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FONTES DE ENERGIA
EXTRATIVISMO - TIPOS DE EXTRATIVISMO
O planeta Terra oferece ao homem recursos naturais de grande valor econômico. Os produtos naturais são de origens vegetal, animal e mineral. A extração vegetal consiste no trabalho de derrubar arvores e arbustos e na coleta de produtos silvestres, destinados à alimentação, à produção de remédios ou ao aproveitamento industrial. Atividades extrativas animais são a caça e a pesca com finalidades econômicas. A extração mineral é a retirada, das profundezas da superfície terrestre ou marítima, de petróleo, carvão, ferro, alumínio, metais, pedras preciosas, etc.
A EXTRAÇÃO VEGETAL
A principal extração vegetal praticada no mundo é a derrubada de árvores para a produção de madeiras e lenha, principalmente nas florestas coníferas. Essas são típicas da Finlândia, da Rússia e do Canadá, países que são grandes produtores de madeira e de celulose, matéria prima básica do papel.
No Brasil, as principais extrações vegetais são o babaçu, a oiticica (utilizados para a produção de óleos), a castanha-do-pará (alimento de amplo consumo interno e apreciado nos mercados internacionais), o látex da seringueira (usado na fabricação de borracha), a carnaúba (de onde se extrai uma cera destinada à fabricação de tintas, vernizes, velas, além de uma das matérias primas do filmes), carvão vegetal e lenha (que servem como combustíveis) e a erva-mate (que produz um tipo de chá - chimarrão - de grande consumo no sul do País).
TIPOS DE EXTRAÇÃO ANIMAL
Pesca - atividade econômica de extração de peixes tanto nos mares como nos rios e lagos. Os principais países produtores são o Japão, que possui a mais avançada tecnologia pesqueira no mundo, a Rússia, a China e o Peru.
Caça - atividade econômica cada vez menos praticada no mundo, já que sofre muitas proibições governamentais no sentido de reduzi-la ou proibi-la para impedir a destruição da fauna. Além disso a caça tem sido substituída pela pecuária.
Fonte: IBGE
Fonte: http://www.ibram.org.br - 2010
Hidroelétrica
EXTRATIVISMO MINERAL NO BRASIL
O extrativismo mineral, ou mineração, é a atividade econômica que consiste na obtenção dos minérios em seu estado natural. O extrativismo mineral pode ser enquadrado no setor primário da economia (se realizado de forma primitiva, como a garimpagem) ou no setor secundário (se organizado industrialmente).
O Brasil é um dos principais produtores e exportadores mundiais de minérios. O país é rico em minerais e explora mais de 50 tipos: ferro, bauxita, cassiterita, ouro, cobre, cromo, estanho, níquel, manganês, zinco, potássio, nióbio, entre outros.
A extração de minerais metálicos no Brasil concentra-se principalmente em Minas Gerais, Goiás, Pará, Mato Grosso, Rondônia, Bahia e São Paulo. O extrativismo mineral no país ocorre basicamente nas áreas de escudos cristalinos, que correspondem aos cinturões orogênicos e às intrusões ígneas do período Pré Cambriano. O subsolo brasileiro apresenta extensa área de terrenos pré-cambrianos ricos em minérios.
O Brasil possui algumas das maiores reservas geológicas do mundo, entre elas:
- o Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais: responsável por 70% da produção brasileira de ferro.
- a Região Norte. No Amazonas, os grandes projetos de exploração; no Pará, a Província Mineral de Carajás (jazidas de ferro, manganês, cobre e ouro), o Rio Trombetas (bauxita) e a Serra Pelada (ouro); no Amapá, a Serra do Navio (manganês); em Rondônia, Porto Velho (cassiterita).
O Brasil possui também a maior reserva mundial de nióbio – mineral misturado ao aço que é usado na fabricação de turbinas de avião.
Fonte: IBGE
As empresas mineradoras contribuem para o desenvolvimento das regiões onde estão instaladas. A média do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) dos municípios onde há mineração é maior do que a dos estados aos quais pertencem.
O setor mineral contribui positivamente para a balança comercial brasileira.
Veja abaixo a tabela de minérios exportados e importados pelo Brasil.
Fonte: http://www.ibram.org.br - 2010
PRINCIPAIS RECURSOS MINERAIS
Minério de Ferro
O Brasil possui 8% das reservas mundiais de ferro. Os minerais de ferro surgem em terrenos proterozoicos. A rocha que apresenta teor metálico superior a 40% pode ser classificada como minério de ferro.
O Brasil é o segundo maior produtor de ferro no mundo, sendo superado apenas pela China. Na pauta de explorações, o ferro é o recurso mineral mais exportado pelo Brasil. A sua grande disponibilidade e a localização geográfica de suas reservas no país viabilizam economicamente a sua exploração.
O ferro é a matéria-prima do aço. Este possui diversas utilidades: é usado em construções e na produção de máquinas, ferramentas e veículos.
A maior companhia de extração de minerais metálicos no Brasil é a Vale (até 2008, era denominadaCompanhia Vale do Rio Doce), empresa criada em 1942 por Getúlio Vargas e privatizada em 1998. Atualmente, a Vale é uma empresa de capital aberto e é a segunda maior mineradora do mundo. É uma das maiores e mais lucrativas companhias do mundo, sendo responsável por grande parte da exploração e comercialização do minério de ferro do Brasil. A entrada de novos investidores no Brasil e a construção de novas siderúrgicas tendem a reduzir a concentração dessa indústria nas mãos da Vale.
Para explorar uma província mineral, as empresas dependem de uma autorização especial, fornecida pelo Ministério das Minas e Energia, que, em nome dos interesses nacionais, pode suspender a autorização a qualquer momento.
O minério exportado é transportado aos portos pelas estradas de ferro e é escoado através dos chamados corredores de exportação.
- A Estrada de Ferro Vitória a Minas liga operações de minério de ferro do interior de Minas Gerais ao Porto de Tubarão, no Espírito Santo.
- A Estrada de Ferro Carajás liga as Minas de Carajás, no Pará, ao Terminal Marítimo de Ponta da Madeira ou ao Porto de Itaqui, ambos no Maranhão.
- A Estrada de Ferro Centro-Atlântica liga o Quadrilátero ao porto de Sepetiba (RJ).
Em 2010, o Brasil exportou mais de 85% de sua produção de ferro. Entre os principais importadores estão a Coreia do Sul, o Japão, a Argentina, os Estados Unidos e a União Europeia. Parte do minério de ferro, que não é exportada, é utilizada nos complexos siderúrgicos nacionais.
Em 2010, 95% de todo minério de ferro foi movimentado por meio dos seguintes portos: Tubarão (ES), Ponta da Madeira (MA), MBR (RJ), Ponta de Ubu (ES) e o Porto de Itaguaí (RJ).
Principais Áreas de Ocorrência
Quadrilátero Ferrífero (MG)
Localizado no centro-sul de Minas Gerais, o Quadrilátero Ferrífero é responsável pela maior produção brasileira de minério de ferro e manganês. Também produz bauxita e cassiterita. Diversas indústrias siderúrgicas se encontram ao redor do Quadrilátero.
Dentre os fatores que favoreceram o incremento da produção na área, podemos citar: a proximidade dos principais centros consumidores do País, como São Paulo e Rio de Janeiro; a existência de importante infraestrutura como disponibilidade energética e rede de transporte; e a relativa proximidade litorânea, facilitando o processo de exportação.
Serra dos Carajás (PA)
A serra dos Carajás se localiza no sudeste do Pará, onde foi encontrada, no final da década de 1960, a maior província mineral do planeta, contendo enorme abundância de ferro, manganês, bauxita, estanho, ouro, cobre e níquel.
Projetos de infraestrutura ajudaram na exploração da jazida. Projetos como:
- A Estrada de Ferro Carajás (EFC), ferrovia operada pela Vale, é especializada no transporte de minérios. Estes correm das minas da Serra dos Carajás em Parauapebas, Canaã dos Carajás e Marabá, até os portos de São Luís. É também utilizada para transportar dezenas de milhares de pessoas por mês.
- Porto do Itaqui: Instalado no litoral de São Luís (Maranhão), o Porto do Itaqui está próximo de importantes mercados como a Europa, os Estados Unidos e a América Central, onde se localiza o Canal do Panamá, que encurta distâncias para a Ásia e para a Costa Oeste da América do Sul. As principais cargas transportadas são: minério de ferro, ferro-gusa, manganês, cobre, combustíveis e carvão.
- Hidrelétrica de Tucuruí – localizada no Rio Tocantins, no município de Tucuruí, no estado do Pará, é a maior usina localizada apenas em território brasileiro. (A usina de Itaipu possui maior potência instalada, mas é dividida entre o Brasil e o Paraguai).
O aumento na produção da Vale na Serra dos Carajás se limita à capacidade de escoamento do produto por ferrovia. Grandes investimentos em infraestrutura precisam ser feitos para que haja a expansão da produção.
A atividade de mineração em Carajás, localizada em plena floresta, tem impactos ambientais.
Maciço de Urucum (MS)
Trata-se de uma província mineral localizada no meio do Pantanal Mato-grossense, à beira do rio Paraguai, por onde é escoada sua produção de ferro e manganês. A área está localizada próxima à cidade de Corumbá.
Devido à natureza de suas rochas, o Maciço do Urucum possui grandes reservas minerais, com destaque para o ferro e o manganês. No Urucum, as jazidas de ferro estão estimadas em 2 bilhões de toneladas. O ferro é extraído de mina a céu aberto.
O incremento da exploração é dificultado pela localização geográfica das reservas, que se encontra distante dos principais centros industriais do país. Sua produção é exportada para os países platinos.
Impactos negativos da mineração já ocorreram no córrego Urucum, município de Corumbá. As atividades de mineração subterrâneas podem afetar os lençóis freáticos, resultando na contaminação da água.
O trabalho exige a utilização de energia, que é qualquer força que gera trabalho. No início dos tempos, o ser humano usava a energia muscular, a própria e a dos animais. Atualmente, as principais fontes energéticas são: a gerada pelo petróleo; a mecânica (proveniente do aproveitamento dos ventos – energia eólica –, águas e do vapor); a elétrica (produzida pelas usinas de hidrelétricas, termelétricas ou atômicas) e a energia térmica, proporcionada pelos raios solares e pela queima de combustíveis como lenha, carvão vegetal e carvão mineral.
As fontes de energia são classificadas como renováveis ou não renováveis. As fontes de energia renováveis incluem a eólica, a solar e a geotérmica. Muitas delas se renovam naturalmente. Já as fontes de energia não renováveis são de origem mineral ou fóssil e podem levar milhões de anos para serem formadas. Alguns exemplos de fontes de energia não renováveis são o petróleo, o carvão mineral e o gás natural.
FONTES RENOVÁVEIS DE ENERGIA
Os recursos energéticos estão distribuídos de forma desigual pelo mundo. O perfil energético de cada país depende de seus recursos naturais, de suas características geográficas, dos custos de obtenção das diferentes fontes de energia e de outros fatores.
O assunto de quais fontes de energia um país deve utilizar é bastante polêmico, pois tais decisões têm impactos ambientais e econômicos. Para conter a poluição, por exemplo, é necessário que sejam produzidas energias limpas, também chamadas de energias verdes.
O uso de fontes de energia renováveis e não poluentes reduz as emissões do dióxido de carbono (CO2) e de outros gases causadores do efeito estufa.
As nações que assinaram o Protocolo de Kyoto se comprometeram a tomar medidas para reduzir suas emissões do dióxido de carbono (CO2).
ENERGIA ELÉTRICA
A técnica de geração de energia elétrica se baseia em eixos giratórios que produzem energia mecânica, que, em uma fase posterior, transforma-se em eletricidade. Conforme a maneira de fazer girar esse eixo, a eletricidade é produzida em usinas hidrelétricas, usinas termelétricas ou usinas nucleares.
HIDRELETRICIDADE
Rios bem abastecidos de água e que tenham quedas-d’água ou um curso em desnível podem produzir eletricidade. Em casos de cursos em desnível, a água é armazenada em represas, criando uma queda artificial.
O funcionamento do sistema ocorre da seguinte forma: a energia gerada pela represa ou pela queda-d’água faz girar o eixo de uma turbina. Isso gera energia mecânica, que é transformada em eletricidade.
Hidroelétricas são uma fonte de energia barata – o custo de Kw/h é baixo –, facilmente renovável e não poluente. A construção de represas auxilia no controle de enchentes, melhora as condições de abastecimento de água e ajuda na instalação de projetos de agricultura irrigada.
Hidroelétrica
Contudo, essa fonte de energia também apresenta desvantagens: depende de condições naturais favoráveis, como, por exemplo, rios que não congelem durante o inverno.
As hidroelétricas só podem ser construídas em regiões em que o rigor climático não afete a regularidade dos fluxos de águas fluviais que abastecem a usina geradora de energia. Isso porque a usina exige a manutenção de um dado fluxo de água nas barragens.
É importante notar que os custos de construção de hidroelétricas são mais elevados do que os de termoelétricas.
As hidroelétricas causam impactos ambientais e sociais: mudam a paisagem e o curso d’água e o volume de água nos rios, deslocam populações e inundam grandes áreas, impactando negativamente os solos, a fauna e flora e as cadeias alimentares.
Os países de grandes extensões territoriais e hidrografia rica são os maiores produtores de energia hidrelétrica, como o Canadá, o Brasil, a China, os Estados Unidos e a Rússia.
TERMELETRICIDADE
A fonte primária da termeletricidade é o calor.
A termeletricidade é gerada da seguinte forma: a pressão do vapor de água obtido por meio do petróleo, da queima do carvão mineral ou do gás natural faz girar a turbina da usina.
Essa fonte de energia apresenta diversas vantagens: não depende da existência de rios e de topografia, o que permite que termelétricas sejam construídas em qualquer localização. Elas podem ser construídas em locais de consumo, economizando no custo das linhas de transmissão. Além disso, o gás natural, que pode ser usado como matéria-prima para gerar eletricidade, polui menos que os combustíveis derivados de petróleo e de carvão.
As vantagens dessa fonte de energia é que, além de não ser uma fonte limpa, utiliza carvão e derivados do petróleo, que não são renováveis. Além disso, causa danos ao ambiente: poluição do ar e aquecimentos das águas. Os custos da termeletricidade estão associados aos de combustíveis fósseis.
ENERGIA NUCLEAR
A energia nuclear é gerada da seguinte forma: a turbina de uma usina atômica é movida pelo vapor de água obtido pela fissão de átomos de urânio em um reator. A energia advém da divisão do núcleo do urânio em núcleos de menor massa – processo conhecido como fissão nuclear. Nesse processo, utiliza-se uma mistura de diferentes átomos de urânio, de forma a proporcionar uma concentração de apenas 4% de material físsil. Em bombas atômicas, são utilizadas concentrações acima de 20% de urânio físsil.
As vantagens da energia nuclear são que o urânio utilizado é um combustível de baixo custo e que não há utilização de combustíveis fosseis. A energia nuclear permite a produção de energia elétrica em áreas carentes de rios e de petróleo ou carvão mineral. Após realizado o investimento inicial para gerar energia nuclear, sua produção se torna mais barata que a de usinas termelétricas. Essa fonte de energia oferece alta rentabilidade de produção e comercialização.
Usinas nucleares ocupam áreas relativamente pequenas. Elas podem ser instaladas em proximidade a centros consumidores e não dependem de fatores climáticos, como vento e chuva, para funcionar. Ao gerar energia, elas têm pouco impacto sobre o meio ambiente: não resulta em aumento do efeito estufa. Contudo, apresenta o problema do lixo nuclear.
Desvantagens da energia nuclear:
Há uma constante discussão sobre a sustentabilidade desse tipo de energia. Raramente ocorre o vazamento de lixo tóxico e de acidentes que espalhem radiação ao longo de grandes superfícies, prejudicando o ambiente e contaminando a água, o ar e os alimentos. Contudo, quando tais vazamentos ocorrem, resultam em consequências gravíssimas. O contato com elementos radioativos causa doenças mortais. Acidentes nucleares podem atingir proporções catastróficas, causando danos que podem perdurar durante séculos.
Um dos problemas da energia nuclear é a dificuldade de acesso às matérias-primas necessárias para produzi-la. Algumas reservas de urânio situam-se em regiões geopoliticamente instáveis.
Outro problema é que a usina nuclear produz lixo radioativo. Até o presente, não foi encontrada uma solução adequada para eliminar esse tipo de lixo.
Em março de 2011, um tsunami no Japão causou um incêndio na Usina Nuclear de Fukushima. A radiação proveniente da explosão da usina causou mais de 1600 mortes indiretas. Tal acidente voltou a levantar sérias dúvidas a respeito do uso da energia nuclear.
É importante ressaltar que como o reator nuclear e a bomba nuclear seguem o mesmo princípio, o fato de certos países se interessar em desenvolver energia nuclear causa preocupação. Desejos geopolíticos da obtenção de uma bomba atômica agravam conflitos regionais.
Atualmente, muitos países economicamente desenvolvidos utilizam energia nuclear. Entre eles estão a França, a Alemanha, a Suécia, a Inglaterra, o Canadá e os Estados Unidos.
Tratado de Não Proliferação Nuclear
O Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares entrou em vigor em 1970. Atualmente, há 190 países que aderiram a ele. Ao assinar tal tratado, esses países se comprometeram a seguir certas regras: não podem desenvolver ou adquirir armas nucelares, mas podem fazer pesquisas nucleares e até mesmo produzir energia nuclear, contanto que seja para fins pacíficos. Contanto, mesmo as pesquisas nucleares precisam ser monitoradas por inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) – órgão das Nações Unidas sediada em Viena, Áustria.
O Brasil é um dos 190 países que assinou o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.
O Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares de certa forma dividiu o mundo em dois: os países que possuem armas nucleares e os que não as possuem. O Tratado reconhece cinco países como sendo “Estados com armas nucleares” (EAN). Esses países são os Estados Unidos, a Rússia, o Reino Unido, a França e a China. Desde que o Tratado entrou em vigor, três países que não o assinaram, realizaram testes nucleares: Índia, Paquistão e Coreia do Norte.
Em 2005, o Conselho de Governadores da AIEA classificou o Irã como um país que não agia em conformidade com o TNP. O Conselho de Segurança das Nações Unidas impôs sanções contra o Irã devido à recusa do governo iraniano de suspender o enriquecimento de urânio não declarado.
FONTES NÃO RENOVÁVEIS DE ENERGIA - COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS
A maioria da superfície do território brasileiro (aproximadamente 64% dele) consiste de bacias sedimentares que são depressões de terreno preenchidas por sedimentos. A importância econômica dessas bacias sedimentares é grande, pois delas são extraídos combustíveis fósseis: petróleo, carvão mineral e xisto. Quase toda a energia consumida pela humanidade (cerca de 80%) é gerada por combustíveis fósseis.
Os combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão mineral, foram formados devido às falhas na ação dos decompositores. Durante muitos anos, ficaram submetidos a condições especiais, isto é, estiveram protegidos entre sedimentos isentos de microrganismos. Por exemplo, o carvão, oriundo de florestas que foram cobertas por mares rasos no período carbonífero, livrou-se da oxidação total; portanto, permaneceu fora do ciclo de transformações por cerca de 300 milhões de anos, até que o homem começou a extraí-lo da terra e queimá-lo, utilizando-o em máquinas e fornalhas. Também o petróleo se originou, há milhões de anos, pela decomposição parcial de seres vivos que habitaram os mares antigos.
Leva milhões de anos para que petróleo, gás natural, carvão mineral e xisto sejam formados. Por esta razão, eles são chamados de fontes de energia não renováveis.
A gasolina – fonte de energia utilizada em automóveis - é um derivado do petróleo. Como explicado acima, os combustíveis fósseis, como o petróleo, levam milhões de anos para se formarem e não podem ser produzidos de um ano para o outro.
As fontes de energia não renováveis são finitas e esgotam-se, não podendo ser utilizadas novamente. Por isso, é importante conservar e poupar ao máximo as formas de energia não renováveis. Petróleo e outros combustíveis fósseis devem ser utilizados de forma responsável, evitando o desperdício. A humanidade deve também buscar novas fontes de energia, de preferência, renováveis.
Combustíveis Fósseis
Petróleo
O petróleo é um mistura de hidrocarboneto de origem orgânica, formada durante períodos geológicos distantes, quando restos de microfauna se depositavam no fundo dos mares e lagos. Tal massa, sob a ação de intensa sedimentação, de calor e de pressão, transformou-se, ao longo do tempo, em óleo e gás.
O petróleo é encontrado, portanto, em regiões sedimentares que apresentavam condições favoráveis à formatação e armazenamento do hidrocarboneto.
A partir da metade do século XX, o petróleo se tornou uma fonte de energia indispensável, causando com que muitas nações se tornassem dependentes de outros países que possuem grandes jazidas de fácil extração.
O petróleo é de importância fundamental para a rede de transportes: por terra, ar e mar. É o que move o aparato militar – aviões, navios, tanques, etc. O petróleo é também o componente básico utilizado para produzir plástico, tintas, solventes e fertilizantes.
Localização
A distribuição irregular do petróleo pelo globo é uma fonte de desafios geopolíticos para muitos países. Dois-terços das jazidas de petróleo se encontram em países do Golfo Pérsico.
Entre as áreas favoráveis, destacam-se as explorações petrolíferas localizadas em território russo e no Oriente Médio.
Entre as áreas favoráveis, destacam-se as explorações petrolíferas localizadas em território russo e no Oriente Médio.
Xisto
O xisto é uma rocha de origem sedimentar. Seu valor econômico está vinculado à presença de hidrocarbonetos (petróleo e gás natural) em proporcionalidade, que oscila entre 6 e 12%, conforme as suas características.
Atualmente, é inviável produzir petróleo a partir de xisto, pois o processo exigiria um grande investimento financeiro. Além disso, o xisto contém de 2 a 3% de sulfeto de ferro, que dá origem a produtos gasosos poluentes. Sua emissão na atmosfera, por meio de chaminés de usinas, resulta na dissolução e produção de ácidos pelas águas das chuvas – a denominada “chuva ácida” – que prejudica os solos agrícolas de regiões próximas.
Carvão Mineral
O carvão mineral é um combustível fóssil que originou no soterramento de antigas florestas, particularmente na Era Paleozoica durante os períodos carbonífero e permiano. A formação do carvão extraído atualmente ocorreu principalmente nas grandes florestas pantanosas europeias, asiáticas e norte-americanas.
No século XIX, o carvão mineral assumiu importância mundial como fonte de energia. Com o advento da Revolução Industrial, tornou -se a principal fonte de energia até a primeira metade do século XX, quando foi superado pelo petróleo. Atualmente, o carvão mineral é usado nas siderúrgicas (carvão coque) e na produção de eletricidade (termoelétricas).
O carvão mineral – o mais abundante dos combustíveis fósseis – é o vilão do aquecimento global. As grandes reservas se encontram nos Estados Unidos, na Rússia, na China, na Austrália, na Índia, na Alemanha e no Cazaquistão. O Brasil possui a décima-quarta maior reserva de carvão.
Ecologia
O uso de combustíveis fósseis deteriora o meio ambiente. A queima desses combustíveis, feita por automóveis e indústrias, polui o ar. O gás carbônico lançado pela queima desses combustíveis eleva a temperatura do planeta contribuindo para o efeito estufa.
O gás de cozinha, gasolina e óleo diesel são todos derivados do petróleo. Apresentam compostos com enxofre, que geram o ácido sulfúrico que entra nos solos, rios e lagos, deixando-os altamente ácidos e causando sérios desequilíbrios ecológicos.
Apesar do gás natural ser um combustível muito mais limpo que o petróleo, seu uso resulta no aumento de emissões de gases de efeito estufa e de outros poluentes que causam doenças respiratórias e chuva ácida.
AS FONTES ENERGÉTICAS DO BRASIL
No início dos anos 1940, a energia proveniente da biomassa, isto é, de lenha e carvão vegetal, era responsável por aproximadamente 80% do consumo nacional. Segundo o IBGE, em 2010, 45,5% da energia utilizada no Brasil advinha de fontes renováveis – de derivados da cana-de-açúcar (17,8%), da hidroeletricidade (14%) e de carvão vegetal (9,7%)
De fato, a partir da década de 1940, com o crescimento industrial e urbano, o setor energético do país passou por grandes mudanças. A principal foi a substituição de fontes de energia tradicionais pelas fontes de energia moderna, como o carvão mineral, o petróleo, e a eletricidade, principalmente a de origem hidroelétrica.
Desde a década de 1930, o potencial energético do Brasil tem sido alvo de políticas governamentais. O setor elétrico cresceu com a aplicação de recursos financeiros e tecnológicos de grupos estrangeiros, que financiaram a geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Em seguida surgiram os primeiros órgãos oficiais do setor energético. A Petrobrás foi criada em 1954, e em 1962, empresas de eletricidade estruturaram-se em torno da Eletrobrás, que ampliou a infraestrutura energética do país.
A crise de petróleo de 1973 incentivou o Brasil a introduzir mudanças profundas na estrutura do sistema energético nacional. O Brasil passou a adotar uma política de estímulo à produção de petróleo, gás natural, carvão natural e hidroeletricidade. Ao mesmo tempo, o país procurou substituir o petróleo ao lançar alternativas energéticas. Em 1974 foi criado o Programa Nacional do Álcool (Pro álcool) e em 1975 foi implementado o Programa Nuclear.
Há três tipos principais de usina geradora de eletricidade: as termoelétricas convencionais, que funcionam à base de carvão, óleo e gás natural; as hidroelétricas, que utilizam o potencial de quedas d’água; e as termonucleares (atômicas) que utilizam a energia contida nos minerais atômicos.
O Brasil possui esses três tipos de usinas.
O Brasil também utiliza, apesar de em menor escala, fontes alternativas de energia, como a solar e a eólica, e o biogás. No Brasil, as fontes renováveis representam mais de 45% da energia utilizada. No mundo como um total, esse percentual não passa de 13%; nos países ricos, não supera 8% (fonte: www.brasil.gov.br). Contudo, é importante saber que mesmo as fontes renováveis causam impactos socioambientais.
Fontes de energia primárias
As fontes de energia primárias são as fornecidas pela natureza, e podem ser renováveis ou não renováveis. As fontes de energia renováveis não se esgotam, são contínuas. Exemplos de fontes de energia renovável são: solar, hidráulica, eólica (dos ventos), vegetal (lenha, carvão vegetal) etc. Exemplos de fontes de energia não renováveis, ou seja, que se esgotam com o uso, são: carvão mineral, petróleo, xisto, urânio etc.
O consumo energético, assim como as diferentes fontes de energia em uso, reflete o potencial industrial instalado e, indiretamente, o nível social de um país ou de uma dada região. O crescimento de energia elétrica no Brasil revela uma grande expansão industrial e uma grande expansão do mercado consumidor.
A seguir, estudaremos as diferentes fontes de energia que são utilizadas no Brasil.
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Geografia - Universidade Católica Dom Bosco/ FUCMAT
Professor Urias Rocha
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Gratidão eterna!!
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