices de crescimento vegetativo do planeta, com altas taxas de natalidade e de mortalidade. A África é o segundo maior e o segundo mais habitado continente. Deve-se ressaltar, também, que o Continente Africano apresenta os menores índices mundiais de expectativa de vida: menos de 50 anos em muitos países do continente. Como consequência, predominam os segmentos populacionais mais jovens.
Estudos preveem que a população africana mais que dobrará em 40 anos.
A população da África subsaariana está crescendo mais rapidamente do que em outras partes do mundo, pois a medicina moderna conseguiu baixar a alta taxa de mortalidade infantil no continente. Ao mesmo tempo, há menos africanos falecendo de doenças que a medicina moderna pode prevenir e combater.
A taxa de fecundidade na África é muito alta. Uma mulher africana tem, em média, 5.2 filhos. Na Nigéria, o país com a maior taxa de fecundidade, a média é de 7.6 filhos. Já na Europa, a media é de apenas 1.6 filho.
É importante ressaltar que a África ainda está se desenvolvendo economicamente e que compreende alguns dos países mais pobres do mundo. Um alto crescimento populacional é um desafio para a economia de tais países, pois exige mais oportunidades de emprego e mais investimentos em infraestrutura.
As nações mais populosas da África são, respectivamente, a Nigéria (174,5  milhões de habitantes), o Egito (85,3 milhões), a Etiópia (93,9 milhões) e a República Democrática do Congo (75,5 milhões).
Além das religiões tradicionais africanas, predominam no continente o islamismo e o cristianismo.
OS SEGMENTOS SOCIAIS DO CONTINENTE NEGRO
Sociedades fundamentalmente tribais, as nações africanas conhecem classes sociais extremamente débeis, o que dificulta o desenvolvimento de atividades econômicas modernas. Os extratos sociais da região são os seguintes:
CAMPESINATO - maior parcela da população, esse setor é, sem dúvida,  a maior vítima da exploração europeia e da desorganização administrativa que caracteriza a região. Em sua grande maioria, os camponeses africanos são assalariados temporários, desprovidos de quaisquer benefícios e sem nenhuma proteção trabalhista; 
PROPRIETÁRIOS RURAIS - no período colonial, foram aliados do colonizador europeu. Com a independência, foram sendo progressivamente marginalizados pelos segmentos urbanos que controlam a administração do Estado;
BUROCRATAS - em termos locais, uma relativa elite civil e militar que controla o aparelho de Estado. Seus salários, elevados para os padrões locais, são sempre complementados pelas propinas e outras formas de corrupção, possibilitadas por suas relações com as grandes empresas transnacionais e com os governos dos ex-colonizadores;
PROLETARIADO - numericamente ínfimo, pois praticamente inexiste uma efetiva industrialização na maior parte dos países da área.
GRAVES PROBLEMAS
Atualmente, a África é vítima de inúmeros males:
- recorrentes surtos de fome, causados pelo desconhecimento de técnicas agrícolas modernas, conflitos armados que têm como consequência um nomadismo permanente de boa parte da população que foge das regiões conflagradas;
- guerras constantes em razão dos antagonismos tribais e das lutas pelo poder;
- desinteresse governamental pela sorte das populações, já que as lideranças dos quadros burocráticos locais buscam somente o enriquecimento próprio e o controle político de seus Estados;
- o crescente número de "crianças soldados". De fato, as permanentes guerras internas vêm utilizando, em número cada vez maior, crianças como combatentes, já que essas não dispõem de outras possibilidades de vida senão o ingresso nas diversas milícias que assolam o território africano. Em resumo: os meninos combatem e as meninas servem como prostitutas para os militares;
- as epidemias, notadamente a malária e a AIDS. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de pessoas infectadas pelo HIV provocou uma drástica queda na expectativa de vida dos africanos. No início da década de 90, era de 59 anos; em 2005, era de 45 anos.
- conforme o Relatório de Desenvolvimento Humano, índice organizado pela ONU, medido com base na expectativa de vida, alfabetização e acesso aos serviços públicos, a África Negra, também conhecida como Subsaariana, apresenta hoje a mais alta taxa de pobreza absoluta do mundo.

ÁFRICA - ECONOMIA


A África, como prova de seu subdesenvolvimento, tem sua base econômica assentada na agropecuária de subsistência e no extrativismo mineral de exportação. A economia de mercado, característica dos países capitalistas, é muito pouco desenvolvida, já que as estruturas sociais, o baixo índice de industrialização e a pequeno poder de consumo impedem um dinamismo econômico interno. Em inúmeras regiões, ainda eminentemente tribais, predominam a propriedade coletiva da terra, o que não implica igualdade social pois, em função da hierarquia tribal, os bens são distribuídos em porções muito diversas.
A AGROPECUÁRIA
O território africano, cuja diversidade de climas e solos permite uma produção de vários bens agrícolas, é, entretanto, marcado por problemas climáticos, tais como aridez, secas ou chuvas regulares, que prejudicam as plantações. Deve-se ressaltar também que raros são os solos verdadeiramente férteis, que só existem na África Oriental, onde predominam rochas vulcânicas (as famosas "terras roxas").
A agricultura na África Subsaariana é levada a efeito sob duas formas básicas: a de subsistência e a plantation. A primeira, realizada em solos pobres, cultiva mandioca, arroz, milho, banana, feijão, pimenta, sorgo, batata e inhame. Esse sistema agrícola, de caráter itinerante, apresenta baixa produtividadeconsistindo em derrubada da vegetação, queimada e plantio; esgotado o solo de uma determinada área, o mesmo processo é repetido em outra. Calcula-se que a agricultura de subsistência concentra a grande parte da população ativa do continente.
As plantations, localizadas em áreas de solos férteis e atreladas a interesses internacionais, produzem fundamentalmente para a exportação, destacando-se o cacau, a borracha, o amendoim, o café, o tabaco, o algodão, a cana e o sisal. Abundantes nos mercados mundiais, tais produtos são muito pouco valorizados, obtendo preços ínfimos e pouco rendendo para os países exportadores. Ocupando grandes áreas, as plantations reduzem o espaço dos cultivos de subsistência, aumentando as taxas de fome e subalimentação no continente. Além disso, a concentração fundiária causa o êxodo rural e um consequente inchaço urbano.
No Continente Negro, a pecuária é pouco desenvolvida em função do predomínio de climas secos e quentes, da existência de desertos e densas florestas, da falta de recursos tecnológicos para o aprimoramento dos rebanhos, da rara utilização de uma moderna zootecnia, para permitir a adaptação do gado as difíceis condições naturais e, por fim, a quase inexistência de mercado interno com efetiva capacidade de compra, já que as populações locais são de baixa renda.
O EXTRATIVISMO MINERAL
A antiguidade da formação geológica e sua origem cristalina determinam a presença de inúmeros recursos minerais na África Negra, que possui um dos mais ricos subsolos do mundo. Esse fato, entretanto, não traz grandes benefícios às populações do Continente, pois as companhias mineradoras africanas, em sua grande maioria, são apropriadas ou controladas pelo capital internacional, já que para as nações industrializadas é fundamental assegurar o controle desse tipo de material. As rendas auferidas pelo extrativismo mineral são, normalmente, ou desviadas para os bolsos dos corruptos tiranos locais ou, quando obtidas por contrabando, sustentam as numerosas milícias que ensanguentam a região. No afã de obter lucros, as lideranças africanas estão provocando o esgotamento das reservas minerais. Os principais minérios africanos são:
OURO- um dos maiores produtores mundiais é a África do Sul, onde também são abundantes o ferro, o cromo, o manganês e o carvão.
DIAMANTE - a República Democrática do Congo, seguida por Botsuana e a África do Sul.
COBRE - um dos maiores produtores é Zâmbia, rica também em cobalto.
PETRÓLEO - destacando-se em sua extração a Nigéria, Guiné Equatorial, Angola e Gabão. A costa da África Ocidental tem grande potencial de produção de petróleo.
CARVÃO - África do Sul.
MANGANÊS - a África do Sul e o Gabão.
Em resumo:
Grandes reservas minerais africanas: cromo, diamante, manganês, cobalto, bauxita, urânio, vanádio e cobre.
Além da importância do Continente Africano para a obtenção de matérias-primas minerais e energéticas vitais para as economias dos países desenvolvidos, deve-se ressaltar o seu valor geopolítico: a rota marítima do Cabo, usada pelos grandes petroleiros; o acesso ao Oceano Índico e o controle do Mar Vermelho e sua ligação com o Mediterrâneo. Na África, ocorre uma convergência entre os interesses econômicos e as razões geopolíticas.

EUROPA - ASPECTOS FÍSICOS



LIMITES FÍSICOS
Situada no Hemisfério Norte do planeta, a Europa tem como limites:




















  • NORTE- o Mar Glacial Ártico.
  • SUL- o Mar Mediterrâneo (entre a África e a Europa), o Mar Negro e o de Mármara (entre Europa e Ásia).
  • OESTE- o Oceano Atlântico.
  • LESTE- o Mar Cáspio, o rio Ural e os Montes Urais (que separam a Rússia europeia da Rússia asiática).

A Europa, também denominada de Velho Mundo, apesar de ser um prolongamento da massa continental da Ásia, formando com ela uma unidade física chamada Eurásia, é, não só por razões físicas como também culturais, um continente específico e autônomo, tendo a extensão de 10,5 milhões de km² e constituindo 7% das terras emersas do globo. Embora o continente europeu seja relativamente pequeno, seu litoral é um dos mais extensos do mundo, devido ao seu contorno bastante irregular e recortado, repleto de mares, penínsulas e ilhas.

Mapa físico da Europa
As penínsulas europeias são:
  • ESCANDINAVA- onde estão situados os seguintes países - SuéciaNoruega e Finlândia.
  • JUTLÂNDIA- Dinamarca.
  • IBÉRICA - Portugal, Espanha e Andorra.
  • ITÁLICA- Itália, San Marino e Vaticano.
  • BALCÂNICA- Grécia, Albânia, Iugoslávia (hoje formada pela Sérvia e Montenegro), Bulgária,Macedônia, Bósnia-Herzegóvina, Croácia, Romênia e Turquia Europeia.
Banhando esse litoral irregular, destacam-se os seguintes mares:
  • NORTE- o Báltico, o Mar do Norte, o Branco, o Mar de Barents, o Ártico e parte do Atlântico.
  • SUL- na área do Mediterrâneo, os mares Adriático, Jônico, Egeu e o Negro.
  • LESTE- mares Cáspio e Mármara.
  • OESTE-Oceano Atlântico.
O RELEVO EUROPEU
O continente europeu é bastante baixo: sua altitude média - a menor do mundo - é da ordem de 375 metros. Nas regiões setentrionais e no nordeste do continente, abundam áreas formadas por rochas cristalinas bastante antigas, abaladas por orogênese durante a era Paleozoica, o que, provocou a formação de estruturas montanhosas. Estas, ao longo de milhões de anos sofreram forte erosão e tectonismo, sendo progressivamente cobertas por sedimentos, fator que diminuiu suas altitudes, hoje inferiores a 2500 metros, gerando também planaltos lacustres, vales glaciais e um relevo, em geral, apresentando elevações arredondadas.
   
Relevo da Europa Meridional
Na Europa Meridional, encontramos os Alpes do Sul, localizados entre a Suíça, a França, a Áustria, o sul da Alemanha e o norte da Itália, o cenário da região apresenta montanhas cheias de neve, sendo o Monte Branco, situado entre a França e a Itália, o ponto mais elevado da Europa Ocidental. Ao sul dos Alpes, na Península Itálica, estão localizados os Montes Apeninos, onde estão presentes os grandes vulcões europeus: o Etna, o Vesúvio e o Strombole. Paralelamente ao litoral do mar Adriático, estão presentes os Alpes Dináricos, abrangendo os territórios da CroáciaEslovêniaBósnia-HerzegóvinaIugosláviaAlbâniaMacedônia e Grécia. Mais para o leste entre a Bulgária, a Grécia e Turquia Europeia, estão localizados os Montes Bálcãs.
Separados pelo Rio Danúbio e contornando a Planície Húngara, estão os Montes Cárpatos, que atravessam os territórios da HungriaRomêniaEslováquia e República Tcheca. Entre os mares Cáspio e Negro, aflora a Cadeia do Cáucaso, onde se destaca o Monte Elbrus, o topo da Europa com quase 6.000 metros. É nessa região montanhosa que se encontram a  Armênia, o Azerbaidjão, a Geórgia e a fronteira da Federação Russa.
No ocidente europeu, destacam-se os Montes Pireneus, localizados na fronteira entre a França e a Espanha.
Relevo da Europa Setentrional
Ao norte da Europa, chamam atenção os Alpes Escandinavos, terrenos antigos e desgastados, fazendo parte do Escudo Escandinavo.
Contudo a maior parte do continente europeu é constituída de bacias sedimentares, caracterizadas por extensas planícies e baixos planaltos. As planícies europeias são:
  • A PLANÍCIE EUROPEIA MAIS VASTA- Planície Russa.
  • PLANÍCIE DO LITORAL DO MAR BÁLTICO E DO MAR DO NORTE- Planície do Norte da Europa, dividida em Planície Germano-Polonesa e Planície dos Países Baixos.
  • PLANÍCIE DE SOLO FÉRTIL- a Planície Húngara, cortada pelo Rio Danúbio, apresentando condições topográficas e climáticas adequadas à agricultura.
  • NORTE DA ITÁLIA- a Planície do Pó, entre os Alpes e o Apeninos, onde corre o Rio Pó.

EUROPA: ASPECTOS HUMANOS

A população total da Europa é de aproximadamente 733 milhões de habitantes (2013). Em termos demográficos, é o continente mais estável do planeta, apresentando reduzidos índices de natalidade e de mortalidade e um baixo crescimento vegetativo (0,2% ao ano). Na Europa, a densidade demográfica média é de 30 habitantes por habitantes por km².  A distribuição de sua população é bastante regular, se comparada com as outras regiões do planeta. Mesmo assim, existem áreas pouco habitadas, principalmente nas regiões setentrionais e nas zonas de relevo elevado, onde o frio extremo não permite a fixação de contingentes populacionais, atuando como agente anecúmeno.
Do ponto de vista étnico, a Europa é bastante homogênea, já que aí predominam populações de cor branca. Entretanto, em função de sua turbulenta história - marcada por inúmeras guerras, sucessivas invasões, aparecimento e queda de vários impérios  e constantes migrações, -, o continente europeu apresenta um variado mosaico étnico, em razão das diferentes raízes da sua população. De maneira simplificada, podemos identificar os seguintes grupos étnicos:
GRUPOS ÉTNICOS EUROPEUS
  • NÓRDICOS- de origem germânica, povoam as regiões norte-ocidentais do continente.
  • ESLAVOS- de origem indo-europeia, habitam o centro e o leste do continente.
  • CELTAS- de origem caucasiana indo-germânica, são a raiz étnica de inúmeros povos presentes na porção centro-ocidental do continente (principalmente os bascos e os gaélicos).
  • MEDITERRÂNEOS - uma mescla de etnias (principalmente, latinos, celtas e mouros, habitantes da Europa Meridional, particularmente a Península Ibérica (Portugal e Espanha).
O panorama linguístico da Europa confirma a sua variada origem étnica: centenas de idiomas são falados no Velho Mundo. Destacando-se os seguintes troncos linguísticos: o latino, o germânico, o céltico, o grego e o eslavo, além de línguas específicas de certas comunidades, tais como o basco, o finlandês e o húngaro (ramo linguístico fino-hungro e o turco).
AS MIGRAÇÕES
A partir dos séculos XVI e XVII, em razão das "Grandes Navegações", europeus começaram a emigrar para outros continentes, particularmente a América. Os recorrentes ciclos de crises experimentados pelo Velho Continente acentuar esse processo. Após a Segunda Guerra Mundial, a circulação populacional se inverteu: a prosperidade europeia passou a atrair imigrantes, principalmente os provenientes das  ex-colônias europeias na África e na Ásia. Nos anos 60 e 70, essa imigração foi bem recebida, pois, na ocasião, era fundamental suprir a falta de mão de obra.
A Europa é a região do mundo que mais atrai imigrantes: 48.9 milhões de pessoas. Em 2011, quase 10% da população que residia em algum país da União Europeia havia nascido em outro: um-terço desses imigrantes (16.5 milhões) havia nascido em outro país que faz parte da União Europeia e o restante, 32.4 milhões, havia nascido em outras regiões do mundo.
Em 2012, os países europeus que continham o maior número de imigrantes eram:  Alemanha (7.4 milhões), Espanha (5.5 milhões), Itália (4.8 milhões), Reino Unido (4.8 milhões) e França (3.8 milhões).A imigração é responsável por grande parte do crescimento populacional do continente europeu. Os países de onde originou o maior número de pessoas que adquiriram cidadania de um país pertencente à União Europeia são Marrocos, Turquia, Equador, Argélia e Iraque.   
Atualmente, devido à recessão econômica e o aumento do desemprego, há na Europa um aumento da hostilidade contra imigrantes. Tais sentimentos são mais visíveis em países com a França, a Alemanha e a Inglaterra, onde o racismo e a xenofobia não são incomuns. Apesar de os governos europeus condenarem a hostilidade contra imigrantes, eles tomam medidas repressivas para conter o fluxo de imigrantes ilegais. De fato, isso é uma tema corrente em campanhas eleitorais.
colapso da União Soviética na década de 1990 provocou levas migratórias de populações eslavas para a Europa Ocidental, onde proliferam atitudes de repúdio à essas migrações. Logo após o fim da União Soviética, falava-se que havia “duas Europas”: a próspera Europa Ocidental, a dos “ricos”, e a “outra Europa”, a Oriental, desequilibrada e tentando se reerguer dos estragos produzidos pelo totalitarismosoviético. Hoje, ainda há uma diferença econômica entre essas “duas Europas”.
É importante ressaltar que desde o início da década de 1990 até a crise financeira mundial de 2008, os países da Europa Central e Oriental tiveram um forte crescimento econômico que superou o de outros países mais desenvolvidos. Ao abandonarem o sistema político-econômico socialista, países como a Bulgária, a Croácia, a República Tcheca, a Hungria, a Polônia, a Romênia, a Eslováquia e a Eslovênia tiveram um desempenho invejável. Contudo, desde a crise de 2008, tais países têm enfrentado dificuldades para crescer economicamente.

FRANÇA

Nome Oficial: República Francesa
República Parlamentarista
Área: 551.500 km²
Moeda: euro
População: 65.951.000
Línguas: francês, bretão, basco
A França, na Antiguidade chamada de Gália, localiza-se de maneira privilegiada na Europa Ocidental: tem fronteira com o Atlântico, o Mediterrâneo e o Mar do Norte. O país, portanto, possui três portas de entrada e saída marítimas, importante fator para o crescimento econômico.
O RELEVO FRANCÊS
Na porção norte, dominam as planícies sedimentares, onde se encontra Paris; no sul, os Montes Pirineus - separando a França da Espanha; no sudeste, destacam-se os Alpes (ponto culminante - o Monte Blanco); entre as duas cadeias montanhosas, o Maciço Central Francês.
DADOS POPULACIONAIS
A França conhece uma taxa muito elevada de urbanização, estando concentrados nas cidades 85,8% do total da população. ParisLyonMarselha e Bordeaux são as maiores cidades francesas e sedes de grandes complexos industriais, redes de lojas e oferecem muitos atrativos aos turistas.
Atualmente, a França, ainda enfrenta uma crise de desemprego (11% em 2013) e baixo crescimento econômico.  Possui uma força de trabalho composta de 30.000.000 de pessoas, sendo que 64% das mulheres trabalham. Cerca de 7.200.000 de estrangeiros habitam o país - especialmente argelinos, tunisianos, marroquinos e portugueses - , correspondendo a cerca de 11%  da população local. Esse setor é o mais atingido em épocas de crise econômica e desemprego, quando aumenta a competição no mercado de trabalho e  os problemas sociais são agravados, pois uma boa parcela dos franceses culpa os imigrantes pelos surtos de desempregos. Importante partido político francês - a Frente Nacional - baseia toda a sua ação política nesse ódio ao estrangeiro.
ECONOMIA
Um dos mais ricos países da Europa, a economia francesa apresenta os seguintes dados:
ECONOMIA FRANCESA
AGRICULTURA (2% DO PRODUTO NACIONAL BRUTO)   - trigo; beterraba, batata, arroz (produzido no vale do rio Ródano); vinha (entre os maiores produtores mundiais de vinhos); azeitona; milho; amora; aveia; centeio e cevada.
PECUÁRIA - bovinos (19,1 milhões de cabeças); ovinos (7,6 milhões); suínos (14 milhões). A França é o segundo maior criador de bovinos da Europa e  o terceiro maior produtor de leite da Europa, daí a importância do queijo e da manteiga na sua pauta de exportações.
RECURSOS MINERAIS - carvão mineral; ferro; bauxita e urânio..
GERAÇÃO DE ENERGIA - hidrelétrica.
INDÚSTRIAS - siderurgia; automobilística; aeronáutica; química e têxtil.

   
RAZÕES DO CRESCIMENTO INDUSTRIAL:
- Investimentos estrangeiros - principalmente após a Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945), quando da ajuda americana para a reconstrução da Europa através ao Plano Marshall.
- Integração na Unidade Europeia.
AS DEPENDÊNCIAS FRANCESAS
Ex-potência colonial, a França ainda mantém algumas áreas sob seu controle ao redor do globo. Essas regiões são divididas em dois tipos de estrutura  administrativa: os Departamentos (cópias da divisão administrativa da França continental) e Territórios, governados por administradores enviados de país, tendo direito de representação política no Parlamento francês.
DEPARTAMENTOS DE ULTRAMAR - Guadalupe; Martinica; Guiana Francesa (todos localizados nas Antilhas) e a Ilha de Reunião (próxima a Madagascar).
TERRITÓRIOS DE ULTRAMAR - Futuna; Wallis ( Polinésia Ocidental); Ilha de Mayotte (importante base aeronaval francesa no Oceano Índico); Nova Caledônia (situada na Melanésia); Saint-Pierre e Miquelon (na costa do Canadá).
A FRANÇA HOJE
RENDA PER CAPITA - 36.100 dólares.
CRESCIMENTO ECONÔMICO - 0% ao ano (2013).
INFLAÇÃO - 2,2% ao ano (2012).
PARTIDOS GOVERNANTES - a Presidência é ocupada por François Hollande (desde maio de 2012); o Primeiro Ministro é Jean-Marc Ayrault (desde 2012).

REINO UNIDO

Nome oficial: Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte
Monarquia Parlamentarista
Area: 244.100 km2
População: 63.395.600
Moeda: libra esterlina
Línguas: inglês, gaélico (Escócia e Irlanda do Norte) e galês
A Grã-Bretanha é a maior das ilhas do arquipélago britânico, separada do Continente Europeu pelo Canal da Mancha, sob o qual, atualmente, existe um túnel que liga a Inglaterra à França. Na Ilha da Irlanda estão situados o Eire (República da Irlanda) e a Irlanda do Norte.  Na Grã-Bretanha, localizam-se a Escócia, o País de Gales e a Inglaterra, formando uma só unidade política: o Reino Unido
MOMENTOS HISTÓRICOS FUNDAMENTAIS
44 d.C. - invasão romana
90 d.C. - os romanos criam a Província da Britânia (Londres é fundada entre os anos 70 e 100)
SÉCULO V - invasores anglos, jutos e saxões tomam a Ilha, estabelecendo reinos anglo-saxões, período no qual a Irlanda e o País de Gales adotam o cristianismo
SÉCULO VII - a igreja britânica cai sobre domínio de Roma
SÉCULO XI - os normandos, encabeçados por Guilherme, o Conquistador, invadem e dominam a Ilha (centralização do poder)
CONFLITO - saxões contra normandos
1215 - assinada a Carta Magna: contrato social entre a Monarquia e os senhores feudais, limitando o poder do Rei e fortalecendo a sociedade civil - origem da Democracia
1336 -1433- "Guerra dos Cem Anos" (derrota inglesa)
1455 -1485- "Guerra das Duas Rosas" (duas famílias dinásticas em luta - Lancasters versus Yorks)
1485 - a dinastia Tudor toma o poder (início do estado inglês moderno)
PERÍODO DO REI HENRIQUE VIII (1509-1547) - Reforma  Protestante (anglicanismo)
1603 - início da Dinastia Stuart (Rei Jaime I)
1642 -1648 - "Guerra Civil" ou "Revolução Puritana" (Puritanos - calvinistas ingleses)
1649 - 1660 - República Puritana (líder - Oliver Cromwell)
1660 - a Restauração Stuart
1688 - a "Revolução Gloriosa" - implantação do liberalismo na Grã-Bretanha
SÉCULO XVI E XVII - colonização inglesa da América do Norte
1707- unificação da Escócia e da Inglaterra, criando o Reino Unido da Grã-Bretanha
1798- criação do Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda
SÉCULO XVIII - Revolução Industrial
SÉCULO XIX- apogeu do imperialismo inglês ao redor do planeta (frase da época - "o sol nunca se põe no Império Britânico")
1914-1918- Primeira Guerra Mundial (a Inglaterra é vitoriosa)
1924- Partido Trabalhista é vitorioso nas eleições (esquerda no poder)
1931- cria-se a Comunidade Britânica de Nações (Commonwealth)
1939-1945- Segunda Guerra Mundial (Inglaterra é vitoriosa)
1945- vitória eleitoral trabalhista impõe à Grã-Bretanha um regime social democrata (centro-esquerda com propostas de reforma social sob orientação socializante)
1997- vitória eleitoral dos trabalhistas liderados por Tony Blair (proposta de uma "terceira via" entre capitalismo liberal e socialismo estatizante)
RELEVO E CLIMA
RELEVO - baixas altitudes; área economicamente mais desenvolvida a Planície Londrina, banhada pelo Mar do Norte e pelo Atlântico, recebendo a corrente marítima Gulf Stream; bacias de Lancashire e Yorkshire.  No centro da Grã-Bretanha - Montes Peninos. 
CLIMA - massas de ar úmido, quente e frio.
A POPULAÇÃO BRITÂNICA
COMPOSIÇÃO ÉTNICA - ingleses, escoceses, galeses, irlandeses e minorias de origem indiana, paquistanesa, africana e antilhana
RELIGIÕES- cristianismo ( 59,5% da população); islâmica (4,4%); hinduísta (1,3%) e judaica (0,4%) - censo 2011
PRINCIPAIS CIDADES- Londres, Manchester, Birmingham e Liverpool
No século XIX o Reino Unido foi área de emigração, principalmente para os Estados Unidos e a Austrália. Hoje é polo de atração de imigrantes da Comunidade Britânica, particularmente da Antilhas, Índia, Paquistão e da ex-colônias britânicas do Oriente Médio. 
PROBLEMAS SOCIAIS
Mercado de trabalho competitivo, dificultando o acesso das pessoas jovens a empregos mais bem remunerados
Altos índices de criminalidade urbana, em razão do preconceito racial e social da população  britânica contra os imigrantes da ex-colônias

O "Big Ben" londrino: mais famoso relógio do mundo



ALEMANHA


Nome Oficial: República Federal da Alemanha
República Parlamentarista
Área: 356.733 km²
População: 81.147.000
Moeda: euro
Língua: alemão

A República Federal da Alemanha é o país resultante da reunificação das duas antigas Alemanhas – a Ocidental (República Federal Alemã – RFA) e a Oriental (República Democrática Alemã – RDA).
Situada na porção centro-ocidental da Europa – com condição geográfica privilegiada – a Alemanha foi sempre destinada a ser a maior potência do Velho Mundo. Sua história, por vezes trágica, foi sempre turbulenta.
Considerada a terceira maior potência mundial, o país teve uma industrialização tardia em relação à Inglaterra e à França.
MOMENTOS HISTÓRICOS FUNDAMENTAIS
ORIGENS - migrações dos teutões (os primeiros germânicos) e dos cimbros (descendentes dos daneses que criariam a Dinamarca), que chegaram - Europa Mediterrânea por volta de 100 a.C.
TRATADO DE VERDUN (843 d.C.) - divisão do Império Carolíngio entre os três netos de Carlos Magno: Carlos, o Calvo ficou com a França; Lotário, com a Lotaríngia (hoje, a Alsácia-Lorena) e Luiz, o Germânico passou a reinar sobre o território que hoje é a Alemanha.
936 - Oto I foi coroado imperador do Império Germânico (início do futuro Sacro Império Romano - Germânico -Primeiro Reich).
1517- início da Reforma Protestante, liderada por Martinho Lutero.
SÉCULO XVI- guerras religiosas na Alemanha; a França, interessada em quebrar o "anel de ferro dos Habsburgos" que a cercava, apoiou os protestantes.
PAZ DE AUGSBURGO (1555)- firmado o princípio "tal príncipe, tal religião": os príncipes alemães definiriam a religião dos seus respectivos estados e súditos.
GUERRA DOS 30 ANOS (1618 - 1648)- conflito religioso e político entre, de um lado, os Habsburgos e, de outro, França, Suécia e Dinamarca. A guerra teve início com a rebelião da Boêmia, pois os tchecos queriam ficar independentes do Habsburgos.
PAZ DE VESTFÁLIA (1648) - vitória francesa na guerra dos 30 anos.
SÉCULO XVIII - a Prússia se torna uma das maiores potências da Europa.
1806 - Napoleão extingue o Sacro Império Romano - Germânico, substituído pela Confederação do Reno.
1871 - Bismarck (chanceler da Prússia) unifica a Alemanha (Alemanha Imperial - Segundo Reich).
1884 - Congresso de Berlim- partilha da África entre as potências europeias (colônias alemãs na África Negra).
1914 - 1918 - Primeira Guerra Mundial (a Alemanha é derrotada).
1919 - foi proclamada a República de Weimar.
1919 - o Tratado de Versalhes estipulava o pagamento de indenizações de guerra por parte da Alemanha, cujas forças armadas seriam limitadas.
1933 - Hitler líder, do Partido Nazista, tomava o poder na Alemanha.
1938 - a anexação da Áustria - nascia o Terceiro Reich.
1939 - 1945 - Segunda Guerra Mundial.
1945 - a Alemanha é derrotada e dividida em quatro zonas de ocupação - americana, inglesa, francesa e soviética.
1949 - surgiam as duas Alemanhas - República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental, sob regime capitalista) e República Democrática da Alemanha (Alemanha Oriental, sob regime socialista).
1990 - reunificação das duas Alemanhas sob a denominação de República Federal da Alemanha.

AS DUAS ALEMANHAS
Ao final da Segunda Guerra Mundial, a Alemanha encontrava-se derrotada e quase totalmente destruída. Em 1945, o país foi dividido em quatro zonas de ocupação - americana, inglesa, francesa e soviética. Em 1949, surgiam duas Alemanhas - a República Federal Alemã, popularmente conhecida como Alemanha Ocidental, tendo Bonn como sua capital, era um país livre e capitalista. A outra Alemanha foi a República Democrática Alemã, conhecida como Alemanha Oriental, cuja capital era Berlim Oriental. A Alemanha Oriental era um país socialista e totalitário, dominado pela União Soviética. Em 1961, foi construído o Muro de Berlim, que se tornou o símbolo da Guerra Fria e da divisão entre o Leste socialista e o Oeste capitalista.
A RECONSTRUÇÃO ALEMÃ
As cidades, fábricas, estradas e ferrovias alemãs haviam sido destruídas durante a Segunda Guerra Mundial. Pergunta-se: como um país tão fragmentado e destruído conseguiu rapidamente se tornar a economia mais importante da Europa? Quando a Alemanha foi dividida, a Alemanha Ocidental continuou sendo um país capitalista, mas a Alemanha Oriental adotou o regime socialista. Cada uma das duas Alemanhas teve sua reconstrução financiada por um dos líderes do mundo bipolar: os Estados Unidos e a União Soviética.
A Alemanha Ocidental se democratizou e, utilizando os amplos recursos do Plano Marshall, reconstruiu fábricas, estradas e ferrovias com os mais modernos equipamentos disponíveis. O crescimento econômico da Alemanha Ocidental foi, de fato, extraordinário. De uma nação derrotada, o país se tornou o líder econômico da Europa e a terceira maior economia do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão. A população da Alemanha Ocidental desfrutava de uma alta qualidade de vida e de um grande poder de consumo.
Já a Alemanha Oriental, devido à influência soviética, passou a adotar os moldes socialistas da União Soviética. Com uma economia planificada, os meios de produção do país eram controlados pelo Estado. Uma ditadura tomou conta da Alemanha Oriental; seguindo o modelo político soviético, havia somente um único partido político - o partido socialista. A produtividade e a qualidade de vida da população da Alemanha Oriental eram inferiores aos da Alemanha Ocidental, gerando um descontentamento entre os alemães orientais.
A REUNIFICAÇÃO - A QUEDA DO MURO DE BERLIM
Em novembro de 1989, foi derrubado o Muro de Berlim. Em 1990, as duas Alemanhas foram reunificadas sob a denominação de República Federal da Alemanha. Não é de se surpreender que havia um distanciamento econômico e social muito grande entre as duas Alemanhas. Desde 1990, o governo da Alemanha reunificada investiu, anualmente, cerca de 100 bilhões de dólares para modernizar a ex-República Democrática Alemã, ou seja, a ex-Alemanha Oriental. A unificação custou muito à economia da Alemanha Ocidental: o déficit público, a taxa de juros, a inflação e o desemprego aumentaram. A Alemanha Ocidental - após ter sido unificada com a Oriental - voltou a crescer economicamente apenas na metade da década de 1990.
PAPEL DA ALEMANHA NA UNIÃO EUROPEIA
Atualmente, a Alemanha é a economia mais forte da Europa, exercendo um papel fundamental na União Europeia.
Desde a fundação da União Europeia, a Alemanha tem trabalhado para que a organização se expanda, vindo a incluir novos membros. De fato, exportações e importações da Alemanha com os novos membros da União Europeia representam 9% do comércio exterior do país.
Em 1 de janeiro de 1999, a Alemanha foi um dos onze países da União Europeia a adotar o Euro como unidade monetária nacional.
Desde a queda da União Soviética, a Alemanha tem tentado promover a estabilidade e prosperidade em seus países vizinhos da Europa Central e Oriental. No início da década de 1990, a Alemanha se tornou o país que mais forneceu ajuda financeira, que mais investiu e que mais se engajou em comércio externo com os ex-membros da União Soviética. Assim, a Alemanha ajudou a promover reformas democráticas e capitalistas nesses países. Essa proximidade comercial entre a Alemanha e a Europa Oriental foi de grande benefício para a indústria alemã.
Nos primeiros anos logo após sua reunificação, a Alemanha promoveu acordos bilaterais com a União Soviética, a Polônia, a República Tcheca e a Bulgária. A Alemanha também objetivou expandir a União Europeia ao aceitar como membros da organização países do norte e do leste europeu. Com a ajuda alemã, a União Europeia passou a firmar “Acordos Europeus” com o objetivo de oferecer aos ex-países socialistas a oportunidade de participar do mercado comum europeu.
A INDÚSTRIA
Após a Segunda Guerra Mundial e com a derrota da Alemanha, os Estados Unidos e seus aliados decidiram não permitir que uma Alemanha vencida, que havia perdido seus territórios orientais para a União Soviética, se tornasse um estado socialista ou totalitário. O governo norte-americano decidiu reconstruir a Alemanha Ocidental para que esta fizesse frente à Europa Socialista. Em dez anos, devido ao Plano Marshall – o Programa de Recuperação Europeia – a República Federal Alemã se tornou a primeira economia da Europa Ocidental. Além do Plano Marshall, onde houve grande financiamento de capitais norte-americanos para a reconstrução da Alemanha Ocidental, vários fatores permitiram o desenvolvimento da indústria alemã. Estes foram:
  • integração na Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (1952) e no Mercado Comum Europeu (1957).
  • a região da Renânia, rica em carvão mineral, com grande concentração industrial no período anterior à guerra, localiza-se à oeste da antiga Alemanha e, portanto, passa a fazer parte da República Federal Alemã.
  • mão de obra nacional (reduzida pela guerra, porém com tradição industrial) e mão de obra imigrante (não qualificada, porém barata: turcos).
  • isenção de gastos militares.
  • imensos agrupamentos de empresas (os “Konzerns”).
A industrialização alemã, iniciada no século XIX, começou com os “Konzern” (agrupamento de empresas), muitas de base familiar – Krupp, Mannesmann e Thyssem (siderurgia); Siemens, Bosch e AEG (eletroeletrônica) e Bayer e Badishe (química).
A economia alemã depende significativamente do comércio exterior.
Na Alemanha, 24,6% da população ativa trabalha em atividades industriais e 73,8% nos setores de serviços.
A indústria é responsável por cerca de 30,5% do PIB do país. O setor absorve grande parte da população ativa, empregando mão de obra bastante especializada.
A Distribuição das Indústrias
As indústrias alemãs foram reconstruídas, em sua maioria, nos mesmos locais em que estavam antes da guerra.
Renânia é a região industrial por excelência , onde se concentram as fundições de aço, indústria química, metalurgia pesada, refinarias de petróleo, indústria têxtil, indústria alimentícia etc. A maior concentração está no Vale do Ruhr, região carbonífera mais importante do país que, apesar de distante do Mar do Norte, é servida pela capacidade excepcional de transporte representada pelo rio Reno, que liga essa região ao Porto de Roterdã (Europoort). É nessa porção noroeste da R.F.A., que se concentram os grandes complexos urbano-industriais como Dusseldorf, Colônia, Essen, Dortmund, Duisburg. Aachen, Bonn etc. Em oposição a essa concentração industrial, o resto da indústria alemã ocorre em áreas dispersas.
Após a queda do Muro de Berlim, descobriu-se o “abismo” de desenvolvimento que existia entre as duas Alemanhas, antes de serem reunificadas.

A RÚSSIA E O CEI

RÚSSIA SOVIÉTICA
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas: Federação Parlamentarista de quinze repúblicas
Capital: Moscou
Área: 22.400.000 km²
População:  293.000.000 (julho de 1991)
Língua principal: russo
Bandeira:

No século VI, tribos eslavas chegaram ao que é hoje o território europeu da Federação Russa. Quatro séculos depois, formava-se o primeiro Estado russo, denominado Rus de Kiev. A partir daí, essa região passou a ser um importante ponto de passagem para comerciantes nórdicos e gregos.
Em 1547, subia ao trono o Czar (Imperador) Ivan IV, o Terrível, que ampliaria o território russo e deu início ao processo de centralização política, eliminando a maioria dos principados.
Em 1613, a dinastia dos Romanovs assumiu o poder e transformou a Rússia num Estado Absolutista, com relações servis e sob o controle de uma nobreza feudal (os “boiardos”). A Rússia monárquica adquiria os seus característicos fundamentais: autoritarismo, desprezo pelos camponeses, uma elite de privilégios ilimitados e a consolidação da Igreja Ortodoxa, preconceituosa e obscurantista.
Ao longo do século XIX, proliferaram, no solo russo, grupos políticos revolucionários clandestinos. Em 1898, era fundado o Partido Operário Social-Democrata Russo, primeira agremiação partidária marxista da Rússia. O objetivo fundamental do marxismo, ideologia criada por Karl Marx Friederich Engels, era promover uma revolução operária para fundar uma sociedade socialista, onde não existissem classes sociais. Em 1914, a Rússia, sob o reinado de Nicolau II, entrava na Primeira Guerra Mundial, ao lado da Inglaterra e da França, contra a Alemanha Imperial e o Império Austro-húngaro. Após dois anos de combate, o exército russo, arrebentado pelos alemães, deixaria de existir como força militar. Milhões de camponeses tinham sido convocados para lutar. O país vivia o caos social econômico e social. Em fevereiro de 1917, explodia a revolução popular, derrubando o Czar Nicolau II. Em outubro, os marxistas, agrupados no Partido Comunista, tomavam o poder.
A UNIÃO SOVIÉTICA
O líder da Revolução Comunista, Vladimir Ilitch Ulianov, apelidado de Lênin, tomou o poder, criando a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Entre 1917 a 1921, a Rússia conheceu a sangrenta guerra civil entre os “vermelhos” (comunistas) e os “brancos” socialistas, militares e proprietários rurais desapropriados pelo governo soviético. Ao longo desse período, marcado por dolorosos sofrimentos impostos ao povo russo, o modelo econômico soviético foi denominado de o comunismo de guerra, caracterizado pela estatização das terras, das indústrias e dos serviços. A experiência foi um fracasso e, em 1921, após a derrota dos “brancos”, Lênin instituiu a NEP (Nova Política Econômica), pela qual a Rússia Soviética “dava um passo atrás, para dois à frente”: as terras, as pequenas indústrias e os serviços eram privatizados, continuando sob propriedade estatal as grandes e o sistema financeiro. As alterações econômicas levadas a efeito foram positivas e a URSS começa a crescer. Em 1924, Lênin morreu, sendo substituído no cargo de Secretário-Geral do Partido Comunista por Josef Stalin. Consolidado em 1929, o stalinismo teve como características:
PLANEJAMENTO ECONÔMICO CENTRALIZADO - o governo de Moscou, por meio da Comissão Estatal para o Plano Econômico (GOSPLAN), planeja todas as atividades econômicas soviéticas, desde os investimentos iniciais até a distribuição dos produtos. Este rígido planejamento é feito pelos Planos Quinquenais.
COLETIVIZAÇÃO FORÇADA DOS CAMPOS - as terras foram tomadas dos camponeses proprietários (“kulaks”) e foram criados os “sovkhozes” (fazendas estatais) e os “kulkhozes” (cooperativas administradas pelos camponeses).
DIRIGISMO CULTURAL - todas as atividades culturais da União Soviética são rigidamente controladas pelo Estado. Surge uma arte oficial (“realismo socialista”) que, na prática, transformou a criação artística em simples instrumento de propaganda política.
BUROCRATIZAÇÃO DA SOCIEDADE - a União Soviética era controlada por uma enorme, ineficiente e corrupta burocracia de Estado (funcionários públicos).
TERRORISMO DE ESTADO - a União Soviética, principalmente sob o governo de Estado, foi um Estado totalitário que vigiava a sociedade por meio de uma poderosa e repressiva polícia política.
Em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha Nazista invadiu a União Soviética, vitimando aproximadamente 20 milhões de cidadãos soviéticos. Terminado o conflito, que muito abalou a economia e a sociedade russa, a União Soviética construía seu Império no leste europeu, criando e ocupando as “democracias populares”. A partir da segunda metade dos anos 40, o mundo conheceria um conflito bipolar entre os países capitalistas, liderados pelos Estados Unidos da América, e as nações socialistas, encabeçadas pela URSS. A “Guerra Fria” foi uma competição ideológica, política, tecnológica e, por vezes, militares entre os dois “blocos”.
Até o início da década de 80, para boa parte das populações ocidentais, a União Soviética parecia ser uma formidável potência, fundamentalmente pelo seu poderio militar. Entretanto, graves eram seus problemas estruturais: Os excessivos gastos militares impossibilitavam investimentos produtivos; a economia socialista, caracterizada pela falta de estímulos materiais aos trabalhadores, pela ausência de um mercado dinâmico e pela escassez de gêneros, desestimulava o trabalho e, por fim, o autoritarismo político impedia a difusão de ideias, dificultando que a União Soviética acompanhasse a revolução tecnológica da informatização.
COLAPSO DA UNIÃO SOVIÉTICA
Em 1985, Mikhail Gorbatchev assumiu como Secretário-Geral do Partido Comunista da União Soviética. Gorbatchev conhecia os problemas da União Soviética e tentou superá-los pela glasnost (“transparência”) e pela ”perestroika” (“restruturação”). A primeira consistia em eliminar os aspectos mais repressivos do autoritarismo soviético, visando implantar liberdades democráticas, além de estabelecer melhores relações com o Mundo Ocidental, visando encerrar a “Guerra Fria”. Já a perestroika objetivava modernizar a economia soviética. As reformas tiveram consequências negativas para a União Soviética. As razões disso foram: a inferioridade tecnológica que impediu o país de aprimorar sua economia; o fato de que o Presidente Ronald Reagan (1880 – 1888) acelerou à corrida armamentista, forçando a União Soviética a gastos extraordinários e fora de seu alcance; a perda dos benefícios sociais provocada pela transição para uma economia de mercado irritou a população russa que, progressivamente, foi deixando de apoiar o governo Gorbatchev; os movimentos populares que provocaram a queda do socialismo nos “países satélites” do leste europeu; a diversidade étnica da União Soviética, cujo enfraquecimento provocou levantes e ambições nacionalistas e, finalmente, a tentativa de um golpe, por parte dos comunistas mais ortodoxos, no sentido de bloquear as reformas. Na resistência a essa solução golpista, destacou-se Boris Yeltsin, então presidente da República Socialista Soviética da Rússia. Em dezembro de 1991, após inúmeras das ex-repúblicas soviéticas terem se separado, Yeltsin instituía a Comunidade de Estados Independentes.
COMUNIDADE DE ESTADOS INDEPENDENTES
PAÍSES: República da Federação Russa, Ucrânia, Belarus, Cazaquistão, Armênia, Azerbaijão, Moldova, Quirguistão, Tajiquistão, Turcomenistão, Uzbequistão.
Comunidade dos Estados Independentes (CEI) é uma organização criada em 1991 que integra 11 repúblicas que pertenciam à União Soviética. São elas: Rússia, Ucrânia, Belarus, Cazaquistão, Armênia, Azerbaijão, Moldova, Quirguistão, Tajiquistão, Uzbequistão e Turcomenistão. É importante notar que em 26 de agosto de 2005, o Turcomenistão abandonou o organismo: tornou-se um membro associado não oficial.
Quando a organização foi criada, estava aberta a todas as repúblicas da União Soviética. Mas nem todas elas aceitaram integrar a CEI. Os países bálticos – Lituânia, Estônia e Letônia – nunca fizeram parte do grupo. Em dezembro de 1993, a Geórgia finalmente aderiu à CEI após uma guerra civil na qual tropas russas intervieram no país a favor do governo pró-russo de Eduard Shevardnadze. Em 2008, a Geórgia anunciou que deixaria a organização. Em agosto de 2009, deixou de ser membro da CEI.
Desde sua fundação, a Comunidade de Estados Independentes (CEI) assumiu uma posição geopolítica ambígua: não é um único país, mas é mais que uma simples comunidade de nações. A Rússia mantém uma relação de supremacia sobre as demais repúblicas da CEI. O rublo é a moeda comum dos estados-membros.
A CEI é sediada em Minsk, Alma-Ata e São Petersburgo.
Ao formar a CEI, a Rússia, a Ucrânia e a Bielorrússia – as três repúblicas eslavas que respondem pela maioria da população e das riquezas da ex-União Soviética – decidiram criar uma organização semelhante à Commonwealth Britânica.
Ao anunciar a formação da CEI, – o presidente russo Boris Yeltsin, o presidente ucraniano Leonid Kravchuk e o presidente bielo-russo Stanislav Shushkevich – afirmaram que a União Soviética deixaria de existir. Os três líderes declararam em um comunicado que: “Constatamos que a URSS como sujeito do Direito Internacional e realidade geopolítica deixou de existir”.
A Rússia se tornou o país líder da CEI. A Comunidade constituiu-se num grande mercado para Moscou, mesmo não sendo uma zona de livre comércio. Os países da CEI dependem do petróleo, de manufaturados e de várias matérias-primas para a indústria e o comércio, todos produtos oferecidos pela Rússia.
A GEÓRGIA SE RETIRA DA CEI
A Geórgia havia se integrado à Comunidade dos Estados Independentes em 1994. Contudo, no dia 14 de agosto de 2008, seu Parlamento aprovou, por unanimidade, a saída do país da organização. Isso ocorreu devido ao apoio russo às reivindicações de independência da Abecásia e da Ossétia do Sul.
Em março de 2008, a Ossétia do Sul pediu ao mundo que reconhecesse a sua independência da Geórgia. Em abril do mesmo ano, a Ossétia do Sul rejeitou um acordo georgiano de divisão do poder, insistindo na independência.
No dia 8 de agosto de 2008, forças da Geórgia invadiram a Ossétia do Sul. Como retaliação, forças russas invadiram o território georgiano, o que resultou em mais de mil mortos.
Além da Rússia, também são importantes dois países europeus da Comunidade de Estados Independentes: Ucrânia e Belarus (Bielo – Rússia).
COMUNIDADE DE ESTADOS INDEPENDENTES
PAÍS
CAPITAL
República da Federação Russa
Moscou
Ucrânia (área à 603.700 km²; população à 44,5 milhões)
Kiev
Belarus (área à 207.600 km²; população à 9,6 milhões)
Minsk
Cazaquistão (área à 2.717.300 km²; população à 17,7 milhões)
Alma-Ata
Armênia (área à 29.800 km²; população à 3,1 milhões)
Erivã
Azerbaijão (área à 86.600 km²; população à 9,6 milhões)
Baku
Moldova (área à 33.700 km²; população à 3,6 milhões)
Chisinau
Quirguistão (área à 198.500 km²; população à 5,5 milhões)
Bishkek
Tajiquistão (área à 143.100 km²; população à 7,9 milhões)
Dushanbe
Turcomenistão (área à 488.100 km²; população à 5,1 milhões)
Ashkhabad
Usbequistão (área à 447.400 km²; população à 28,7 milhões)
Tashkent

AMÉRICA DO NORTE - ASPECTOS FÍSICOS DOS EUA E DO CANADÁ

A América anglo-saxônica é formada pelos Estados Unidos e Canadá. A denominação "anglo-saxônica" decorre do fato da região ter sido basicamente colonizada pelos ingleses, povo originariamente formado por celtas, jutos escandinavos e saxões germânicos. A colonização da América inglesa foi bastante diferente da América Latina. Enquanto nós fomos vítimas de um sistema colonial mercantilista, que visava a exploração econômica, os Estados Unidos e o Canadá foram exemplos de colônias de povoamento.
A COLONIZAÇÃO DE POVOAMENTO
Povoamento inicial foi feito por imigrantes, normalmente calvinistas, que fugiam de perseguições religiosas ou crises econômicas. Seu objetivo era a fixação na terra e não simplesmente explorá-la a serviço dos interesses europeus. Esses imigrantes, que buscavam esquecer os sofrimentos que tinham passado na Europa, logo adquiriram um senso de nacionalidade: o "americanismo precoce". Para eles, a expressão "Novo Mundo" tinha pleno sentido.
Produção econômica voltada, simultaneamente, para os mercados nacional e internacional, não sendo submetida às restrições do "Pacto Colonial": o comércio era livre.
A mão de obra era a família, que cultivava pequenas e médias propriedades.
Precoce produção artesanal e industrial doméstica, objetivando tornar as colônias independentes em relação - bens manufaturados vindos da metrópole.
Influenciados pelo liberalismo europeu do século XVIII, os colonos rapidamente romperam com a metrópole britânica, dando origem a países, principalmente os Estados Unidos da América, política e institucionalmente progressistas e avançados.

O RELEVO DA AMÉRICA ANGLO-SAXÔNICA
Os Estados Unidos e o Canadá apresentam as seguintes características geomórficas:
ESCUDOS ANTIGOS - formados por rochas velhas, quase sempre magmáticas e metamórficas, que sofreram forte erosão, apresentando baixas altitudes (exemplo - Planalto do Labrador).
PLANÍCIES SEDIMENTARES - na parte central do continente norte-americano.
DOBRAMENTOS RECENTES - típicos da região oeste e de formação recente ("era Terciária"), apresentando grandes altitudes e vulcanismo ativo (exemplo - as Montanhas Rochosas).
Em função dessa estrutura geológica é que o relevo se organiza. Na porção leste da América do Norte, desde o Alasca até o México, destacam-se as Montanhas Rochosas, com extensão de 5.000 km. Também no lado ocidental, próximo ao Oceano Pacífico, encontramos a Cadeia do Alasca, onde se localiza o ponto culminante do relevo norte americano: Monte McKinley (6.100 m de altitude). Aí também aparecem a Serra Nevada, a Cadeia das Cascatas, a Cadeia da Costa e a Cadeia Santa Elias. Na parte central e sul do continente, estão localizadas as Planícies Centrais ou Pradarias, de origem sedimentar.
As Montanhas Rochosas, a medida que se dirigem para o sul, inclinam-se para o interior do continente, formando o Planalto da Grande Bacia. Aí, estão situados o Grande Lado Salgado e o Vale da Morte (85 metros abaixo do nível do mar). Completando essa paisagem, destacam-se o Planalto do Colorado(famoso pelo Grand Canyon, um enorme vale em garganta) e o Planalto da Colúmbia, que se alonga do norte dos EUA até o território canadense.
No lado oriental, há montanhas antigas, castigadas pela erosão, destacando-se os Montes Apalaches ou Alleghanis, separados do Oceano Atlânticopelas Planícies Costeiras. Entre noroeste e oeste do Canadá aparece o Escudo Canadense, que forma um arco com as extremidades voltadas para o mar.
HIDROGRAFIA
A hidrografia dos Estados Unidos apresenta três vertentes:
VERTENTES HIDROGRÁFICAS
VERTENTE OCIDENTAL OU VERTENTE DO PACÍFICO - rios que correm para o Oceano Pacífico e, graças ao relevo acidentado da região, apresentam grande potencial hidrelétrico, favorecendo a indústria.
VERTENTE DO GOLFO DO MÉXICO - rios de planície, portanto largos, lentos e ideais para a navegação (exemplo - rio Mississippi).
VERTENTE ORIENTAL OU ATLÂNTICA - rios que se dirigem para o Oceano Atlântico.
Se observarmos o mapa físico da América anglo-saxônica, no sentido norte-sul, a primeira coisa que chama nossa atenção é um conjunto lacustre: os Grandes Lagos, formado pelos lagos Superior, MichiganHuronErie e Ontário. Todos eles são interligados e entram em contato com o Oceano Atlântico através do rio São Lourenço, sendo amplamente navegáveis, o que contribui para o escoamento dos produtos industrializados dos Estados Unidos e do Canadá.
Nesse país, também é muito comum a presença de lagos formados por glaciação, isto é, águas provenientes do derretimento de neves que se alojam em rebaixamentos do relevo. Os principais lagos causados por esse fenômeno são: ManitobaWinnipegGrande Lago do Urso e o Atabasca.
Na parte centro-sul do continente, localiza-se a maior bacia fluvial da América do Norte: a do  Mississippi, que nasce no Lago Superior e tem sua foz no Golfo do México. Seus principais afluentes são os rios MissouriOhio e Arkansas. Finalmente, na extremidade sul dos Estados Unidos, corre o rio Grandeou Bravo del Norte, que é o marco fronteiriço com o México.
CLIMA DA AMÉRICA ANGLO-SAXÔNICA
A ampla diversidade dos climas da América do Norte é explicada por inúmeros fatores:
POSIÇÃO GEOGRÁFICA - latitudes maiores significam menores temperaturas; assim, em direção ao norte, a região fica cada vez mais fria. As latitudes, na América anglo-saxônica variam de 25 graus N (sul dos Estados Unidos) - 80 graus N.
RELEVO - influência fundamental sobre o clima da América do Norte, pois: forma um "corredor natural" no centro do continente, responsável pela canalização das massas de ar, ocasionando grande amplitude térmica (enormes diferenças entre o frio e o calor); o relevo determina, nos Estados Unidos, a formação de desertos nos planaltos de Colúmbia e do Colorado, já que as barreiras montanhosas impedem que os ventos úmidos atinjam os vales; além disso, o relevo diminui as temperaturas, no lado ocidental, em razão das grandes altitudes (cadeias da Costa e as Montanhas Rochosas).
CORRENTES MARÍTIMAS - no litoral noroeste dos Estados Unidos e a Oeste do Canadá, ocorrem chuvas intensas provocadas pela Corrente Pacífico Norte; na Flórida, sul dos Estados Unidos, a corrente do Golfo também aumenta o índice de pluviosidade. A costa leste é atingida pela corrente fria do Labrador, que congela o litoral até a altura de Nova Iorque. Já na porção oeste, a corrente fria da Califórnia torna semiárido todo o litoral ao redor da cidade de São Francisco.
MASSAS DE AR - duas massas de ar atingem a América anglo-saxônica. A primeira, chamada de massa Polar, atravessa as Planícies Centrais do Canadá, atingindo, por vezes, o Golfo do México. No Canadá, essa massa de ar gera temperaturas de aproximadamente -25 graus Celsius; mais ao sul, a massa Polar se manifesta sob a forma de geadas e frentes frias. No verão, período no qual a massa Polar deixa de atuar, avança para o norte a massa Tropical, elevando as temperaturas e provocando chuvas intensas no sul e sudeste dos Estados Unidos.
VEGETAÇÃO DA AMÉRICA ANGLO-SAXÔNICA
Como não poderia deixar de ser, as grandes variações de climas e relevo da América do Norte geram uma vegetação também muito diversificada.
FLORESTA BOREAU - situada ao sul do Círculo Polar Ártico (Canadá e Alasca). Trata-se de uma floresta de coníferas (pinheiros, carvalhos, faias, etc.). Grande é sua importância econômica, fazendo do Canadá um dos maiores produtores mundiais de papel e madeira.
TUNDRA - constituída por musgos e líquens e localizada ao norte do Canadá.
FLORESTAS TEMPERADAS OU DE MONTANHAS - características, no leste, do planalto do Labrador e Apalaches, e, a oeste das Montanhas Rochosas e cadeias da Costa.
PRADARIAS - gramíneas e herbáceas que ocupam as Planícies Centrais.
FLORESTAS LATIFOLIADAS - presentes na Flórida, consistindo de uma formação arbórea bastante densa. Típicas da península da Flórida e do Golfo do México, nas áreas mais baixas transformam-se em mangues e pântanos.
ESTEPES - presentes nas regiões áridas e semiáridas do oeste americano, sendo compostas por arbustos de pequena altura e gramíneas ressecadas.
VEGETAÇÃO MEDITERRÂNEA - encontrada no litoral  da Califórnia, é uma vegetação típica de climas semiáridos temperados com pouca precipitação pluviométrica no inverno.

OS ESTADOS UNIDOS

Nome Oficial: Estados Unidos da América
República Presidencialista
Área: 9.363.520 km²
População: 316.669.000
Moeda: dólar norte- americano
Língua majoritária: inglês
Após a Primeira Grande Guerra (1914-18), os Estados Unidos (EUA) tornaram-se uma potência mundial.  Inúmeros são os fatores dessa hegemonia:
  • colonização de povoamentos que evitou a exploração econômica por parte das nações metropolitanas europeias, ao contrário do que ocorreu na América Latina;
  • grandes riquezas naturais;
  • a chegada de imigrantes em grande quantidade, com relativa capacitação técnica e desejosos de ganhos materiais ("fazer a América", como se dizia na passagem do século XIX para o XX);
  • religião calvinista, que estimula o trabalho e a obtenção de bens materiais;
  • técnicas avançadas de produção;
  • amplo mercado consumidor interno;
  • o controle de vastas áreas de influência política e econômica no mundo capitalista
MOMENTOS HISTÓRICOS FUNDAMENTAIS
PRIMEIROS COLONIZADORES- no século XV, os espanhóis fundaram núcleos na Flórida, no Novo México, no Texas e na Califórnia.
SÉCULO XVII - início da colonização britânica com a chegada de imigrantes no navio "Mayflower" (1621)
SÉCULOS XVII E XVIII - progressivamente são fundadas as "13 colônias britânicas da América do Norte", todas elas situadas na costa leste
4 DE JULHO DE 1776 - representantes das 13 colônias, reunidos no Segundo Congresso Continental da Filadélfia, proclamam a independência
1776-1783- a Guerra da Independência
1787- a Convenção de Filadélfia elaborou a Constituição, até hoje em vigor
PARTIDOS POLÍTICOS PRESENTES NA CONSTITUINTE DE 1787- Partido Federalista (hoje, Partido Republicano), representando os interesses capitalistas do Norte; Partido Republicano (hoje, Partido Democrata), expressão dos fazendeiros da Virgínia
PROPOSTA DOS FEDERALISTAS - o país deveria ser uma federação, ou seja, com a existência de um governo central que delegasse relativa autonomia aos estados (líder federalista: Hamilton)
PROPOSTA DOS REPUBLICANOS - confederação, isto é, estados amplamente autônomos que delegassem algumas competências ao governo central (líder republicano: Jefferson)
SÉCULO XIX- "Destino Manifesto": a expansão para o Pacífico incentivada pelo "Homestead Act" ("Lei de Cessão de Terras"). A "corrida para o oeste" atraiu milhares de imigrantes europeus
ETAPAS DA EXPANSÃO NORTE-AMERICANA - a França vende a região da Louisiana para os Estados Unidos (1803); ocupação da Flórida (1819); o Texas, inicialmente território mexicano e, em seguida, estado independente na mãos de norte-americanos, foi anexado aos Estados Unidos da América após um conflito militar que durou 3 anos (1845); o Oregon, território britânico, é vendido aos Estados Unidos da América (1846); o México, pelo Tratado de Guadalupe-Hidalgo, reconhece a anexação do Novo México e da Califórnia aos EUA (1848); o México vende o Arizona pelo Tratado de Gadideu (1853); o Alasca é comprado da Rússia (1867)
A QUESTÃO DO ESCRAVISMO - os estados do Sul, caracterizados pelo latifúndio exportador, eram baseados na mão de obra escrava negra; os estados do Norte, que desde o início da colonização conheciam comércio, minifúndios e pequenas indústrias domésticas, não tiveram escravismo.  Na segunda metade do século XIX, o capitalismo nortista pressiona pela abolição, o que era inaceitável para os estados meridionais.  Resultou daí a "Guerra da Secessão" (1861- 65): os "confederados" (sulistas) contra a União (nortistas). A vitória do Norte consolidou a Federação
SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX - tem início a expansão imperialista dos EUA
ETAPAS DA EXPANSÃO IMPERIALISTA- pela Guerra Hispano-americana (1898), os EUA anexam Porto Rico e as Filipinas; no mesmo ano, o Havaí e Guam são integrados aos EUA; pela "Emenda Platt" (1901), os EUA fazem de Cuba seu protetorado , o que facultava intervenções militares na Ilha; construção e domínio do Canal do Panamá (1903); ocupação da Nicarágua (de 1912 a 1933); ocupação do Haiti (de 1814 a 1934); a Dinamarca vende as Ilhas Virgens aos EUA (1916)
AS PRIMEIRAS POLÍTICAS NORTE-AMERICANAS PARA A  AMÉRICA LATINA- "Doutrina Monroe" (1822): os EUA, desejosos de expulsar os europeus do continente, firmaram como princípio: "a América para os americanos"; a "Política do Big Stick" ("Política do Grande Porrete",  datada do início do século XX), definia o direito norte-americano de intervir na América Central de acordo com seus interesses políticos e econômicos, que não poderiam ser contrariados
1917- os EUA entram na Primeira Guerra Mundial (1914-1918); a vitória dos EUA e dos seus aliados Inglaterra e França faz dos EUA uma potência mundial
ANOS 20 - "Era Coolidge" grande prosperidade econômica, período  também conhecido como os "anos loucos" ou a "era do jazz".  Os norte-americanos não só se tornaram dominantes nos mercados mundiais como também impuseram seus valores culturais ao mundo através do cinema e da música ("American way of life")
1929 - a queda da Bolsa de Nova Iorque
ANOS 30 - a Grande Depressão (falências de indústrias; terras hipotecadas pelos pequenos proprietários que perdiam suas propriedades para os bancos; milhões de desempregados)
1933 - eleito Presidente dos EUA Franklin Delano Roosevelt, que dá início ao "New Deal" ("Novo Acordo"): intervenção estatal na economia de mercado para recuperar a prosperidade norte-americana
1941- o Japão ataca a base norte-americana de Pearl Harbor (Havaí), levando os EUA a entrar na Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945)
1945- termina o conflito e os EUA são superpotência mundial
A PARTIR DA SEGUNDA METADE DA DÉCADA DE 1940- "Guerra Fria": conflito ideológico, político e, por vezes, militar (guerras "limitadas") entre o Mundo Ocidental (capitalista) liderado pelos EUA e o Mundo Socialista, encabeçado pela União Soviética
Deve-se ressaltar que a expansão territorial norte-americana foi acompanhada de dois  fatos fundamentais:
  • FERROVIAS - na segunda metade do século XIX, as companhias "Central Pacific" e a "Union Pacific" constroem a primeira ferrovia transcontinental das Américas, ligando a costa leste da oeste.  Esse processo de "ferroviarização" acelerou o desenvolvimento econômico dos EUA
  • IMIGRAÇÃO - a ampliação do território norte-americano estimulou uma política de fomento à imigração.  Em 1800, a população americana era da ordem de 7 milhões de habitantes; entre 1840 a 1900, entraram aproximadamente 30 milhões de imigrantes
A POPULAÇÃO
COMPOSIÇÃO ÉTNICA - ingleses, alemães, irlandeses, italianos, indígenas, afro-descendentes e latino-americanos formando uma sociedade multicultural
CONSUMO DE CALORIAS - País que consome o maior número de calorias per capita.
DISTRIBUIÇÃO POPULACIONAL
Parte Oriental
Concentra 70% da população do país. Os grandes centros urbano-industriais concentrados junto à Margem Sul, Grandes Lagos e à Costa Nordeste correspondem à mais alta densidade demográfica e formam duas megalópolis regionais: a da Costa Atlântica - BOSWASH - (de Boston a Washington) e a do sul dos Grandes Lagos (de Chicago a Pittsburgh).
Parte Ocidental
Metade escassamente povoada dos EUA, essa região de relevo predominantemente montanhoso, clima semiárido, ou árido e de povoamento mais recente, apresenta as maiores concentrações populacionais na Costa do Pacífico, junto a Seattle, São Francisco e Los Angeles.
CRESCIMENTO POPULACIONAL
1ª fase do crescimento demográfico
Do início do século XIX até a II Guerra Mundial, os EUA receberam cerca de 40 milhões de imigrantes, sendo essa fase chamada de "crescimento imigratório" da população. A diminuição da entrada de imigrantes após 1920 deve-se à lei de Cotas de Imigração de 1924 e à crise econômica de 1929. Após a Segunda Guerra Mundial, a pequena entrada de imigrantes nos EUA deveu-se à mudança do fluxo migratório europeu, que de intercontinental passa a ser intracontinental (movimentos populacionais dentro da própria Europa).
2ª fase do crescimento demográfico
Após a Segunda Guerra Mundial, o crescimento populacional foi eminentemente vegetativo e, após a década de 60, a tendência à estabilização das taxas de natalidade levou a um "envelhecimento" da população americana.
ESTRUTURA POLÍTICA
A NAÇÃO - uma Federação composta por 50 estados, mais o Distrito de Colúmbia, onde se localiza a capital do país: Washington.
REGIME- presidencialista, sendo o Poder Executivo exercido por um Presidente da República eleito para mandato de 4 anos, podendo ser reeleito somente uma vez
SISTEMA ELEITORAL PARA PRESIDÊNCIA - a população (sufrágio não obrigatório) vota para eleger os representantes de cada estado no Colégio Eleitoral (a representação se dá conforme o número de habitantes em cada estado).  Esse Colégio Eleitoral é que escolherá o Presidente da República. 
PODER LEGISLATIVO - bicameral: Senado (2 senadores por estado) e a Câmara dos Representantes ( um número de deputados proporcional à população de cada estado)
PODER JUDICIÁRIO - encabeçado pela Suprema Corte
PARTIDOS BÁSICOS - Partido Republicano (mais conservador) e Partido Democrata (mais liberal e favorável a maiores gastos sociais)
 White House
A Casa Branca

AMÉRICA LATINA

A América Latina é composta por todos os países que se encontram ao sul dos Estados Unidos (México, Américas Central e do Sul), uma vez que todos eles passaram por uma colonização do tipo exploração (agrícola e/ou mineral), além de apresentarem traços culturais de raiz latina, economia e estrutura social subdesenvolvidas.
Características das Colônias de Exploração
  • predomínio do latifúndio monocultor (plantation)
  • utilização de mão de obra escrava (negros africanos e indígenas)
  • exploração dos recursos minerais e agrícolas (produção voltada à exportação)
  • proibição de instalação de manufaturas e indústrias.
A herança histórica da América Latina e o seu subdesenvolvimento
A colonização da América se caracterizou como uma vasta empresa mercantil, presidida pelo Estado metropolitano e unida à burguesia mercantil, que visava tirar o máximo aproveitamento de suas terras americanas para atender ao desenvolvimento de suas atividades comerciais. Portanto, foram chamadas de colônias de exploração.
Entretanto, algumas colônias tomaram rumos diferentes, e foram chamadas de colônias de povoamento. As colônias inglesas da América do Norte (as da Nova Inglaterra) voltaram-se para si mesmas e desenvolveram um setor de mercado interno que influiu de forma significativa no seu desenvolvimento e no estabelecimento de uma autonomia em relação à metrópole inglesa. É importante lembrar que a Nova Inglaterra pouco servia aos interesses mercantilistas ingleses, não possuindo nem metais preciosos e nem condições naturais propícias aos cultivos tropicais.
Quanto às colônias da América Tropical, estas tornaram-se fornecedoras de matérias-primas e, neste sentido, as relações econômicas e políticas entre as metrópoles europeias e suas colônias contribuíram decisivamente para a acumulação capitalista europeia, permitindo que a Europa, no século XVIII, iniciasse a Revolução Industrial, e implantasse com ela o capitalismo industrial.
A Revolução Industrial estabeleceu uma nova ordem nas relações entre as metrópoles e as colônias, onde houve uma transferência das relações de dominação de Portugal e Espanha para a Inglaterra. Assim, as sociedades latino-americanas, já independentes, transformaram-se em áreas de exploração neocolonial do imperialismo industrial britânico.
A América Latina entrou, no século XX, dependente do exterior, com oligarquias nacionais freando processos de renovação social e econômica e, se caso houvesse uma tentativa de desenvolvimento isolado e autônomo, esta seria sufocada por pressões externas, pois contrariava os interesses do capital estrangeiro.
Após a Primeira Guerra Mundial, dado o enfraquecimento comercial da Inglaterra na América Latina, os Estados Unidos assumem a liderança das relações econômicas e políticas do continente. E assim, mais uma vez, a América Latina mudava de "dono". A América Latina tornou-se área de influência dos EUA, situação essa que se acentuou após a Segunda Guerra Mundial.
A partir da Segunda Guerra Mundial, países da América Latina, como Brasil, Argentina e México, tentaram acelerar o desenvolvimento da indústria por meio de uma política econômica de substituição de importações. Esses países limitavam a importação de produtos manufaturados para proteger e incentivar o nascimento e o crescimento da indústria nacional. Produtos que, até então, eram importados passaram a ser produzidos internamente.
A política de substituição de importações atraiu multinacionais para a América Latina e resultou no desenvolvimento de vários novos setores industriais. Contudo, essa política não resultou em um aumento significativo no nível de renda per capita nos países da América Latina.
A partir do século XXI a América Latina toma outro rumo. A Venezuela, a Bolívia e o Equador se viram para o populismo. Seus líderes rejeitam o neoliberalismo e se voltam contra os Estados Unidos. Já países como o Brasil, o Chile, o Peru e o México adotaram muitas das políticas neoliberais e têm visto seus países se industrializaram e suas economias crescerem.
Nos últimos anos, esses governos populares de esquerda perderam poder e influência. Na Bolívia, por exemplo, Evo Morales perdeu o plebiscito que o permitiria se candidatar para um terceiro mandato. Na Venezuela, o Chavismo – sob a liderança de Nicolás Maduro – atravessa uma profunda crise.
A elevada concentração de renda constitui um dos maiores desafios políticos e econômicos da região. Nas últimas décadas, diminui-se a concentração de renda na América Latina. Contudo, a concentração de renda em certos países da região, como Brasil e México, estão entre as mais altas do mundo.
A diminuição da concentração de renda na América Latina ocorreu graças a vários fatores: a implantação de reformas econômicas, a criação de programas de transferência de renda e anos de forte crescimento econômico.
A pobreza na América Latina diminuiu. Contudo, uma parte significativa da população latino-americana ainda se encontra em situação de miséria.
Imigração
Hoje, os latino-americanos são o maior grupo de imigrantes nos Estados Unidos. Durante a década de 1980, oito milhões de latino-americanos imigraram para o país. Este número é equivalente a quase metade de todos os imigrantes europeus que se estabeleceram nos Estados Unidos durante a primeira década do século XX. De acordo com o U.S. Census Bureau - agência governamental encarregada pelo censo nos Estados Unidos –, em 2015, havia aproximadamente 54 milhões de latinos morando no país, constituindo 17% da população. Os hispânicos representam a maior minoria dos Estados Unidos.
O maior grupo de imigrantes ilegais nos Estados Unidos origina da América Latina. Os quatro países latino-americanos de onde originam o maior número de imigrantes ilegais para os Estados Unidos são: México, Guatemala, El Salvador e Honduras. Estima-se que seis milhões e duzentos mil imigrantes ilegais sejam mexicanos.
População e Urbanização
A população da América Latina atingiu 625 milhões em 2016. Desde 1975, a população que habita a região dobrou. Contudo, o crescimento demográfico em alguns países latino-americanos desacelerou. Os principais motivos disso são doenças e ondas emigratórias.
Segundo relatórios da ONU, 80% da população da América Latina habita nas cidades. As cidades latino-americanas apresentam níveis assustadores de criminalidade. A falta de segurança é uma das maiores preocupações da população urbana.
Outro grave problema é que o crescimento urbano carece de planejamento. A rápida urbanização criou cidades que não comportam o número de pessoas que nelas habitam. Há falta de infraestrutura em educação, saúde, moradia, transporte e saneamento. Além disso, o sistema de transportes é caótico: muitas cidades latino-americanas apresentam os piores congestionamentos do mundo.
A infraestrutura precária faz com que se torne difícil enfrentar desastres naturais, como inundações ou desabamentos de terra, que ocorrem com frequência. Estudos do Banco Mundial demonstram que as consequências de tais fenômenos naturais representam um custo para a região de dois bilhões de dólares por ano.
Aspectos Físicos
O relevo da América Latina pode ser dividido em três grandes compartimentos:
  • a oeste, encontram-se a presença dos dobramentos modernos (cadeias de montanhas);
    • no México, denominam-se Sierras Madre Oriental e Ocidental, com a presença de um planalto entre as suas cristas;
    • na América do Sul, formou-se a Cordilheira dos Andes, onde se destacam os altiplanos;
  • a leste predominam os escudos cristalinos ou maciços antigos, bastante desgastados pela erosão ( planalto das Guianas e planalto Brasileiro); e
  • na porção central - entre as montanhas do oeste e os planaltos erodidos do leste, encontram-se extensas planícies fluviais formadas por terrenos sedimentares (rios Madalena e Orenoco, planície Platina, do Pantanal, dos Pampas e Amazônica).
Rede hidrográfica
A América do Sul conta com uma rede hidrográfica densa (as bacias Amazônica, Platina e Orenoco drenam quase 50% de suas terras).
No México devemos destacar o rio Grande, fronteira natural com os Estados Unidos.
Na América Central, a rede hidrográfica é pouco extensa. Como destaque há o rio Coco e o rio San Juan, emissário do lago Nicarágua.
Principais Bacias Hidrográficas
Bacia Amazônica - ocupa uma área superior a 7 milhões de km2, (mais de 4,5 milhões de km2 no Brasil). Estende-se por terras da Bolívia, Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana e Suriname.
O rio Amazonas nasce no pico Huagro, nos Andes peruanos.
Com 7.025 km, o Amazonas é o maior rio do mundo, tanto em extensão quanto em volume de água.
Bacia Platina - segunda maior bacia hidrográfica do planeta, é formada pelos rios Paraná, Paraguai e Uruguai. O rio Paraná é o principal da bacia, com 4.025 km. É um rio de planalto em seu curso superior e de planície em seu curso inferior. Seu potencial hidráulico é bem aproveitado:
  • Jupiá e Ilha Solteira que formam o complexo de Urubupungá.
  • Itaipu, a maior hidrelétrica do Brasil.
O rio Paraguai é uma importante via de navegação (Mercosul), por ser um rio de planície.
O rio Uruguai possui um bom potencial hidráulico em seu curso superior.
Bacia do Rio Orinoco - localizada ao norte da América do Sul, em terras da Venezuela.
Clima
A América Latina é cortada pelo Equador e pelos trópicos de Câncer e Capricórnio, com predomínio de climas equatoriais e tropicais. Ao norte do México e no extremo sul do continente, o clima é temperado.
Vegetação
A vegetação, um reflexo das condições de clima, solo e relevo, é bastante diversificada:
  • florestas tropicais e equatoriais;
  • cerrados e caatinga no Brasil;
  • lhanos na Venezuela
  • chaco no Paraguai e Argentina;
  • florestas de coníferas nas porções meridionais da América do Sul;
  • vegetação de montanha;
  • desertos: Atacama, Chihuahua, Sonora

CUBA

Nome oficial: República de Cuba
República Presidencialista
Área: 110.861 km²
População: 11.062.000
Moeda: peso cubano
Língua: castelhano
A posição geográfica de Cuba – localizada na entrada do Caribe e muito próxima ao estado norte-americano da Flórida – foi fonte de atração à influência política e econômica dos Estados Unidos.
Desde sua independência da Espanha, em 1898, Cuba foi explorada pelos Estados Unidos, principalmente durante a ditadura do líder cubano, Fulgêncio Batista. Durante seu governo, de 1952 a 1959, grupos e empresas norte-americanas controlavam a economia de Cuba e transformaram a ilha num centro de cassinos e bordéis frequentados por turistas.
Em 1959, um grupo guerrilheiro, liderado por Fidel Castro e Ché Guevara, depôs o governo de Batista e estabeleceu um governo socialista em Cuba. Foram implantadas medidas revolucionárias, como a reforma agrária e a nacionalização de bens e empresas norte-americanas. Cuba aliou-se à União Soviética e chegou a ameaçar os Estados Unidos. O governo norte-americano retaliou ao impor um embargo comercial contra Cuba, que dura até os dias de hoje, e que prejudicou muito a população cubana, principalmente após a queda da União Soviética e a dissolução do socialismo no leste europeu.
MOMENTOS HISTÓRICOS FUNDAMENTAIS
1492 - Cristóvão Colombo chega a Cuba
1514 - concluída a conquista da Ilha, que se tornou o ponto de partida para o controle espanhol do Caribe, do México e da América Central.
SÉCULO XVI - início da produção de cana-de-açúcar
SÉCULO XVII - produção de couro e cobre e a construção naval diversificam a economia cubana
MÃO DE OBRA - escrava negra
ABOLIÇÃO- pressões britânicas e prolongados períodos de levantes negros levaram ao fim do escravismo em 1886
1895 - guerra de independência, liderada por José Martí
1898- apoio norte-americano à independência de Cuba (Guerra Hispano-americana)
1899 a 1902- governo americano em Cuba
1903- “Emenda Platt”: Cuba se torna Protetorado americano (os EUA controlam a base de Guantánamo - até hoje, base aérea naval arrendada aos EUA)
1933 - levante popular contra o ditador Machado (pró-americano)
GOVERNO GRAU SAN MARTIN- posições nacionalistas, forçado a renunciar por pressões norte-americanas. San Martin é substituído por Fulgêncio Batista.
CUBA DE BATISTA- controlado pela Máfia, por empresas americanas e pela elite exportadora cubana.
A REVOLUÇÃO
26 DE JULHO DE 1953 - Fidel Castro, liderando um grupo de revolucionários, assaltou o quartel de Moncada, localizado em Santiago de Cuba: o líder é preso
1953 - Fidel desembarca em Cuba, comandando as guerrilhas de Sierra Maestra
1º DE JANEIRO DE 1959 - Fidel Castro entra em Havana, expulsando Batista
MEDIDAS INICIAIS DE FIDEL- combate à elite cubana, expulsão da Máfia e expropriação de empresas americanas
CONSEQUÊNCIAS - os EUA (1961) organizam um desembarque de contrarrevolucionários na Baía dos Porcos (esmagados); emigrações de cubanos para Miami (Flórida)
ATITUDE DE FIDEL- pede apoio à União Soviética, alegando adotar o socialismo
ATITUDE DE MOSCOU- tentativa de implantação de mísseis nucleares em Cuba
REAÇÃO NORTE-AMERICANA - o Presidente Kennedy bloqueia Cuba e exige a retirada das bases de mísseis (outubro de 1962: o mundo está à beira da guerra nuclear)
SOLUÇÃO DO IMPASSE - os soviéticos retiram os mísseis em troca da promessa de que os EUA não invadiriam Cuba.
HISTÓRICO
A REVOLUÇÃO
Em 26 de julho de 1953, Fidel Castro, liderando um grupo de revolucionários, assaltou o quartel de Moncada, localizado em Santiago de Cuba: o líder foi preso. No mesmo ano, Fidel desembarca em Cuba, comandando as guerrilhas de Sierra Maestra.
1 de janeiro de 1959: Fidel Castro entra em Havana, expulsando Batista. As primeiras medidas tomadas por Fidel foram combater a elite cubana, expulsar a Máfia e expropriar empresas americanas. Como consequência, os Estados Unidos, em 1961, organizam um desembarque de contrarrevolucionários naBaía dos Porcos com o intuito de derrubar o governo de Fidel. A tentativa americana fracassou e as emigrações em massa de cubanos para Miami, estado da Flórida, se iniciaram.
Fidel Castro pede apoio à União Soviética, alegando adotar o socialismo. Moscou faz uso da posição estratégica de Cuba, próxima aos Estados Unidos, e tenta implantar mísseis nucleares na ilha. Ao tomar conhecimento das intenções soviéticas, o presidente norte-americano John F. Kennedy bloqueia Cuba e exige a retirada das bases de mísseis soviéticos. Isto ocorreu em outubro de 1962: o mundo encontra-se à beira de uma guerra nuclear entre as duas superpotências. O impasse é resolvido quando os soviéticos retiram os mísseis de Cuba em troca da promessa de que os Estados Unidos não invadiriam a ilha. Esse episódio ficou conhecido como a crise dos mísseis de Cuba.
Um aspecto positivo da revolução cubana foi que o apoio financeiro soviético gerou um aprimoramento da educação e saúde, elevando o padrão de vida cubano.
Fidel Castro defendeu a dependência de seu país em relação à União Soviética e a utilização do apoio financeiro russo em melhorias sociais. Já o líder marxista Ernesto “Ché” Guevara propunha o apoio às revoluções socialistas em toda a América Latina. Para Ché Guevara, Cuba deveria ser um foco central revolucionário para abater o capitalismo pelas “bordas”: Terceiro Mundo contra o Primeiro Mundo. O slogan “guevarista” era: “um, dois, três ......mil Vietnãs”.
Em 1965 foi criada a OLAS (Organização Latino-Americana de Solidariedade): entidade patrocinadora de guerrilhas de esquerda na América Latina. No mesmo ano, Cuba também enviou forças militares para apoiar os regimes socialistas então vigentes em Angola e na Etiópia. A reação norte-americana às ações externas de Cuba foi de encabeçar um embargo econômico ocidental à ilha.
Com o colapso da União Soviética, Cuba perdeu seu mais forte e importante aliado. As consequências, para Cuba, do fim do império soviético foram: perda de apoio financeiro; fim das exportações de produtos primários, a preços artificialmente elevados, para o mundo socialista; fim das importações de petróleo a preços reduzidos; racionamento de energia, combustível e alimentos; e aumento da prostituição para estrangeiros.
A revolução cubana ocorreu em 1959 e, a partir de 1962, a ilha se transformou em área de influência soviética. Porém, com o fim do socialismo real no mundo, os parceiros econômicos de Cuba, em especial no leste europeu, deixaram de adquirir o açúcar cubano, produto mais produzido pelo país. Este fato, aliado ao embargo econômico total decretado pelos Estados Unidos em 1961, levou o país a uma grave crise econômica. Para tentar salvar o regime, Fidel Castro decretou a opção zero – um plano de racionamento total, uma verdadeira economia de guerra. Com a permanência do boicote, a crise geral em Cuba se agravou.
O COLAPSO DA UNIÃO SOVIÉTICA PROVOCA:
  • perda do apoio financeiro soviético;
  • fim das exportações de produtos primários, a preços artificialmente elevados, para o mundo socialista
  • fim das importações de petróleo a preços reduzidos;
  • racionamento de energia, combustível e alimentos;
  • estímulo a investimentos europeus ocidentais;
  • fomento do turismo (surgimento de problemas sociais: conflito entre o Estado e - pequenas empresas; aumento da prostituição para estrangeiros)
Raul Castro, irmão de Fidel, torna-se o novo presidente de Cuba

Raul Castro
O governo de Fidel Castro, após uma duração de quase cinco décadas, chegou ao fim no dia 24 fevereiro de 2008. Seu sucessor é seu irmão caçula, Raul Castro. A escolha do novo presidente de Cuba não foi uma surpresa para ninguém: desde 31 de julho de 2006, Raul Castro havia assumido o cargo de presidente do Conselho de Estado durante a transferência temporária de poder em razão da enfermidade de Fidel. A transição no poder ocorreu cinco dias após Fidel Castro, de 81 anos, anunciar sua renúncia numa carta publicada no jornal governamental Granma.
Ambos Raul e Fidel nasceram em Biran, Cuba, filhos de um imigrante espanhol que era um rico proprietário de terras. Foi Raul Castro quem ajudou Fidel a planejar o golpe que desencadeou a Revolução Cubana e que levou Fidel ao poder em 1959. Fidel Castro instituiu em Cuba o primeiro regime comunista no Ocidente. Raul, conhecido por ser implacável com seus inimigos, foi o líder do exército cubano durante esse quase meio século desde a ascensão de Fidel ao poder.
Mas apesar da lealdade e admiração que tem por Fidel, Raul dá sinais de que pretende implementar mudanças em Cuba. Seis meses antes de se tornar presidente, ele iniciou um "debate nacional" sobre os desafios que o país enfrenta, e admitiu o alto índice de desemprego e a existência de outros problemas econômicos que afligem a população cubana. Raul Castro declarou que uma Cuba pós-Fidel seria mais democrática e que haveria uma transição para uma forma melhor de socialismo.


    ÁSIA - ASPECTOS FÍSICOS

    O maior continente do globo terrestre, a Ásia abrange uma área de 44.397.460 km², compreende, incluindo o Oriente Próximo, a Península Arábica, o Oriente Médio e o Oceano Índico,  43 países e tem como limites:
    LIMITES DO CENTRO SUL DA ÁSIA
    • NORTE - China, Nepal e Butão
    • NOROESTE - Paquistão
    • NORDESTE - Mianmar (ex-Birmânia) e Bangladesh 
    • LESTE - Golfo de Bengala
    • OESTE - Mar da Arábia
    • SUL - Estreito de Pak
    O Continente Asiático apresenta a seguinte divisão regional:
    AS REGIÕES ASIÁTICAS
    • ÁSIA MERIDIONAL E ORIENTAL - Índia, Bangladesh, Butão, Maldivas, Sri Lanka (ex-Ceilão) e Nepal.
    • NORDESTE ASIÁTICO - República Popular da China, República Democrática da Coreia (Coreia do Norte), República da Coreia (Coreia do Sul), Japão, Mongólia e Taiwan (Formosa).
    • PENÍNSULA DA INDOCHINA - Camboja, Laos, República Democrática do Vietnã, Tailândia e Mianmar.
    • SUDESTE INSULAR ASIÁTICO - Brunei, Indonésia, Federação da Malásia, Filipinas, Cingapura e Timor Oriental.
    ORIENTE PRÓXIMO
    • Iraque
    • Israel
    • Jordânia
    • Líbano
    • Síria
    PENÍNSULA ARÁBICA
    • Arábia Saudita
    • Bahrein
    • Emirados Árabes Unidos
    • Kuwait
    • Omã
    • Qatar
    • Iêmen
    ORIENTE MÉDIO
    • Afeganistão
    • Irã
    • Paquistão
    OCEANO ÍNDICO
    • Comores
    • Madagascar
    • Maurício
    • Reunião
    • Seicheles
    RELEVO
    O continente asiático compreende as seguintes paisagens físicas:
    • OESTE - litoral de contorno regular e com pequenas enseadas;
    • LESTE - litoral caracterizado por deltas, lagunas e pântanos;
    • NORTE - Cordilheira do Himalaia e o Planalto do Decã;
    • NOROESTE A NORDESTE - Planície Indo-Gangética
    • O PLANALTO DO DECÃ E A PLANÍCIE INDO-GANGÉTICA - formam os altiplanos Ghatts Ocidentais (na costa oeste) e Orientais (na costa leste)
    • PONTO MAIS ELEVADO - o Monte Kanshenjunga (8.598m)
    CLIMA
    A maior parte do território asiático está situada entre o Trópico de Câncer e o Círculo Polar Ártico, áreas caracterizadas pelo clima temperado, que se estende pela China, Coreia do Norte e a do Sul, Japão, Nepal, Butão, parte do Paquistão e da Índia, Afeganistão, Irã, Iraque, Síria, Jordânia, Israel, Líbano, Turquia, parte da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Catar, Kuwait, Bahrein e todo território da Rússia Asiática. Entretanto, outros tipos climáticos, em escala menor, aparecem no continente:
    • POLAR OU GLACIAL - extremidade setentrional.
    • FRIO DE MONTANHA - no Himalaia, onde ocorre a presença de neves eternas.
    • ÁRIDO E SEMIÁRIDO - no deserto de Gobi (China); as áreas desérticas que bordejam o Mar Cáspio a leste, e o deserto da Arábia.
    • EQUATORIAL - no sul e sudoeste asiático, apresentando temperaturas e pluviosidade elevadas.
    • TROPICAL - caracterizado, em sua maior parte, por chuvas de verão e ventos de "monções"; já no extremo sul, a tropicalidade tende a um clima equatorial, apresentando, por conseguinte temperaturas mais levadas; no nordeste do continente temos uma variante árida da tropicalidade e, no norte, a influência de elevações montanhosas. Em toda sua extensão, a zona tropical compreende: Filipinas, Vietnã, Camboja, Laos, Tailândia, Mianmar, Bangladesh, boa parte do território da Índia, Sri Lanka, Iêmen, Indonésia, Malásia, Cingapura e Brunei.
    VEGETAÇÃO
    A Ásia apresenta uma grande variedade de paisagens botânicas:
    • NORTE DA ÁSIA - tundra e floresta boreal.
    • ZONA TROPICAL - floresta de coníferas, estepes e pradarias.
    • ZONAS ÁRIDA E SEMIÁRIDA - estepes e extensas áreas desérticas.
    • ZONA EQUATORIAL - "florestas de chuvas" ("rain forest"); florestas tropicais e subtropicais e savanas.
    • ZONA DE CLIMA MEDITERRÂNEO (SUDESTE) - luxuriante vegetação do tipo mediterrâneo.
    HIDROGRAFIA
    As principais bacias hidrográficas asiáticas são:
    • ÁSIA MERIDIONAL E ORIENTAL - Ganges (o mais importante rio da região com 3.700 km); Indo(3.180 km), banhando simultaneamente a Índia e o Paquistão, drenando o trecho mais seco de toda a área, onde se localiza o mais extenso deserto da porção meridional do continente: o de Thar; Bramaputra (2.900 km), afluente do Ganges e o mais importante rio de Bangladesh.
    • NORTE - Huang Ho (Rio Amarelo); Yang Tsé-Kiang (Rio Azul); Heilong Jiang (Rio Amur) e o Si Jiang (Rio do Oeste).
    • PENÍNSULA DA INDOCHINA - Mekong.

    A ÍNDIA

    Na região meridional da Ásia, conhecida como Subcontinente Indiano ou Península Indostânica, localiza-se a República da Índia, com uma área de 3.287.782 km².
    RELEVO
    A Ásia Meridional é formada por uma grande plataforma repleta de dobramentos modernos e elevados planaltos, que compõem parte do maior conjunto montanhoso do planeta: a Cadeia do Himalaia ("país das neves" em Sânscrito - língua dos povos árias, que, oriundos do Cáucaso, povoaram a região por volta de 2000 a.C.). De formação terciária, o Sistema do Himalaia apresenta aproximadamente 40 montanhas com altitudes acima de 7.500 m, dentre as quais se destaca o Everest, situado entre a China e o Nepal, ponto culminante do globo, com 8.882 m. Na porção meridional do Himalaia, estende-se a Planície Indo-Gangética, que ocupa a maior porção do norte da Índia e praticamente toda a República Popular de Bangladesh. De formação sedimentar recente, seus solos são férteis e propícios para o cultivo do arroz. Mais ao sul, o Planalto do Decã, de formação antiga e cristalina, abrange metade do território integral da Índia, chegando às margens do Oceano Índico. No lado ocidental desse planalto, estão localizados os altiplanos de Ghatts, caracterizados por escarpas elevadas, que se estendem até a extremidade leste do território indiano (os Ghatts orientais).
    CLIMA
    O clima indiano, marcado pelo fenômeno único das monções, é fruto das seguintes determinações:
    LATITUDE - a Índia, país que se estende entre os paralelos 8º e 34º de latitude norte, está localizada predominantemente na zona intertropical. Aí predominam climas úmidos e quentes. Mais precisamente, o norte, situado no interior da zona temperada, é mais frio; o sul, próximo ao Equador, apresenta temperaturas em média mais elevadas.
    ALTITUDE - na extremidade setentrional do país, onde os conjuntos montanhosos por vezes atingem mais de 8.000 m de altitude, prevalecem temperaturas extremamente frias, para as quais também contribui a latitude. Portanto, o norte da Índia conhece rigorosos invernos e verões curtos com temperaturas relativamente baixas. As grandes altitudes desempenham um outro papel climático importante: criam barreiras aos ventos de monções nas quais entram em choque com massas de ar úmidas, provocando chuvas frontais, conhecidas como precipitações pluviométricas de relevo.
    MARITIMIDADE - o território indiano é em forma de cunha que penetra o Oceano Índico, formando a Península Industânica. Por conseguinte, a grande presença do mar ameniza os extremos da temperatura e eleva a umidade do ar. Esse fator propicia elevados índices pluviométricos na maior parte do território indiano.
    MONÇÕES - o elemento particular e específico do clima indiano consiste nos ventos de monções. No verão, que no hemisfério norte se prolonga de junho a setembro, as águas do Oceano Índico estão mais frias que o continente, já que os maiores rigores do inverno incidem sobre elas. Dessa maneira, a temperatura do ar é relativamente mais baixa do que a prevalecente nas áreas continentais, o que determina uma maior pressão do ar. Essa diferença de pressão desloca as massas de ar do sul para o norte. Sendo o continente vítima de altas temperaturas, o que provoca grande evaporação de água, o ar frio, proveniente do mar, ao se chocar com essa atmosfera úmida e quente, causa intensas chuvas. Em 1990, por exemplo, na região indiana de Mahabalesawar, o índice de precipitação pluviométrica foi de 6.290 mm, até hoje recorde mundial. Durante o inverno do hemisfério norte, os ventos mudam de direção. Nas áreas setentrionais do continente, as temperaturas são muito baixas, gerando uma zona de altas pressões. Simultaneamente, no Oceano Índico, formam-se áreas de baixa pressão e altas temperaturas. Isso faz com que os ventos soprem do interior do continente asiático para as águas marítimas, provocando a diminuição das temperaturas continentais e a queda das taxas de evaporação. Em consequência, as chuvas praticamente são inexistentes.
     

    As Castas
    Casta é um tipo de estratificação social baseado na posse de um conhecimento profissional que se torna um fator de privilégio. Assim, este modelo de fixação social apresenta as seguintes características: hereditariedade (a condição de cada indivíduo passa de pai para filho); endogamia (as pessoas só podem se casar com outras do mesmo grupo); predeterminação da profissão, hábitos alimentares e vestuário dos indivíduos de cada gruporituais iniciáticos (o pai transmite para o filho os conhecimentos profissionais e os hábitos do grupo por meio de ritos fechados e envoltos em mistério); sociedade estática destituída de mobilidade vertical.
    Quando das primeiras formações sociais arianas, havia somente quatro castas: os brâmanes (nobreza e clero); os xatrias (militares); os vaixias (comerciantes, artesãos e camponeses) e os sudras (escravos). Pouco a pouco, as castas básicas sofreram inúmeras subdivisões. Ao longo de todo esse processo, a sociedade indiana sempre conheceu a existência dos párias (os intocáveis), atualmente denominados de harijans ou haridchans, condenados à total marginalidade ou, no melhor dos casos, a trabalhos degradantes e mal remunerados. Infelizmente, até hoje, apesar de todos os esforços do governo indiano de eliminá-las, as castas subsistem, pois determinações jurídicas institucionais não eliminam tradições arraigadas.
    A expressão ideológica da estrutura de castas é o hinduísmo, a mais antiga religião do mundo. Suas características são: ausência de uma estrutura institucional (não há clero, hierarquia e igrejas); inexistência de um único livro sagrado; ritos e práticas religiosas diferenciadas conforme as diversas regiões; politeísmo (aproximadamente 240 mil deuses, sendo os principais Brahma - ser criador - Vishnu e Shiva); crença na imortalidade da alma, na reencarnação e, no último estágio reencarnatório, a fusão com Deus e com a Natureza (o Nirvana). O hinduísmo prega que cada indivíduo precisa cumprir seu karma (destino), ou seja, em cada uma de suas vidas faz-se necessário enfrentar e superar os obstáculos existenciais até a plena sabedoria. Elemento importante da religião hinduísta é a obediência e rígidas regras relacionadas com a alimentação, vestuário, ritos e peregrinações. Até os dias de hoje, o hinduísmo vem contribuindo para a manutenção de uma ordem social estática, pois seus adeptos são favoráveis, como fundamento da postura moral, à resignação diante da realidade.
    UMA CIVILIZAÇÃO MILENAR
    Por volta de 2200 a.C., povos arianos, que desceram do Planalto do Cáucaso, estabeleceram-se na Planície Indo-Gangética, onde fundaram a monumental cidade de Mohendjo-Dharo. Esse processo de dominação implicou a escravização dos nativos, os drávidas, cuja sujeição gerou o sistema de castas (que, em sânscrito, significa cor, pois os árias eram brancos e as populações locais amorenadas). 
    Em 327 a.C., tropas macedônias, sob o comando de Alexandre, o Grande, deram início a invasão da Índia, interrompida pela morte de seu  líder. Aproximadamente 50 anos depois, o subcontinente indiano é unificado pelo Reino de Asoka, que momentaneamente impõe o budismo, logo suplantado pelo hinduísmo tradicional. No século IV d.C., a cultura indiana atinge o apogeu sob a Dinastia Gupta, três séculos depois, as regiões ocidentais da Índia são invadidas pelos árabes, que trazem a religião islâmica. Um dos mais importantes fatores da difusão da nova fé é o fato de que os segmentos menos privilegiados da população viram no Islão -  que prega a igualdade de todos diante de Deus - uma forma de se livrar da rigidez e injustiças do sistema de castas.
    Sob a Dinastia Mogul (1526 a 1707), teve início a presença ocidental na Índia, motivada fundamentalmente pela busca de especiarias para o mercado europeu. Em 1510, os portugueses tomam Goa. Sucessivamente, holandeses, franceses e ingleses fundam companhias de comércio com a Índia. Em 1690, a cidade de Calcutá é fundada pelos ingleses, que, durante a guerra europeia dos sete anos (1756 - 63), expulsam os franceses da área, consolidando o domínio britânico. Pouco a pouco, os súditos do Reino Unido foram controlando a economia indiana, que foi praticamente desmantelada. O setor têxtil tradicional, que dificultava a entrada da produção britânica, foi a maior vítima do imperialismo inglês. No aspecto social, o campesinato, prejudicado pela criação de uma agricultura voltada para a exportação, sofreu empobrecimento generalizado. Em todo o território indiano, as rendas caíram e o desemprego tornou-se endêmico. Além disso, o governo indiano era obrigado a pagar as despesas das companhias britânicas que operavam em seu território. Seguindo à risca o lema de "dividir para reinar", os ingleses jogavam as diversas etnias e identidades religiosas umas contra as outras. Essas táticas de manipulação provocaram dezenas de levantes e explosões sociais, tanto regionais como algumas de âmbito nacional. A mais importante dessas insurreições  foi a famosa Guerra dos Cipayos.
    A GUERRA DOS CIPAYOS (1857 - 1858)
    O TERMO CIPAYOS SIGNIFICA - os soldados indianos a serviço da Grã-Bretanha.
    INÍCIO DO LEVANTE - reivindicação de melhores condições salariais e de trabalho juntamente com protestos dos militares nativos contra a adoção de medidas que violavam costumes locais, como, por exemplo, o uso de banha de porco (animal proibido pela religião hinduísta) e de vaca (animal sagrado) para lubrificar a munição dos fuzis.
    ALIANÇA CONTRA OS BRITÂNICOS - muçulmanos e hinduístas se uniram contra os ingleses, propondo a restauração do Império Mongol (Dinastia Mugal).
    CONSEQUÊNCIAS DO LEVANTE - tropas inglesas reprimiram a insurreição, o que permitiu à Coroa britânica assumir diretamente o controle do governo.
    A partir da Guerra dos Cipayos, a Índia, elevada à condição de Vice-Reino, tornou-se a "mais bela pérola da Coroa britânica": milhares de jovens ingleses, após concluírem seus cursos acadêmicos, passavam alguns anos na Índia, onde, a serviço do Exército e da Administração coloniais, viviam com muito conforto; por toda parte, proliferavam clubes reservados aos cidadãos britânicos, que neles praticavam o golfe entre intermitentes goles de chá ou gin. Os súditos de Sua Majestade Britânica - na época, a Rainha Vitória - haviam descoberto o seu "paraíso sobre a Terra": o território indiano.
    Contudo, os ingleses cometeram um erro: criaram um sofisticado sistema educacional com a finalidade de preparar quadros administrativos locais, mas que, paralelamente, formou uma elite intelectual de altíssima qualidade e, mais que tudo, familiarizada com a cultura e o pensamento europeus. Progressivamente, esses jovens intelectuais, admiradores do Ocidente mas desejosos de afastar a presença imperialista europeia, começaram a professar ideais nacionalistas. Jamais os ingleses poderiam imaginar que essa intelligentsia (termo de origem russa, hoje universalmente usada, que significa intelectualidade com projetos políticos), aparentemente colaboracionista, acabaria por fundar, em 1885, o Congresso Nacional Indiano, agremiação partidária que pregava a independência da Índia.

    A REPÚBLICA POPULAR DA CHINA


    A Ásia, com uma extensão de 44 milhões de quilômetros quadrados – aproximadamente 30% das terras imersas do globo - é o maior continente do planeta, apresentando climas, relevos e paisagens botânicas muito diversificadas. A China é o país mais populoso do mundo, contendo aproximadamente 1.35 bilhão de habitantes. O nordeste asiático, que abrange a Coreia do Norte, a Coreia do Sul, o Japão, a Mongólia e Taiwan, tem como principal país a República Popular da China.
    OS LIMITES GEOPOLÍTICOS 
    A China, cuja área é de 9.596.961 km², tem como limites:
    • NORTE - Mongólia
    • NORDESTE - Rússia
    • LESTE - Coreia do Norte, Mar Amarelo e Estreito de Formosa (Taiwan)
    • SUL - República Democrática do Vietnã, Laos, Butão e Mianmá (ex-Birmânia)
    • OESTE - Paquistão, Tadjiquistão e Quirguízia
    • SUDOESTE - Índia e Nepal
    • NOROESTE - Cazaquistão
    O RELEVO 
    O relevo chinês apresenta enormes contrastes altimétricos.
    OESTE - cordilheiras e planaltos que descem em direção a leste, destacando-se a Cordilheira do Himalaia, com altitudes superiores a 4.000 m
    NOROESTE - os planaltos da Ásia Central, com destaque para o Sin Kiang, de estrutura sedimentar, onde estão presentes bacias hidrográficas sem escoamento para o mar, fundamentalmente o rio Tarim
    NORDESTE - o planalto da Mongólia interior contorna o deserto de Gobi,onde se localiza a planície da Manchúria
    CENTRO-OESTE - o planalto do Tibete
    LESTE - extensas planícies aluviais cortadas por grandes rios, como o Rio Amarelo (Huang Ho), com solos extremamente férteis
    SUDESTE - a planície da China setentrional, marcada pela presença do Rio Azul (Tsé-Kiang) e dos baixos planaltos da Bacia Vermelha
    AO SUL DO RIO YANG TSÉ-KIANG (AZUL) - planaltos rebaixados e inúmeras pequenas bacias fluviais
    HIDROGRAFIA
    Os grandes rios chineses são:
    RIO AMARELO (HUANG HO) - nasce nas áreas montanhosas do Tibete e deságua nas proximidades de Nanquim
    RIO AZUL (YANG TSÉ-KIANG) - com 5.500km, também proveniente do Tibete, deságua entre Nanquim e Xangai
    CLIMA E VEGETAÇÃO
    Os fatores que determinam o clima chinês são:
    • Continentalidade
    • Ventos monçônicos
    • Variação latitudinal das altitudes
    Na região do Tibete, as montanhas de grande altitude barram grandes massas de ar frio, o que implica uma baixa pluviosidade e a presença de uma vegetação típica das estepes. Em Sinkiang, a continentalidade e a barreira formada por relevos elevados determina climas desértico e semidesértico. Quando do verão, o degelo das montanhas forma rios temporários (ueds) e oásis, habitados por tribos nômades. Em toda a área da Mongólia interior, o clima predominante é o desértico frio. Na realidade, 40% do território chinês são marcados pela aridez ou, no melhor dos casos, pela semiaridez.
    No nordeste, as planícies existentes são vitimadas por ventos glaciais oriundos da Sibéria, apresentando clima temperado do tipo continental, caracterizado por grandes amplitudes térmicas ao longo do ano, enormes diferenças de temperatura entre o verão e o inverno e chuvas irregulares. O cenário botânico é composto, fundamentalmente, por florestas de coníferas e estepes geladas.
    Em todo o país, o clima sofre uma grande influência das massas de ar. Durante o inverno, os ventos polares, provenientes da Sibéria, e a massa continental fria e seca determinam as condições climáticas. Já no verão, diminui a massa polar e a massa continental se desloca para a extremidade norte, fazendo com que o território chinês seja alvo de uma quente e úmida massa oceânica, que se apresenta sob a forma de ventos monçônicos. Em resumo, o sudeste e o sul conhecem altas temperaturas ao longo do ano inteiro, inexistindo períodos efetivamente secos, pois as chuvas aumentam na época das monções, chegando a atingir mais de 2.500mm anuais. Aí, o panorama botânico mostra uma bela paisagem de florestas tropicais. O cultivo do arroz é possibilitado pelas cheias de verão que inundam deltas fluviais, onde se concentra a grande maioria da população chinesa.
    Climas variados determinam paisagens vegetais diversificadas, como se pode observar no mapa abaixo.
    UMA CIVILIZAÇÃO MILENAR
    A China (termo que significa o “Império do Meio” ou o “Centro do Mundo”), uma das mais antigas civilizações do planeta, conheceu, ao longo de sua história, um duplo e antagônico processo: por vezes, o país inteiro se agrupava ao redor de um governo central; em outros momentos, conflitos internos provocavam uma quase total desintegração. Alguns sinólogos (denominação dada aos peritos em assuntos chineses) dão a esse processo o nome de “a teoria do nó”, pois, em certos períodos, a nação chinesa estava atada por uma administração centralizadora, períodos esses seguidos por um caótico desatar e a emergência de poderes regionais nas mãos dos “warlords”, “senhores da guerra”, que possuíam exércitos particulares, exercendo o mando político em moldes feudais.
    O Estado chinês se consolidou há aproximadamente 2.200 anos, sob o Imperador Qin Shihuan, que, na ocasião, implantou o sistema único de escrita baseado em ideogramas, até hoje prevalecente no país. O significado dessa inovação foi a unificação da grafia numa nação na qual eram falados centenas de idiomas. Agora, embora mantendo suas próprias línguas, os chineses podiam ler os mesmos textos. No quadro abaixo, resumiremos as primeiras fases da história chinesa:
    OS PRINCIPAIS MOMENTOS DA VELHA CHINA
    DINASTIA TANG (618 – 907) - restabelecimento da unidade chinesa após um longo período de fragmentação política; a unidade refeita permitiu a criação de uma civilização sofisticada e refinada
    DINASTIA SONG (960 – 1279) - grande desenvolvimento artístico e tecnológico, superior a qualquer outra sociedade da época
    UM FEITO TÉCNICO - a partir do século 3 a.C., os chineses, visando impedir invasões militares provenientes do norte, levaram a efeito a construção da Grande Muralha, com 5.000 km de extensão. Em 1276, os mongóis, encabeçados por Gêngis Khan, superaram essa barreira defensiva e tomaram a China que foi por eles governada até 1368
    UMA REVOLUÇÃO CULTURAL - marcou profundamente a cultura chinesa a figura de Confúcio (Kung Fu-Tze), filósofo cujos princípios básicos eram: a responsabilidade social de todos os indivíduos; o papel fundamental da família na comunidade; a honestidade no trato dos assuntos de Estado; o respeito aos mais velhos e a importância da lealdade. Na mesma época, o pensador Lao-Tse escreveu a obra fundamental do “taoismo”, cujo titulo é “Tao Te Ching” (“O Caminho da Virtude”), que valoriza a naturalidade, a simplicidade e a espontaneidade
    SÉCULO XIII - contatos com o Ocidente, iniciados com a chegada à China do mercador veneziano Marco Polo
    SÉCULO XVI - navegadores portugueses fundam, em território chinês, o enclave de Macau
    DINASTIA QUING (1644 – 1911) - provenientes da Manchúria, os Imperadores Quings submeteram os diversos povos locais e moldaram, em termos básicos, o território da China moderna. Além disso, no século XVIII, a dinastia Manchu, além de propiciar um grande desenvolvimento econômico e cultural, expandiu o império, transformando a Coreia, a Indochina, o Sião (hoje, Tailândia), o Nepal e a Birmânia (atualmente, Mianmá) em estados vassalos
    CONFLITOS - a expansão chinesa, além de exigir enormes recursos financeiros, entrou em choque com interesses geopolíticos de outras potências: na região sudeste, o governo de Beijing esbarrava com a França que então controlava a Cochinchina (depois, Indochina Francesa); ao sul, a presença chinesa incomodava a Inglaterra, que, na ocasião, dominava a Índia; e, ao norte, eram frequentes os conflitos com o Império Russo
    PROBLEMAS ECONÔMICOS - a vida comercial chinesa era vítima de um excessivo controle estatal, que dificultava o crescimento econômico. As principais rotas mercantis eram: ao sul, Cantão, “porta de entrada” dos produtos da Europa Ocidental; na região setentrional, o comércio com a Rússia passava por Kiakhta. Os principais produtos chineses então exportados eram: seda, porcelanas, soja, chá, laca e ópio.
    PROBLEMAS ADMINISTRATIVOS - ineficiência burocrática e corrupção na Corte, no Exército e nos quadros administrativos. Progressivamente, proliferaram rebeliões regionais, em sua maioria provocadas por grupos étnicos minoritários
    Já no início do século XIX, o Estado imperial chinês, em função de seus problemas internos, experimentava enormes déficits na balança comercial. Além de um grave surto inflacionário, que provocou a queda do preço da prata – então usada como moeda, a China tornou-se praticamente dependente de um só produto de exportação: o ópio. Era cada vez mais evidente, para os analistas da realidade chinesa, que a Dinastia Quing estava em franca decadência, expressa pela crescente perda de territórios. Nesse contexto, a China foi obrigada a enfrentar um poderoso inimigo: a Grã-Bretanha.
    A PRIMEIRA GUERRA DO ÓPIO (1839 –1842)
    CAUSAS DO CONFLITO - em 1820, os ingleses haviam obtido a exclusividade das operações comerciais no porto de Cantão. Importador de seda, chá e porcelana, então em moda no continente europeu, a Inglaterra conhecia um grande déficit comercial em relação à China. Para compensar suas perdas, a Grã-Bretanha vendia ópio indiano para o Império do Meio (China). O governo de Beijing resolveu proibir a transação da droga. Isso levou Londres a declarar guerra à China
    1839 – 1942 - a marinha e o exército britânicos, dotados de armamento moderno, venceram com facilidade as tropas chinesas
    CONSEQUÊNCIAS DA VITÓRIA - a China foi obrigada a entregar 5 portos livres para o comércio britânico, além de conceder o território da ilha de Hong Kong
    Em 1853, o trono chinês foi abalado pela rebelião de Taiping, quando rebeldes controlaram, durante 11 anos, grande parte do território meridional do país, sendo esmagados com o apoio de tropas ocidentais. Apesar de todos os percalços, a China continuava a comprar grandes quantidades de ópio, que se tornaram um vício nacional, remetendo prata para o ocidente, o que empobrecia ainda mais a nação. Em 1856, eclodia a Segunda Guerra do Ópio.
    A SEGUNDA GUERRA DO ÓPIO (1856 – 1860)
    CAUSA BÁSICA - interesse ocidental em submeter definitivamente a China ao domínio imperialista
    O CONFLITO - tropas anglo-francesas tomam Beijing (Pequim)
    CONSEQUÊNCIAS - o governo chinês foi obrigado a assinar um acordo pelo qual mais sete portos eram abertos ao comércio internacional. Além disso, era concedida permissão para implantação de missões religiosas cristãs no território chinês
    A decadência da dinastia Manchu teve continuidade com perdas territoriais para o Império Russo, então em momentâneo expansionismo:
    PERDAS CHINESAS PARA OS RUSSOS
    1858 - os russos controlam as margens setentrionais do rio Amour
    1864 a 1871 - perda de toda extensão noroeste do Sin-Kiang
    1897 - perda da Manchúria
    1912 - a região setentrional de Tannoutouva torna-se protetorado russo
    1912 - a Mongólia se separa da China, tornando-se socialista em 1921, sob tutela soviética
     
    No final do século XIX, o Japão elabora um plano de expansão imperial, buscando controlar parte do Pacífico e o sudeste asiático, regiões que compreenderiam, na terminologia nipônica, a “Esfera da Co-prosperidade Asiática”. Em 1894, após humilhante derrota militar, a China perde a Coreia e o Japão ocupa a Ilha de Taiwan (Formosa). Antes disso, ainda em 1885, a China cede a Indochina à França. Em 1896, a Birmânia passa ao controle britânico.
    Esse agudo processo de decadência provoca uma frustrada tentativa de reação: em 1900, um grupo nacionalista chinês, os Boxers, tenta expulsar as nações imperialistas, cercando, por 55 dias, o bairro ocidental de Beijing. Mas os Boxers acabam sendo trucidados por tropas ocidentais e japonesas.
    Os malogros externos, os conflitos internos, os constantes surtos de fome e a corrupção e ineficiência administrativas levaram a Dinastia Quing à decadência final. Em 1911, o Partido Nacionalista (Kuo-Min-TangPartido do Povo) derruba o Trono e, liderado pelo doutor Sun Yat-sen, proclama a República.
    Kuo-Min-Tang era uma agremiação partidária formada por jovens intelectuais anti-imperialistas, mas de formação cultural ocidental: seus objetivos eram expulsar o ocidente da China, mas, simultaneamente, modernizá-la segundo padrões europeus. Essas propostas democráticas desagradavam às velhas lideranças militares chinesas, os “senhores da guerra” (“warlords”), e, em consequência, a China foi vitimada por uma guerra civil, na qual as diversas áreas do país foram disputadas por chefes militares regionais, sempre apoiados por potências estrangeiras, interessadas em abafar os ímpetos nacionalistas dos partidários de Sun Yat-sen.
    Em 1921, em Xangai, era fundado o Partido Comunista da China, que, num primeiro momento, aliou-se ao Kuo-Min-Tang, ajudando-os a enfrentar os chefes militares locais. Em 1927, o Partido Nacionalista, vitorioso na guerra civil, massacrou mais de 40 mil lideranças comunistas. Como represália, o líder vermelho Mao Zedong (Mao Tse-tung), que propunha uma revolução campesina para socializar a China, deu início a uma Revolução nascida no campo. O líder do Kuo-Min-Tang, o generalíssimo Chiang Kai-shek, deu violento combate aos comunistas, forçando-os a uma longa e dolorosa retirada para as áreas montanhosas do norte, episódio conhecido como “A Longa Marcha” (1934).
    Em 1937, o Japão atacou a China, obrigando o governo a firmar um acordo com os comunistas, formando uma “frente ampla” contra os nipônicos. Esse acordo nem sempre foi cumprido, sendo intermitentemente violado: um absoluto caos tomou conta da China. Por vezes, comunistas e nacionalistas combatiam o Japão; de quando em vez, lutavam entre si.

    O JAPÃO

    Nome Oficial: Japão
    Monarquia constitucional
    Área: 377.873 km²
    População: 127.253.000
    Moeda: Iene
    Língua oficial: Japonês
    O Japão constitui a terceira maior economia do mundo. Após a derrota na Segunda Guerra Mundial, a recuperação econômica do Japão foi extraordinária. Esse país é uma potência industrial, conta com algumas das maiores empresas do mundo e é uma fonte de inovação e tecnologia.
    O Japão é uma mescla de modernidade, inovação e tradição. A sociedade é bastante hierárquica. Desde cedo, crianças são ensinadas a respeitar países e empregadores e a trabalhar duro. A família e a empresa vêm em primeiro lugar.
    A educação é muito valorizada no Japão. O Japão está sempre no topo dos rankings internacionais que medem a qualidade de educação dos países.
    O Japão é o único país do mundo que ainda tem um imperador. O atual imperador se chama Akihito. Ele assumiu tal posição em 1989 e é o 125.º imperador do Japão. A figura do imperador é simbólica, representando a tradição japonesa.
    Entre os países desenvolvidos, o Japão apresenta um dos mais baixos níveis de concentração de renda. Em 2016, a renda per capita era de $38,900.
    Um dos grandes desafios para economia do Japão é o fato de que a população como um todo está envelhecendo. A população japonesa é de aproximadamente 127 milhões. Em 2016, 27% dos japoneses tinham mais de 65 anos. O país conta com uma das maiores expectativas de vida do mundo – 85 anos, sendo superado apenas por Mônaco. Estima-se que 65 mil japoneses tenham mais de 100 anos.
    É notável que a população japonesa vem encolhendo nos últimos anos: no país há uma taxa negativa de crescimento.
    Geografia Física
    Japão é um arquipélago. As quatro maiores ilhas são Hokkaido, Honshu, Shikoko e Kyushu, mas o país é composto por milhares de outras pequenas ilhas/ilhotas.
    Aproximadamente 85% do território japonês é coberto por montanhas, e o país tem um histórico de vulcões ativos. Seu clima é geralmente ameno e úmido; nas ilhas ao norte, os invernos são moderadamente frios e os verões frescos. Por causa da existência de tantas montanhas, apenas pequenas partes das terras japonesas são cultiváveis. As principais áreas de cultivo se localizam em pequenos vales de rios; a abundância de chuvas ajuda no cultivo de arroz, que é a principal safra japonesa.
    A geografia japonesa exerceu uma importante influência na história do país: as montanhas dificultaram a unificação política da nação; o mar servia como fonte de alimento e transporte e também como uma proteção contra invasões de forças estrangeiras.
    Geologia
    • Origem terciária recente. Surgiu de dobramentos da crosta terrestre, originando montanhas pontiagudas como os Alpes. Possui vários vulcões em atividade e é vítima de abalos sísmicos, tendo forma uma estrutura geológica não consolidada.
    • O arquipélago japonês faz parte do Círculo do fogo
    • 26% de seu território são formados por rochas vulcânicas. Possui mais 180 vulcões, sendo 59 deles ativos.
    • Em virtude da instabilidade vulcânica o Japão já sofreu inúmeros terremotos. Em 1923 ocorreu o mais violento, que acabou matando 110 mil pessoas.
    • Os tsunamis (maremotos) também assolam o país.
    • Em março de 2011, um tsunami no Japão causou um incêndio na Usina Nuclear de Fukushima. A radiação proveniente da explosão da usina causou mais de 1600 mortes indiretas. Tal acidente voltou a levantar sérias dúvidas a respeito do uso da energia nuclear.
    ASPECTOS HISTÓRICOS
    Um Novo Japão
    O Japão passou por grandes mudanças após a derrota sofrida na Segunda Guerra Mundial. A nova Constituição de 1947 mostrou a influência dos Estados Unidos pois passou a incluir a garantia da educação e liberdade de expressão e religião. Aos trabalhadores foi dado o direito de negociar com as empresas que os empregavam. As mulheres conquistaram direitos políticos, econômicos e sociais. Mas as antigas tradições tentaram frear a adoção dessas novas medidas e direitos.
    Durante séculos, boa parte do território japonês se encontrava nas mãos de grandes proprietários de terra, sendo que pequenos fazendeiros costumavam alugar a terra onde trabalhavam. Isso mudou após a Segunda Guerra Mundial, pois o governo japonês impôs limites na quantidade de terra que cada proprietário poderia possuir. O governo também comprou terras para vendê-las aos camponeses por preços relativamente baixos.
    Outras reformas foram implantadas no país para diminuir a desigualdade social e econômica. As zaibatsu, grandes firmas industriais japonesas mantidas por um grupo de famílias poderosas foram forçadas a vender ações na bolsa de valores. Os empregados das fábricas foram incentivados a formar sindicatos.
    O Japão também implementou mudanças em seu sistema educacional. Universidades foram construídas e métodos modernos de ensino foram adotados. Antes da Segunda Guerra Mundial, as escolas japonesas enfatizavam valores como lealdade e obediência ao imperador e à nação. Após a guerra, porém, as escolas passaram a ensinar valores democráticos.
    O Milagre Econômico Japonês
    A recuperação econômica do Japão após a Segunda Guerra Mundial foi surpreendente e extraordinária. O país que fora praticamente destruído e sofrera dois ataques nucleares, se tornou uma das maiores potências econômicas do mundo, na segunda metade do século XX.
    Entre 1946 e 1967, o PIB do Japão cresceu a uma taxa anual de aproximadamente 10%. Esta taxa superou a média da Alemanha Ocidental, que foi a economia de mais rápido crescimento na Europa durante o período pós-guerra. O Japão tornou-se o líder mundial na construção de navios, carros, câmeras, equipamentos eletrônicos e aço passaram a ser exportados pelo país em quantidade recorde. No final da década de 1960, o pequeno Japão, havia se tornado o terceiro maior poder econômico do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da União Soviética.
    Como se explica o milagre econômico japonês? Primeiramente, mesmo antes da Segunda Guerra Mundial, o Japão possuía tecnologia avançada, indústria bem desenvolvida e uma forte comunidade empresarial. Isto permitiu que a nação se reconstituísse após o término do conflito. Em segundo lugar, o governo japonês concedeu empréstimos para que importantes indústrias se expandissem. Em terceiro lugar, o Japão protegeu suas indústrias em crescimento ao manter altas tarifas de importação. Um outro motivo que explica esse notável crescimento foi que ao contrário dos trabalhadores de outros países, os japoneses enfatizavam o esforço coletivo: o sucesso da companhia era considerado mais importante que o sucesso individual. Os trabalhadores japoneses – fossem eles executivos ou operários – eram extremamente leais às empresas onde trabalhavam. Outros fatores que possibilitaram o crescimento econômico japonês foram: grande ênfase dada à educação; créditos concedidos pelos Estados Unidos para a reconstrução e desenvolvimento da indústria japonesa; ressurgimento dos grandes monopólios empresariais (os zaibatsu); a inexistência de gastos militares (exigência das forças aliadas após o término da guerra); grande oferta e abundância de mão de obra; a disciplina do povo japonês; produção em alta escala, objetivando o mercado externo; investimento em pesquisas científicas e tecnológicas; grande mercado interno e alto poder aquisitivo.
    Mas apesar de tamanha prosperidade, o Japão continuava a enfrentar problemas devido à sua limitação física. Há no país uma escassez de terra e de recursos naturais. Mesmo adotando novas tecnologias agrícolas, o Japão não conseguia cultivar alimentos suficientes para toda população. O país era obrigado a importar quase toda a soja, o trigo e o açúcar consumidos, além de importar matéria-prima, como petróleo, minério de ferro e madeira.
    Todo esse crescimento econômico também resultou em males sociais. O governo focava apenas no crescimento econômico da nação e ignorava a qualidade de vida do povo. Mais e mais japoneses migraram para cidades já super povoadas. Como outras nações industrializadas, o Japão passou a sofrer os males da poluição ambiental. A grande concentração de indústrias causou sérios problemas. O governo, por sua vez, estabeleceu leis bastante rígidas, o que provocou alterações na política industrial japonesa. Estas leis incluíam a instalação e o desenvolvimento de indústrias eletroeletrônicas e a transferências de indústrias japonesas para outros países latino-americanos, como o Brasil.
    O Japão também passou a buscar mão de obra mais barata e esse foi um dos motivos do estabelecimento de indústrias japonesas em países como os chamados Tigres Asiáticos.
    Política Externa Japonesa
    Na década de 1980, o saldo comercial do Japão era positivo. Isto significa que o país exportava mais que importava. Mas, frente ao grande crescimento econômico japonês, outros países passaram a exigir que o Japão passasse a exportar menos e a importar mais. Essa pressão vinha principalmente dos Estados Unidos, pois as indústrias automobilísticas e eletrônicas dos Estados Unidos perdiam mercado para os importados japoneses. Muitos norte-americanos passaram a comprar carros e produtos japoneses, em geral mais baratos e melhores que os americanos. Cedendo a pressões, no final da década de 1980, o primeiro-ministro japonês Noburu Takeshita prometeu abrir o mercado japonês para produtos estrangeiros.
    Desde o final da Segunda Guerra Mundial, o Japão e os Estados Unidos mantinham boas relações. Afinal, foram os Estados Unidos que investiram no Japão e ajudaram o país a se recuperar. Porém, no início da década de 1970, os Estados Unidos passaram a se aproximar da China comunista. O Japão havia servido como um aliado americano para limitar o expansionismo socialista na Ásia. Quando os Estados Unidos restabeleceram relações diplomáticas com a China, o Japão passou a temer que o comprometimento norte-americano para com seu país fosse enfraquecer.
    Para evitar que o Japão voltasse a se tornar uma poderosa e, possivelmente perigosa, força bélica, a própria Constituição japonesa decretou que o país poderia manter apenas uma pequena força militar para defender o país. O Japão depende dos Estados Unidos para garantir sua segurança. Quando os Estados Unidos se aproximaram da China comunista – tradicional rival do Japão – muitos japoneses passaram a temer pela defesa de sua nação. Reagindo a essa nova realidade geopolítica, o Japão, durante a década de 1980, passou a fazer investimentos militares. O governo dos Estados Unidos aprovou a decisão japonesa de ampliar as forças armadas do país.

    TIGRES ASIÁTICOS

    O Japão, recuperando-se da terrível derrota sofrida na Segunda Guerra Mundial, desenvolveu seu próprio modelo de capitalismo: a produção de bens a preços baixos e destinados à exportação. Também implementou uma bem planejada e bem sucedida reforma agrária gerando um aumento rápido na renda dos fazendeiros, resultando na criação de um mercado local para novas fábricas. O crescimento imenso e ininterrupto da economia japonesa após a Segunda Grande Guerra resultou na criação de um dinâmico mercado em toda a área do Pacífico. Além de estimular o crescimento de países vizinhos, o Japão serviu de modelo, como é o caso da Coreia do Sul, um dos países mais pobres na década de 1960, que se transformou numa nação semi-industrializada, tendo crescimento econômico surpreendente.
    Japão e Coreia do Sul não foram as únicas histórias de sucesso econômico na Ásia durante as décadas 1970 e 1980. Taiwan, Hong Kong e Cingapura também participaram ativamente do comércio mundial. Juntamente com a Coreia do Sul, essas nações compartilharam o título de "quatro pequenos tigres asiáticos" (sendo o Japão o Grande Tigre Asiático) devido a sua agressiva busca por mercados estrangeiros e em virtude de seu grande crescimento econômico e industrial. Esses países tinham poucos recursos naturais, mas isso era compensado com trabalho duro e baixos salários. Taiwan, Hong Kong e Cingapura também deviam sua prosperidade às políticas governamentais que incentivavam a iniciativa privada. Grandes exportações vindas dos "pequenos tigres asiáticos" incluíam tecidos, roupas, sapatos, brinquedos, pequenos utensílios e equipamentos eletrônicos.
    No final da década de 1990, as exportações chegavam a mais de 200% do PNB (produto nacional bruto) em Cingapura e a mais de 100% em Hong Kong. O índice de crescimento era alto nos Tigres Asiáticos, apesar da crise econômica asiática. Não é de se surpreender que a população desses países tinha um alto nível de alfabetização. O investimento em educação, tecnologia e transportes e a adoção de economias de mercado permitiram que as economias dos Tigres Asiáticos se desenvolvessem de forma marcante: Hong Kong elevou sua renda per capita em cinco vezes mais que a da China continental.
    Com o passar do tempo, o termo Tigre tornou-se sinônimo de uma nação que alcançou o crescimento ao implementar um modelo econômico baseado na exportação. Recentemente, nações do Sudeste asiático, como Indonésia, Malásia, Filipinas e Tailândia também passaram a ser consideradas Tigres.
    FATORES DO DESENVOLVIMENTO
    Os Tigres Asiáticos se desenvolveram de forma tão rápida e marcante porque consideravam a educação como um meio necessário para aumentar a produtividade. Esses países melhoraram o sistema educacional em todos os níveis - Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Universitário.
    Além da reforma educacional, os Tigres, países relativamente pobres durante a década de 1960, tinham mão de obra abundante e barata. Foi criado nesses países uma força de trabalho bem preparada, produtiva e de baixo custo. Além disso, implantou-se uma reforma agrária justa com políticas de subsídio à agricultura.
    Outros fatores que explicam o desenvolvimento industrial dos Tigres Asiáticos foram:
    • Incentivos fiscais.
    • Leis ambientais menos rígidas.
    • Determinação governamental de promover a industrialização.
    • Ajuda maciça dos EUA, principalmente para Taiwan e Coreia do Sul.
    • Providências no sentido de maior distribuição de renda, aumentando desta maneira o mercado consumidor. Intensa militarização no trabalho, o que impõe uma rígida disciplina com vistas ao aumento de produtividade.
    A POLÍTICA DOS TIGRES ASIÁTICOS
    TAIWAN (REPÚBLICA DA CHINA)
    Chamada também de Formosa ou Taipé Chinês, Taiwan é reivindicado pela República Popular da China, que a considera uma província rebelde. Com a Revolução Socialista na China, o governo nacionalista de Chiang Kai-Shek transferiu-se para a ilha de Formosa e fundou a República da China, mais conhecida como Taiwan. Foi governada por ditadores do partido Kuomintang de 1949 a 1991. Até 1987, Taiwan permaneceu sob Lei Marcial. Em 1991, o presidente Chiang Ching-kuo passou a democratizar o sistema político da província. Após seu falecimento, foi sucedido pelo vice-presidente, Lee Teng-hui, que promoveu grandes avanços na democracia. Em 2000 e em 2004 foi eleito Chen Shui-bian do Partido Democrático Progressista.
    CINGAPURA
    A Constituição da República da Cingapura estabelece que o sistema político do país é uma democracia representativa. O país é reconhecido pelas Nações Unidas como sendo uma república parlamentarista.
    Cingapura foi uma colônia britânica a partir de 1959, quando obteve autonomia. Desde então, foi governada por um único partido - o Partido da Ação do Povo (PAP). Lee Kuan Yu foi primeiro-ministro de 1959 a 1990. Seu governo reduziu o desemprego e aumentou a qualidade de vida no país. A infra estrutura econômica foi também bastante desenvolvida. Cingagura é hoje é um dos países mais prósperos e seguros do mundo.
    Em 1990, Goh Chok Tong tornou-se primeiro-ministro. Durante seu governo, o governo enfrentou a crise financeira que atingiu a Ásia, em 2003. Em 2004, Lee Hsien Loong, o filho primogênito de Lee Kuan Yu tornou-se o terceiro primeiro-ministro do país.
    COREIA DO SUL
    A Coreia do Sul é uma república semipresidencialista. O presidente é eleito por voto direto popular para um único mandato de cinco anos. É o presidente que nomeia o primeiro-ministro. Este deve ser aprovado pelo parlamento. Uma vez aprovado, o primeiro-ministro nomeia e preside o Conselho de Estado, ou seja, o governo.
    O parlamento coreano, unicameral, é chamado Gukhoe (Assembleia Nacional). O mandato de seus membros é de quatro anos. O Supremo Tribunal do país é nomeado pelo presidente com a aprovação do parlamento.
    Em 12 de março de 2004, o parlamento sul-coreano destituiu o presidente Roh Moo-hyun. O presidente, um advogado de direitos humanos, foi acusado de fraude eleitoral e incompetência. O primeiro-ministro Goh Kun assumiu o poder até que o Tribunal Constituição tomasse uma decisão final sobre a destituição do presidente.
    HONG KONG
    Possuindo uma das economias mais liberais do mundo, Hong Kong é um grande centro internacional de finanças e comércio. Antiga colônia britânica, Hong Kong é hoje administrada pela República Popular da China, mas desfruta do estatuto de Região Administrativa Especial, de acordo com a fórmula "um país, dois sistemas". Apesar de hoje fazer parte da China socialista, Hong Kong possui um alto nível de autonomia, com seu próprio sistema legal, moeda, alfândega e direitos de negociação de tratados. Apenas a defesa nacional e relações diplomáticas são de responsabilidade do governo chinês. Hong Kong nem mesmo paga impostos ao governo chinês, e o modo de vida da população, incluindo a liberdade de imprensa, foi muito pouco alterado.
    Foi em 1982 que a China e o Reino Unido iniciaram conversações sobre a devolução de Hong Kong à primeira. Um acordo assinado em 1984, na capital chinesa, determinou que a China adquiriria o território a partir de 1 de julho de 1997. Isto de fato ocorreu: após 156 anos de administração colonial britânica, Hong Kong voltou a pertencer à China.
    Hong Kong é um dos territórios mais ricos da Ásia. Faz parte do tratado internacional chamado APEC (Asia-Pacific Economic Cooperation), bloco econômico que objetiva transformar o Pacífico numa área de livre comércio e que engloba economias asiáticas, americanas e da Oceania. Junto com Cingapura, Coreia do Sul e Taiwan, a rápida industrialização de Hong Kong fez com que a região ganhasse seu lugar como um dos quatro originais Tigres asiáticos.
    Apesar de Hong Kong ter passado para o controle chinês, o nome em inglês da região permanece o mesmo.
    Leitura Complementar: As Duas Coreias
    O Japão havia anexado o país da Coreia em 1911. Quando a Segunda Guerra Mundial terminou, a Coreia foi dividida no Paralelo 38º de latitude em zonas de ocupação soviética e norte-americana. Com o apoio soviético, os comunistas fixaram um governo na Coreia do Norte, enquanto os Estados Unidos apoiavam a formação de um governo não comunista na Coreia do Sul. Ambos governos da Coreia do Sul e da Coreia do Norte reivindicavam o direito de governar sobre toda a península.
    Em junho de 1950, a Coreia do Norte realizou um ataque surpresa contra a Coreia do Sul, esperando unir toda a Coreia sob o domínio comunista. Os Estados Unidos enviaram tropas para apoiar o Sul, e a Guerra Coreana foi iniciada. Em novembro, soldados das Nações Unidas combateram as forças comunistas e adentraram território norte-coreano.
    Quando os coreanos comunistas, que recuavam frente ao ataque das Nações Unidas, alcançaram o território da China, aproximadamente 200 mil soldados chineses adentraram a Coreia do Norte, tomando as forças das Nações Unidas de surpresa. Com a ajuda chinesa, os norte-coreanos expulsaram as tropas da ONU de volta ao Paralelo 38º. A luta continuou até que um armistício foi declarado em 1953.
    Após a guerra, as duas Coreias estabeleceram governos e políticas bastante diferentes. A Coreia do Norte tornou-se um estado totalitarista sob o modelo stalinista. As indústrias foram nacionalizadas e as fazendas foram coletivizadas. O governo da Coreia do Norte - autocrático e ditatorial - esmagou qualquer oposição.
    A Coreia do Sul, por outro lado, era oficialmente uma democracia, apesar de direitos básicos de seus cidadãos serem frequentemente negados. Os líderes do país silenciaram seus adversários políticos, argumentando que a união nacional era fundamental para evitar um novo ataque da Coreia do Norte. Contudo, em 1987, um protesto em massa obrigou o governo a revisar a Constituição e realizar novas eleições.
    O governo sul-coreano apoiou fortemente a indústria no país que teve um sucesso marcante. À medida que as exportações para o país cresciam, o produto interno bruto da Coreia do Sul tornou-se quatro vezes maior do que aquele da Coreia do Norte.
    Leitura Complementar: TAIWAN
    Em 1894, após humilhante derrota militar, a China perde a Coreia e o Japão ocupa a Ilha de Taiwan (Formosa).
    Ao fim da guerra contra o Japão, um conflito armado irrompeu entre as tropas de Mao e os nacionalistas chineses. Em 1949, a Revolução Chinesa foi encerrada com os comunistas emergindo vitoriosos e tomando controle da China. Chiang Kaishek e seus seguidores fugiram para a ilha de Taiwan, onde estabeleceram o que afirmavam ser o legítimo governo da China. Em 1 de outubro de 1949, Mao Zedong proclamou o nascimento da República Popular da China.
    No dia 1º de outubro de 1959, Mao Zedong entrava em Beijing, fundando a República Popular da China. Para fugir à total derrota, o governo nacionalista instalou-se em Taiwan (Formosa), recriando a República da China, com capital em Taipé.
    Outra fonte de conflito entre China e o Ocidente era Taiwan. Os Estados Unidos e as Nações Unidas reconheceram o governo de Chiang Kaishek em Taiwan como sendo o único legitimo governo da China. No início da década de 1950, os Estados Unidos assinaram um tratado de mútua defesa com Chiang Kaishek e deram a Taiwan apoio militar e econômico.
    Em 1971, o Presidente norte-americano, Richard M. Nixon aceitou um convite para visitar a China no ano seguinte. Com essa mudança na política norte-americana em relação aos chineses, a Assembleia Geral das Nações Unidas votou em novembro de 1971 para que a República Popular da China, e não mais Taiwan, fosse o representante oficial da nação chinesa. Em 1979, a China comunista e os Estados Unidos formalmente estabeleceram relações diplomáticas.

    ORIENTE MÉDIO

    ESTRUTURA POLÍTICA, HISTÓRICA E ECONÔMICA DA REGIÃO
    Desde a Antiguidade, a localização geográfica do Oriente Médio, como ponto de confluência de três continentes (Europa, Ásia e África), reveste a região de fundamental importância geopolítica e estratégica.
    A rede hidrográfica é pobre. Parcela da água consumida no Oriente Médio é obtida da destilação de águas marítimas; os lençóis subterrâneos também são utilizados.
    Localizado em Israel, o Mar Morto, principal acidente geográfico regional, se encontra a 394m abaixo do nível do Mar. O Mar Morto é a maior depressão absoluta do planeta e é a região aquática que possui o maior índice de salinidade, tornando impossível qualquer forma de vida submarina.
    ASPECTOS POPULACIONAIS
    A população do Oriente Médio caracteriza-se pela heterogeneidade étnica, fruto da ocupação da região por diferentes povos desde a Antiguidade. A mistura de influências resultou numa ampla diversidade étnica, cultural e religiosa. Isto dificulta a coesão nacional em países como o Líbano, Irã e Turquia.
    A região é composta por 16 países, sendo os mais populosos o Irã e a Turquia que, juntos, abrigam mais da metade da população regional total.
    Naturalmente, grande parte da população do Oriente Médio apresenta características típicas dos países subdesenvolvidos. Alguns indicadores estão entre os mais destacados do globo, como, por exemplo, o crescimento vegetativo: em 2013 a Líbia apresentou a maior taxa mundial (4,85%), o Catar quarta maior taxa mundial (4,19%) e a faixa de Gaza a nona (3,01%). Quanto à mortalidade infantil, o pior caso é o do Afeganistão, que ocupa a  maior taxa mundial.
    Os países do Oriente Médio que exportam petróleo possuem, muitas vezes, rendas per capita superiores às dos países desenvolvidos; entretanto, a condição de vida da maioria de suas populações é de extrema pobreza, o que indica a precariedade desse índice.
    PETRÓLEO
    Calcada no petróleo, essa industrialização é dependente de tecnologia externa, ainda controlada por grandes empresas transnacionais.
    O petróleo, no entanto é propulsor da indústria. Explorado desde 1909, no Irã, teve sua extração intensificada, em ritmo industrial, somente após a Primeira Guerra Mundial, quando a tutela britânica e francesa na região abriu as ricas reservas às grandes companhias internacionais, através de concessões a longo prazo. A partir da Segunda Guerra Mundial, frente ao crescente nacionalismo árabe, os países foram tomando consciência da importância da riqueza que possuíam e que era explorada a baixo preço por companhias internacionais.
    Em 1960, alguns países produtores de petróleo criaram um cartel, com a finalidade de fazer frente a essas poderosas companhias estrangeiras. Através do Convênio de Bagdá, foi fundada a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), formada inicialmente pela Venezuela, Arábia Saudita, Irã, Iraque e Kuwait.
    Em 1968, após a Guerra dos Seis Dias, foi criada a Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo (OPAEP), formada exclusivamente por nações árabes: Arábia Saudita, Kuwait e Líbia; posteriormente, Argélia e Iraque entraram para a organização, que ficou conhecida por sua influência na Guerra do Yom Kipur e na posterior crise do petróleo.
    A partir de 1972, os países da OPEP e da OPAEP começam a exigir das empresas estrangeiras maior participação nos lucros, tornando tensa a situação na área. Em outubro de 1973, após a Guerra do Yom Kipur, a OPEP decide adotar o embargo do fornecimento de petróleo como forma de pressionar os grandes consumidores norte-americanos e europeus que apoiavam o Estado de Israel. Tem início a primeira crise mundial do petróleo, quando o preço do barril é quadruplicado. Frente à dependência mundial dessa fonte de energia, os países exportadores de petróleo - especialmente os árabes - passam a auferir grandes lucros. Essa riqueza, no entanto, permaneceu restrita à minoria, constituída pelos chefes locais, não representando melhoria nos níveis de vida da maior parte dos povos do Oriente Médio.
    A maior parte do petróleo é exportada, em estado bruto, através de oleodutos, para o mar Mediterrâneo, ou por meio de gigantescos petroleiros, pelo golfo Pérsico e oceano Índico, atingindo a América, a Europa e o Japão. As grandes refinarias encontram-se concentradas nas margens do Chatt-el-Arab, do golfo Pérsico e da costa mediterrânea.
    EVOLUÇÃO POLÍTICA
    Até o final da Primeira Guerra Mundial, os países árabes pertenciam ao Império Otomano. Após a Primeira Guerra Mundial, o nacionalismo cresceu no Oriente Médio Derrotado durante a Grande Guerra, o Império Otomano perdeu suas posses territoriais. Com o seu desmembramento, formaram-se Estados sob a tutela da Inglaterra e da França como a Palestina, Síria, Líbano, Transjordânia e Iraque (o Egito e a Pérsia já eram protetorados britânicos).
    Depois da Primeira Guerra Mundial, embora os britânicos transformassem a Síria num reino independente, a França conseguiu assegurar seu mandato sobre a região, dividindo-a em duas partes: Síria propriamente dita, com capital em Damasco, e Líbano, com capital em Beirute. Durante a Segunda Guerra Mundial, o general Charles de Gaulle concedeu independência ao país, que só se concretizou em 1946, com a retirada das tropas aliadas. O Líbano obedeceu à mesma evolução rumo à independência.
    A Transjordânia (atual Jordânia) e a Síria formaram uma unidade político-territorial, até que a França reclamou seus direitos sobre a Síria, em 1921. O Reino Unido, então, apressou-se em reivindicar seu mandato sobre a Transjordânia, única via de escoamento para o Mediterrâneo, do petróleo que explorava no Iraque, além de conservar ininterrupta a rota terrestre para a Índia.
    De acordo com o Tratado de Versalhes, a França recebeu a Síria e o Líbano como mandatos. Tropas francesas ocuparam esses países, permanecendo lá apesar da oposição local. A Grã-Bretanha recebeu mandatos sobre o Iraque, Transjordânia (atual Jordânia) e Palestina. A Jordânia tornou-se independente em 1928 e o Iraque em 1932, mas a Palestina representava um grande desafio geopolítico para os britânicos. Os ingleses, durante a Primeira Guerra Mundial, expulsaram os turcos otomanos de Jerusalém e da Palestina.
    Em 22 de março de 1946, a Inglaterra reconheceu a independência da Transjordânia, reservando-se o direito de manter forças militares no país, ou seja, conservando, na prática, sua condição de protetorado.
    Assim, exceto pequenos Estados da península Arábica, que se tornaram independentes após 1971, a maior parte das nações do Oriente Médio obteve sua independência do Reino Unido e da França após a década de 40. A maior parte foi obtida na esteira do nacionalismo árabe e da retração das antigas potências imperialistas, economicamente arrasadas pela guerra. No entanto, essa inspiração nacionalista, longe de conseguir assegurar autonomia aos seus países, não evitou que sua dependência externa apenas se deslocasse das antigas metrópoles europeias para a nova potência hegemônica mundial: os Estados Unidos.

    OCEANIA

    Oceania é uma região geográfica composta por vários grupos de ilhas do Oceano Pacífico.
    O termo "Oceania" é utilizado para designar um continente que compreende a Austrália e as ilhas do Pacífico adjacentes.
    A Oceania é o menor continente em área e em população, excluindo, evidentemente, a Antártica.
    Os maiores e principais países da Oceania são a Austrália, a Nova Zelândia e a Papua-Nova Guiné.
    O maior país do continente é a Austrália, considerada uma ilha-continente, pois está situado entre dois oceanos, o Pacífico e o Índico. A Austrália continental tem 7.682.300 km2 de extensão territorial, representando mais de 90% da área do continente.
    A Nova Zelândia (New Zealand) é um arquipélago no qual se destacam duas grandes ilhas, a do Norte a e do Sul, que são separadas pelo estreito de Cook.
    A Papua-Nova Guiné ocupa a metade oriental da ilha da Nova Guiné e uma série de ilhas e arquipélagos, a leste e a nordeste, mas sempre na Melanésia.
    As milhares de ilhas da Oceania, de origem vulcânica ou coralígena, são divididas em:
    - Melanésia (ilhas dos negros): região localizada no extremo oeste do Oceano Pacífico e a nordeste da Austrália. Inclui os territórios das ilhas Moluscas, Nova Guiné, ilhas Salomão, Vanuatu, Nova Caledónia e Fiji.
    - Micronésia (ilhas pequenas): região do Oceano Pacífico ocidental, localizada entre as Filipinas a oeste, a Indonésia a sudoeste, a Nova Guiné e a Melanésia a sul e a Polinésia a sudeste e leste. É formada por centenas de pequenas ilhas agrupadas em vários arquipélagos e divididas por sete territórios: Ilhas Marianas: (Ilhas Marianas do Norte e o Território de Guam), Ilhas Carolinas (Estados Federados da Micronésia e a República de Palau), Ilhas Marshall, República de Nauru e República de Kiribati.
    - Polinésia (muitas ilhas): conjunto de ilhas no Oceano Pacífico. Cobre uma enorme superfície oceânica. A maioria das ilhas pertencem aos Estados Unidos, à Nova Zelândia, à França e ao Chile.
    Austrália
    Nome Oficial: Austrália
    Governo: Monarquia parlamentarista.
    Área: 7.682.300 km2
    População: 22.262.500 (2013)
    Moeda: dólar australiano
    Língua: inglês
    Capital: Camberra.
    Governo
    Chefe de Estado: Rainha Elizabeth II da Grã-Bretanha, representada pelo Governador-geral.
    Chefe de governo: Primeiro-ministro
    Condição especial
    Membro da Comunidade Britânica.
    Divisão administrativa
    6 estados, 3 territórios continentais e vários territórios insulares.
    Situação Geográfica
    Sudoeste da Oceania.
    Limites
    Estreito de Torres (N); mares do Timor (NO), de Coral (NE) e da Tasmânia (SE); Oceano Índico (S e O).
    Histórico
    A Austrália foi primeiramente colonizada pela Grã-Bretanha em 1788. Em contraste com os Estados Unidos e o Canadá, a Austrália não estava aberta a colonizadores comuns. A região servia como uma colônia-prisão, onde os criminosos britânicos eram enviados para cumprirem suas sentenças. Após serem libertados, eles poderiam comprar terras e estabelecerem-se como homens e mulheres livres. Alguns deles escapavam, fugindo para a ilha de Nova Zelândia, localizada a sudeste da Austrália.
    Com o passar do tempo, os ex-criminosos, tanto na Austrália como na Nova Zelândia, foram acompanhados por outros colonizadores britânicos que vieram por vontade própria. Os imigrantes eram atraídos pela oferta de livre posse de terras, e, em 1851 e 1892, pela corrida do ouro. A população aumentou tremendamente à medida que os estabelecimentos se multiplicavam e tornaram-se colônias separadas. Em meados do século, os colonos livres tiveram sucesso ao pressionar os britânicos para não mais enviarem criminosos à Austrália.
    Os povos da Austrália e Nova Zelândia queriam ter seu próprio governo enquanto permanecendo sob o Império Britânico. Durante a década de 1850, as colônias da Austrália e Nova Zelândia conquistaram seu autogoverno e estabeleceram o parlamentarismo. Em 1901, as colônias australianas foram unificadas sob uma constituição federal chamada de Comunidade da Austrália. Durante o começo do século XX, tanto a Austrália como a Nova Zelândia tornaram-se domínios britânicos.
    Em 1893, a Nova Zelândia tornou-se a primeira nação no mundo a conceder direitos totais de voto à mulher.
    Os dois países também adotaram políticas de bem-estar social antes de qualquer outra nação de língua inglesa, incluindo seguros aos mais velhos, leis de compensação aos trabalhadores e leis que apoiavam os sindicatos.
    População
    Em todo o território australiano vivem 22,3 milhões de habitantes, concentrados no litoral e nas regiões úmidas, o que cria um vazio demográfico quase absoluto no interior.
    A população urbana é elevada - 89% (2010) dos australianos vivem em cidades. A população é bastante concentrada em áreas restritas, como no litoral oriental (especialmente no litoral sudeste) e nas regiões de Perth e Adelaide.
    Composição étnica
    Os anglo-saxônicos correspondem a 90% da população. Os outros 10% são minorias europeias, asiáticas e aborígines.
    Aspectos físicos
    Relevo
    O relevo da Austrália é composto de altitudes modestas. Na porção oriental, ergue-se a Cordilheira Australiana (ou Grande Cordilheira Divisória), constituída por terrenos paleozoicos e mesozoicos, que sofreram um soerguimento na era Terciária e cujo ponto culminante, o Pico Townsend, tem 2.211 m de altitude.
    No centro leste, encontra-se uma vasta planície sedimentar, drenada por alguns rios, dos quais se destacam o Murray e o Darling, procedentes da Cordilheira Australiana.
    A porção centro-ocidental é ocupada por um grande planalto antigo, fortemente peneplanizado.
    A rede hidrográfica australiana é pouco expressiva e apresenta muitos rios temporários, refletindo a baixa pluviosidade do país.              
    • região de grandes planaltos e vastas bacias de fundo plano; cordilheira australiana (litoral E); Planície de Perth (litoral SO);
    • planalto de Kimberly (litoral NO); escudo australiano (interior ocidental) formando 3 desertos (o Grande Deserto de Areia, NO; o Deserto Gibson, O; o Grande Deserto de Vitória, SO);
    • 3 bacias hidrográficas:
      • Carpentária, NE;
      • Artesiana, E;
      • Murray-Darling, SE (interior oriental).
    • ponto mais elevado: monte Kosciuszko (2.228 m).
    Professor Urias Rocha
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