O artigo “Quem pariu Bolsonaro negará embalo?“, do procurador da República Celso Três, que atua na Procuradoria da República em Novo Hamburgo (RS), faz um balanço da Lava Jato e avalia como a operação, ao violar os limites da ação penal e promover uma “avalanche justiceira”, criou condições que ajudaram a eleger o presidente Jair Bolsonaro.
O documento de Celso Três foi publicado e distribuído no Senado com apoio do senador Roberto Requião (MDB-PR) e republicado, nesta quinta-feira (9), no blog de Frederico Vasconcelos, na Folha.
Veja abaixo um trecho do artigo:
Glosado por Twitter e Facebook, tal qual moleque irresponsável, tachando de “gripezinha” a tragédia do coronavírus, garantindo que brasileiro mergulha incólume no esgoto, curvando-se servil aos Estados Unidos quem pirateia bens médicos que a China destinara ao Brasil, fazendo da liturgia da Presidência piadas contra dignidade sexual, atiçando a massa ignara ao linchamento de jornalistas, consoante atestam periódicos pelo mundo, presidente do nosso Brasil, tristemente, virou ícone do ridículo mundial. Pior! Bolsonaro é tudo, menos surpreendente. Sempre foi assim.
Então, quem pariu Bolsonaro? Urna foi berçário dos votos nascidos de alguns ventres. Justo e legítimo antipetismo aliado à histórica –quatro séculos de escravatura– extrema direita foi útero decisivo.
Aqui, trato apenas de quanto Têmis, aparelho de justiça, deu à luz votos em prol do capitão, em síntese, dizimando o establishment político, dando asas a outsiders populistas, quem capitalizaram com a sanha acusatória indiscriminada brandida pela espada de Dâmocles da Lava Jato.
Por Urias Rocha - Mato Grosso do Sul - Brasil
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