quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

O PÓS-GUERRA - GEOGRAFIA

VELHA ORDEM MUNDIAL - MUNDO BIPOLAR

GUERRA FRIA - MUNDO BIPOLAR
A cooperação dos Aliados possibilitou a derrota das forças do Eixo na Segunda Guerra Mundial. Com a esperança de construir uma paz duradoura e evitar futuras guerras, os líderes Aliados planejavam cooperar após a guerra. Mas as relações entre a União Soviética e os outros países Aliados logo deterioraram, gerando uma nova era de tensão mundial.
CONFERÊNCIA DE BRETTON WOODS
Conferência de Bretton Woods, realizada em julho de 1944, tinha como objetivo a reconstrução da economia mundial. Quarenta e cinco países aliados se reuniram em Bretton Woods, nos Estados Unidos, onde ficou acordado a criação de duas organizações internacionais: o Banco Mundial (conhecido também como Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento - Bird) e o Fundo Monetário Internacional(FMI). Nessa reunião, também foi definido o novo padrão monetário internacional: o dólar ouro. O Banco Central Americano (o Federal Reserve - Board of Governors of the Federal Reserve System) garantia uma paridade fixa de 35 dólares por uma onça (31,1g) de ouro.
O dólar se consagrava como a nova moeda de reserva mundial, com livre circulação no mundo. A Conferência de Bretton Woods marcou o início da dominância econômica americana.
FIM DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Ao fim da Segunda Guerra Mundial, a Europa Ocidental deixou de ser o centro de poder no mundo. A França e a Inglaterra estavam enfraquecidas e a Itália, a Alemanha e o Japão, derrotados. Surgia uma nova fase geopolítica e econômica no mundo: os Estados Unidos e a União Soviética haviam se tornado as duas maiores potências.
Apesar de sua aliança contra a Alemanha nazista, as relações entre os dois países - mesmo durante o conflito - haviam sido frias. De fato, ao final da Segunda Guerra Mundial, as duas superpotências se encontravam em condições bastante diferentes.
Os Estados Unidos não sofreram a destruição das batalhas. O país era rico em recursos naturais e liderava a agricultura e indústria mundial. O país também detinha armas nucleares, ameaça militar poderosa contra outros países.
Já a União Soviética sofreu enormes perdas no decorrer da Segunda Guerra Mundial. Quatro anos de terríveis batalhas custaram a vida de milhões de soviéticos. Ademais, as regiões ocidentais do país foram destruídas e os soviéticos estavam determinados a proteger suas fronteiras ocidentais de futuros invasores.
Stalin usou o poder militar para estabelecer governos comunistas títeres nos países que seu exército havia ocupado: Polônia, Checoslováquia, Hungria, Romênia e Bulgária. Esses países eram conhecidos como "satélites" da União Soviética. Na Albânia e Iugoslávia, os comunistas também ganharam poder após a guerra. Todas essas nações tornaram-se parte do bloco soviético. A União Soviética estava expandindo seu território e sua influência - delineando o que seria chamado de bloco socialista.
Os EUA saíram da Segunda Guerra Mundial como potência hegemônica no mundo capitalista e estenderam seu comércio para quase todas as nações, ocupando o 1º lugar na produção mundial, enquanto a URSS surgia como potência do bloco comunista.
Ao final da Guerra, os Estados Unidos e a URSS entraram em uma disputa acirrada pela hegemonia no globo. A política de hostilidades entre os Estados Unidos e a União Soviética no pós-guerra é chamada de Guerra Fria. O termo Cortina de Ferro era usado para descrever a barreira política entre o bloco soviético e o Ocidente.
A Guerra Fria se estendeu de 1947 até o final dos anos 1980, quando ocorreu a queda do Muro de Berlim (1989), grande símbolo do bloco socialista. O Muro de Berlim (Alemanha) era um muro que separava Berlim Ocidental (capitalista) de Berlim Oriental (comunista). O Muro visava evitar a fuga de cidadãos da República Democrática da Alemanha, Oriental e comunista, para o Ocidente democrata. A derrubada do muro se tornou um símbolo da queda dos regimes comunistas.
INÍCIO DA GUERRA FRIA
Guerra Fria
Guerra Fria
O rompimento total entre as duas potências ocorreu em 1947, com o desenvolvimento da Doutrina Truman.
Em resposta às atividades da expansão soviética, o presidente norte-americano Harry Truman anunciou uma nova política internacional, chamada de Doutrina Truman. Falando ao Congresso em março de 1947, o presidente pediu o envio de ajuda militar e econômica para Grécia e Turquia. Pediu, ainda, que os Estados Unidos ajudassem qualquer país necessitando de apoio para resistir ao comunismo. A Doutrina Truman tornou-se a base política da Guerra Fria, tendo como objetivo conter a expansão comunista em outras nações do mundo.
A Doutrina Truman visava impedir o expansionismo soviético. Complementado a Doutrina Truman, em junho de 1947, o Secretário de Estado George C. Marshall anunciou um programa ambicioso para ajudar essas nações, denominado de Plano Marshall. Esse plano era uma ajuda econômica a todos os países europeus que precisavam de auxilio para sua reconstrução. O objetivo do Plano Marshall era consolidar o capitalismo e frear a influência da URSS e do comunismo.
O Plano Marshall foi oferecido a todos os países europeus, mas Stalin impediu que os satélites soviéticos aceitassem a ajuda. Em 1949, a União Soviética lançou um plano de cooperação entre os países da Cortina de Ferro, que foi chamado de Comecon (Conselho para Assistência Econômica Mútua). Mesmo assim a economia da Europa Oriental não cresceu tão rapidamente quanto a dos países da Europa Ocidental.
Guerra Fria - guerra ideológica e de expansão de áreas de influência, representando dois sistemas socioeconômicos distintos: o socialismo e o capitalismo.
MUNDO BIPOLAR
O período da Guerra Fria foi marcado em termos geopolíticos e econômicos por um domínio bipolar. De um lado o líder do capitalismo - os Estados Unidos - e de outro o líder do comunismo - a União Soviética.
As duas potências buscavam ampliar as "zonas de influência" interferindo em assuntos internos de outros países com recursos econômicos e militares.
O mundo vivia em tensão e medo de uma Terceira Guerra Mundial, mesmo sendo um tanto improvável. Ambas as potência possuíam armamentos com poderes devastadores de destruição, que causariam estragos em escala mundial e sem vencedores.
Em 1949 foi criada a OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte. Seu objetivo era defender o mundo ocidental da ameaça soviética. A OTAN era inicialmente composta pelos Estados Unidos, Canadá e vários países da Europa Ocidental como a Bélgica, França, Grécia, Holanda, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal e Reino Unido, entre outros.
Em resposta à criação da OTAN, os soviéticos instituíram o Pacto de Varsóvia - organização militar de países socialistas. Criado em 1955, o Pacto de Varsóvia era composto pela União Soviética e pelos países socialistas do Leste Europeu. O tratado estabeleceu um acordo similar ao da OTAN: compromisso de ajuda mútua entre os países membros no caso de agressão militar.
No final dos anos 50, as duas superpotências desenvolveram muito seu arsenal nuclear - criando o perigo da destruição total (que poderia ocorrer pela disputa das regiões essenciais). O perigo de destruição levou a uma busca de diminuição das tensões. Com a morte de Stalin (1953), surgiram lideranças e tendências na URSS, que passaram a pregar a não necessidade da violência para atingir-se o socialismo, ou seja, "a coexistência pacífica".
A tendência de distensão foi ameaçada no governo de John F. Kennedy (incidente da Baía dos Porcos e os mísseis soviéticos em Cuba), mas que se resolveu pelo recuo de Nikita Kruschev.
A maior aproximação deu-se nos primeiros anos da década de 70, quando Henry Kissinger (secretário de Estado norte-americano) deu início à "détente", discutindo-se pacificamente sobre os conflitos. No final de 1972, Richard Nixon tornou-se o primeiro presidente norte-americano a visitar Moscou. Durante sua visita, ele e o líder soviético Brezhnev assinaram o primeiro tratado SALT que limitava o número e tipo de mísseis que cada nação poderia ter.
O presidente Ford (que assumiu após a renúncia do presidente Nixon) e o presidente Carter continuaram com a política de détente iniciada por Nixon. Ainda assim, ações soviéticas tomadas durante a presidência de Carter fomentaram o medo norte-americano em relação à expansão soviética. Em 1979, tropas soviéticas invadiram o Afeganistão. O presidente Carter reagiu a essa invasão decretando um embargo sobre as vendas de grãos norte-americanos à União Soviética e pedindo um boicote aos Jogos Olímpicos de Moscou de 1980.
Em novembro de 1989 ocorreu a queda do Muro de Berlim, símbolo do final do comunismo e com isso o final da Guerra Fria. Com o colapso da União Soviética acabava a geopolítica do mundo bipolar. Surge então uma nova ordem mundial.

Muro de Berlim

NOVA ORDEM MUNDIAL

A queda do Muro de Berlim, que ocorreu no dia 9 de novembro de 1989, simbolizou a queda do Império Socialista liderado pela União Soviética. A queda do Muro levou à reunificação das duas Alemanhas, Ocidental e Oriental, que formaram a República Federal da Alemanha.
A queda do Muro de Berlim simbolizou o fim da Guerra Fria: o encerramento da era do mundo bipolar e o surgimento de uma nova ordem mundial.
A nova ordem mundial é o arranjo, tanto econômico como geopolítico, que caracteriza as relações entre os países dede o fim da Guerra Fria. Durante esse conflito, o mundo era basicamente dividido em dois: o Ocidente, capitalista e democrático, liderado pelos Estados Unidos, e o Oriente, socialista e ditatorial, liderado pela União Soviética. Havia uma bipolarização de poder entre essas duas superpotências e seus respectivos aliados.
Desde 1989 o mundo assistiu a uma série de acontecimentos que até então seriam quase inimagináveis: o fim da Guerra Fria de forma tão pacífica, a reunificação da Alemanha (ocorrida em 1990) e a dissolução do Pacto de Varsóvia (ocorrida em julho de 1991). Resumindo, chegava ao fim o conflito entre o Leste e o Oeste. Finalmente, em 1991, ocorreu a desagregação territorial da União Soviética. Após declarar a independência da Rússia, o presidente Boris Yeltsin reuniu-se com os chefes de Estado da Ucrânia e de Belarus, onde foi firmado o Acordo de Minsk, criando a Comunidade dos Estados Independentes (CEI) que substituiria a União Soviética. A CEI seria constituída por 12 ex-repúblicas soviéticas, mas não seria um Estado, e sim uma aliança econômica e geopolítica entre países diferentes.
Com o fim da Guerra Fria, o medo de uma terceira Guerra Mundial, guerra nuclear que poderia aniquilar toda a humanidade, foi abrandado. Com o fim da Guerra Fria, os conflitos deixaram de ter uma conotação ideológica. A guerra entre o capitalismo e o socialismo se encerrou. Porém, o mundo ainda não é um lugar seguro: conflitos regionais, campanhas de genocídio e ameaças de terrorismo internacional são uma realidade no nosso dia a dia.
Rivalidades econômicas
Durante a Guerra Fria, o poder era medido pelo poderio militar de cada país. A competição entre Estados Unidos e União Soviética era, acima de tudo, militar. A queda da União Soviética não ocorreu por motivos políticos ou militares, mas econômicos. O colapso do socialismo soviético foi o principal motivo do fim da Guerra Fria. Desde o término desse conflito bipolar, o poder de países passou a ser medido pela sua capacidade econômica: índice de competitividade, nível de produtividade, disponibilidade de capital, avanços tecnológicos etc.
Guerra Fria
Guerra Fria
Após a Guerra Fria, países como Alemanha e Japão tornaram-se potências mundiais, apesar de não serem potências militares. Ao mesmo tempo, a Rússia, com todo seu poderoso arsenal nuclear, passou por um período de grande turbulência financeira e por um processo de empobrecimento, logo após a Guerra Fria. Como consequência, o país perdeu o poder e a influência política que tinha durante a Guerra Fria. A Rússia voltou a ser considerada uma potência mundial apenas quando, sob a liderança do presidente Vladimir Putin, cresceu economicamente de forma surpreendente, tornando-se uma das economias mais importantes do mundo.
Do ponto de vista econômico, o mundo pós-Guerra Fria tornou-se multipolar. Os Estados Unidos são a maior potência econômica, mas investidores japoneses e chineses detêm uma parte significativa dos bônus do tesouro americano, emitidos para financiar a dívida pública daquele país. Isto é um claro exemplo de que as relações econômicas entre os países são interdependentes. Apesar da superioridade econômica, os Estados Unidos dependem dos países que financiam sua dívida pública e dos países com os quais mantêm relações de comércio exterior, que são fundamentais para a sustentação e crescimento de sua gigantesca economia.
A criação do Euro, a moeda única da União Europeia, é uma forma da Europa competir com os Estados Unidos economicamente. Quando foi instituído como moeda no dia 1 de janeiro de 1999, o euro se desvalorizou em relação ao dólar: 1 euro valia menos de 1 dólar. Porém, com o enfraquecimento da economia americana nos últimos anos, o euro foi se valorizando frente ao dólar. No final de 2014, o euro valia 1.25 dólares.
Euro
Euro
A nova ordem mundial é caracterizada também pela formação de blocos econômicos. Isto é, muitos países se uniram para formar blocos econômicos. O objetivo de tais blocos econômicos é o fortalecimento da economia dos países que os constituem. Estes visam a se beneficiar comercialmente e a ampliar sua influência regional. 
Em termos geopolíticos, os Estados Unidos emergiram da Guerra Fria como o único país com o status de superpotência. De fato, a capacidade bélica e a influência política dos Estados Unidos, são, atualmente, superiores a de qualquer outro país. Muitos analistas, principalmente críticos dos Estados Unidos, alegam que após a Guerra Fria, o mundo deixou de ser bipolar para se tornar unipolar, e vive sob o domínio dos Estados Unidos.
Muitos analistas políticos e econômicos acreditam que o único país que, no breve futuro, possa fazer frente aos Estados Unidos é a China. Por ser o país mais populoso do mundo, possui o maior mercado consumidor em potencial e mão de obra extremamente numerosa e barata. A China, apesar de ser um país socialista, é um dos países que mais atrai capital estrangeiro e foi a economia que mais cresceu nas últimas décadas do século XX. No período de 1990-1999, estima-se que a economia chinesa cresceu quase 11%.
Além de ser uma superpotência econômica em potencial, a China é também uma potência militar. O país, além de possuir armas nucleares, tem uma política de fortalecimento militar. O fato de Hong Kong e Macau terem sido devolvidos à China em 1997 e 1999, respectivamente, é mais uma demonstração do fortalecimento daquele país.

ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS

Após o término da Segunda Guerra Mundial, foram criadas várias organizações internacionais com o intuito de manter a paz e a estabilidade econômica mundial.
Das organizações formadas, as que mais se destacaram no cenário mundial foram as Nações Unidas, o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial. A seguir, estudaremos o propósito e relevância dessas e de outras organizações.
A Organização das Nações Unidas
Organização das Nações Unidas (ONU) foi fundada em 1945, logo após a Segunda Guerra Mundial. Substituindo a Liga das Nações, a ONU tem como principal objetivo manter a paz e a segurança internacional e obter cooperação de diferentes países para resolver problemas econômicos, sociais, humanitários e culturais pelo mundo. Alguns exemplos de agências das Nações Unidas são a UNICEF, a UNESCO e a WHO.
Atualmente, a ONU é composta por 193 países membros, que representam praticamente todas as nações do mundo. 
A Origem da Organização
A ONU foi precedida pela Liga das Nações, criada durante a Primeira Guerra Mundial (1919). A Liga das Nações também tinha o objetivo de manter a paz no mundo. Porém, ela foi incapaz de evitar a Segunda Guerra Mundial. Portanto, ela foi dissolvida e sucedida pela Organização das Nações Unidas. Os fundadores da ONU esperavam que esta nova organização fosse mais eficaz que a Liga das Nações.
O Tratado da ONU estabelecia as seguintes propostas: manter a segurança internacional, promover a colaboração entre seus países membros para solucionar problemas mundiais (por exemplo: segurança, questões socioeconômicas, culturais e humanitárias, pobreza, doenças e degradação ambiental), promover o respeito pelos direitos humanos e ajudar a construir e manter um bom relacionamento entre as nações. Porém, seu principal objetivo era o de manter a paz e evitar uma outra guerra mundial.
A ONU é constituída por países de todos os tipos e tamanhos e está aberta a qualquer nação que aceite seu tratado. Cada país tem direito a apenas um voto na Assembleia Geral da ONU, não importando seu tamanho ou poder. Porém, para assegurar que esse sistema democrático não ameace a soberania das grandes nações, a ONU concedeu aos seus cinco membros mais poderosos o direito de veto sobre ações e decisões do Conselho de Segurança. Esses cinco países são membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.
O Conselho de Segurança da ONU é constituído por 15 países. Cinco são membros permanentes e 10 são temporários, eleitos para um período de dois anos. Inicialmente, estes cinco países eram Estados Unidos, Reino Unido, França, União Soviética e China. Em 1991, após o desmembramento da União Soviética, a Rússia veio a substituí-la.
O Conselho de Segurança visa a manter a paz e a segurança internacional. Cada um dos 15 membros tem direito a um voto. Contudo, qualquer um dos cinco membros permanentes pode vetar qualquer resolução.
De acordo com o tratado da ONU, todos os membros são obrigados a seguir as resoluções do Conselho de Segurança. Não obstante, a realidade é que muitos membros não as seguem.
O Conselho de Segurança pode autorizar o uso de força militar para manter a paz e a segurança internacional.
Fundo Monetário Internacional - FMI
À medida que a Segunda Grande Guerra chegava ao fim, os líderes aliados decidiram tomar medidas para estabilizar as relações financeiras internacionais. Na conferência de Bretton Woods, ocorrida em julho de 1944, o FMI foi fundado. Nesta conferência, representantes de 45 países concordaram em estabelecer um sistema de cooperação econômica, que foi desenvolvido para evitar a repetição das desastrosas políticas econômicas que contribuíram para a ocorrência da Grande Depressão na década de 30.
Fundado junto com o Banco Mundial (BIRD), o FMI foi criado para promover a cooperação e a estabilidade econômica internacionalestimular o crescimento econômico e fornecer assistência financeira temporária para países em crises.
O Fundo Monetário Internacional é uma organização composta atualmente por 189 países membros. O FMI empresta dinheiro aos países membros quando estes se encontram em crises financeiras. O FMI também desenvolve pacotes econômicos que devem ser implementados pelos países que tomam empréstimos do Fundo. Esses pacotes frequentemente impõem a reestruturação do sistema fiscal e a contenção de gastos públicos do país que recorreu ao Fundo.
As propostas básicas do FMI não mudaram muito desde a época de sua criação, mas a economia mundial progrediu drasticamente. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo tornou-se altamente globalizado; hoje em dia, o comercio exterior representa uma parte significante da economia de muitos países. O Fundo Monetário Internacional tem sido obrigado a rever muitos de seus conceitos econômicos que provaram ser um fracasso em países como a Argentina. Porém, apesar de ter cometido graves erros no passado, o FMI ainda é de ajuda fundamental para países em desenvolvimento que precisam de empréstimos e da reestruturação de sua dívida externa.
O dinheiro do FMI é utilizado para amenizar os problemas imediatos de liquidez na economia de um país e para evitar que o país não possa pagar parcelas de sua dívida externa e caia em moratória. O FMI também empresta dinheiro para ajudar a manter a taxa cambial de um país em crise.
Banco Mundial
Banco Mundial, ou o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), foi criado em 1944, junto com o FMI, após a Segunda Guerra. O objetivo do banco era de planejar a estabilidade da economia mundial, pois ao final da Guerra, uma forte crise financeira gerava instabilidade em várias economias, prejudicando o comércio internacional e o bem estar de populações.
O Banco Mundial promove o desenvolvimento econômico de países subdesenvolvidos. O Banco financia projetos de infraestrutura, promovendo assim o desenvolvimento econômico. Projetos financiados pelo Banco Mundial incluem a construção de estradas, a melhora no abastecimento de água, construção de hospitais, etc.
O Banco Mundial trabalha junto com o FMI - um organismo complementa o trabalho do outro. Enquanto o FMI empresta dinheiro para resolver problemas imediatos de um país, o Banco Mundial empresta dinheiro para ser investido em Saúde, Educação, Infraestrutura e em outras necessidades básicas de uma nação, com taxa de juros inferior ao do FMI e com prazos de até 30 anos. Já os empréstimos do FMI limitam-se a um prazo de 5 anos.
O Banco Mundial financia vários empreendimentos no Brasil.
Outras Instituições:
Bancos Regionais de Desenvolvimento: Os continentes da Ásia, África e América do Sul, que são constituídos por vários países em desenvolvimento, têm seu banco regional de desenvolvimento.
OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte)
Depois do bloqueio de Berlim pela União Soviética e da ascensão de socialistas no poder na Checoslováquia, os Estados Unidos e as nações da Europa Ocidental passaram a temer uma possível invasão soviética. Esse temor foi agravado pela vitória da revolução comunista na China e, pouco depois, pela Guerra da Coreia. Estrategistas do campo capitalista resolveram implantar um sistema de pactos e alianças em escala mundial para prevenir a disseminação da “ameaça comunista”. Com este objetivo foi criada uma força multinacional europeia, que se materializou, em 1949, com a formação da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Esta organização militar é composta pela Bélgica, o Canadá, a Dinamarca, a Espanha, os Estados Unidos da América (desde sempre o país mais influente na OTAN, política e militarmente, e o principal financiador das atividades da organização), a França, a Grécia, a Holanda, a Islândia, a Itália, o Luxemburgo, a Noruega, Portugal, o Reino Unido, a Turquia e a Alemanha (antes da reunificação alemã, a República Federal da Alemanha – Alemanha Ocidental).  Em 1990, a recém-unificada Alemanha substituiu a Alemanha Ocidental como membro dessa aliança.
Em 12 de março de 1999, a Hungria, a Polônia e a República Tcheca tornaram-se membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte. Desde julho de 1997, essas três nações haviam sido convidadas a ingressar na OTAN. Elas foram os primeiros países provenientes do Pacto de Varsóvia a se incorporarem à aliança militar ocidental. Outros passaram a integrar a aliança posteriormente.
Desde 2004, os novos membros da OTAN são: Bulgária, Estônia, Letônia, Lituânia, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, Albânia, Croácia e Montenegro.
PACTO DE VARSÓVIA
Em resposta à criação da OTAN, foi formado o Pacto de Varsóvia – uma organização militar de países socialistas. O Pacto de Varsóvia foi uma aliança militar, criada em 14 de maio de 1955, pela União Soviética e pelos países socialistas do Leste Europeu. O tratado foi firmado em Varsóvia, capital da Polônia. Estabeleceu um acordo similar ao da OTAN: um compromisso de ajuda mútua entre seus países membros no caso de agressão militar.
Os países que firmaram o Pacto de Varsóvia foram aqueles em que, após a Segunda Guerra Mundial e devido à influência direta da União Soviética, foram instituídos governos socialistas. O Pacto de Varsóvia incluiu a União Soviética, a Alemanha Oriental, a Bulgária, a Hungria, a Polônia, a Checoslováquia, a Romênia e a Albânia. Esta se retirou em 1968. A União Soviética liderava o Pacto de Varsóvia, como os Estados Unidos lideravam a OTAN. A Iugoslávia, por oposição de seu líder, Marechal Tito, se recusou a ingressar no Pacto de Varsóvia.
O Pacto de Varsóvia não chegou a enfrentar, de forma aberta, a OTAN. As principais ações dessa organização de países socialistas ocorreram dentro dos próprios países membros: revoltas internas foram esmagadas. Em 1956, tropas do Pacto reprimiram manifestações populares que ocorreram na Polônia e na Hungria. Em 1968, as tropas do Pacto de Varsóvia reprimiram, na Checoslováquia, a Primavera de Praga: um movimento liderado por intelectuais do Partido Comunista Tchecoslovaco que desejavam promover grandes mudanças na estrutura política, social e econômica do país.
No final da década de 1980, devido às mudanças geopolíticas ocorridas na Europa Oriental, à queda de governos socialistas, ao fim do Muro de Berlim e, principalmente, à crise na União Soviética e fim da Guerra Fria, o Pacto de Varsóvia foi extinto em 31 de março de 1991.
Seis anos mais tarde, a OTAN convidou ex-membros do Pacto de Varsóvia – a República Tcheca, a Hungria e a Polônia – a ingressarem na organização. Isso demonstrou uma mudança drástica na realidade geopolítica da Europa na era pós-Guerra Fria.

GLOBALIZAÇÃO

Globalização
O capitalismo conhece hoje uma nova etapa de seu desenvolvimento. Inicialmente, mercantil; depois, industrial livre concorrencial; no século XIX, oligopolista e imperialista; em meados do século XX, monopolista de estado e, atualmente, globalizado, neoliberal, informatizado e pós-industrial.
globalização consiste em uma maior integração entre os mercados produtores e consumidores de diversos países. Tal integração causa uma interdependência política e econômica entre os países. As decisões em um país podem afetar a economia de outros. Atualmente, a globalização não é apenaseconômica, mas também cultural
Há uma crescente internacionalização da produção industrial, dos serviços, das redes de comunicação e do sistema financeiro. O processo de globalização cultural e econômica é facilitado pela aceleração dos meios de transportes e de comunicação. Com a globalização, há uma maior circulação de bens, capitais e informação.
Produtos produzidos em diversos países conhecem uma ampla e rápida circulação mundial. Hoje, as empresas transnacionais produzem bens similares em diversos países: automóveis, calçados, eletrodomésticos e vestuário são praticamente idênticos independentemente de onde são produzidos. Essa mundialização econômica gera a padronização da tecnologia e dos métodos administrativos.
O processo de globalização é um fenômeno inerente aos fundamentos e à lógica do capitalismo: a permanente expansão em busca de mercados consumidores, de áreas fornecedoras de matérias - primas e regiões destinadas a aplicações financeiras.
Globalização do Sistema Financeiro
A globalização aumentou a interligação e a interdependência econômica e financeira entre os países. O sistema financeiro já se encontra, de fato, totalmente "mundializado". As aplicações financeiras, por exemplo, graças aos rápidos sistemas de comunicação existentes, são transferidas, entre as principais bolsas mundiais, em questão de segundos. A rapidez e integração trazem tanto benefícios como malefícios.
Alguns dos benefícios são: maior acesso a capital, dando a países e empresas maior facilidade de financiamento; maior eficiência em investimentos, dando a governos, empresas e indivíduos a possibilidade de investir em lugares mais lucrativos e com mais oportunidades; e a disponibilidade de maiores recursos e instrumentos financeiros.
Contudo, o sistema financeiro globalizado torna as economias mais vulneráveis. A rapidez das transferências financeiras em escala mundial cria para os países pobres o problema dos capitais voláteis, ou seja, necessitando de recursos cambiais para garantir suas moedas, os governos das nações subdesenvolvidas, além de obrigados a oferecer ao investidor externo altas taxas de juros - sacrificando o poder de compra de seus cidadãos - correm o risco permanente de "fuga" de investimentos. Ademais, tais investimentos são sempre improdutivos, pois não geram riquezas, consistindo em capitais estritamente especulativos.
Ao mesmo tempo, eventos em países distantes podem ter um grande impacto na economia de um país. Os países não podem simplesmente ignorar os problemas financeiros de outros países, pois, cedo ou tarde, eles também podem ser atingidos. Exemplificando: avanços tecnológicos no Japão afetam trabalhadores nos Estados Unidos; um aumento na produção têxtil da China afeta a indústria têxtil no Brasil; um conflito no Oriente Médio pode aumentar o preço do petróleo e prejudicar as economias de países que o importam.
Em 1997, houve a crise dos Tigres Asiáticos e, em 1998, houve uma crise financeira na Rússia. Graças a tais crises, muitos investidores perderam a confiança na economia de países emergentes, como o Brasil, o México e a Argentina. Consequentemente, passaram a investir menos dinheiro em tais países, afetando sua economia de forma significativa.
A Globalização do Comércio
A cada dia que passa, o comércio exterior torna-se mais globalizado. Produtos produzidos em diversos países conhecem uma ampla e rápida circulação mundial, apesar de cotas de importação e restrições protecionistas ainda prevalecentes.
No mundo globalizado de hoje, a economia de um país depende significativamente de acordos internacionais de comércio, de políticas de câmbio e da saúde econômica de outros países.
A globalização traz uma maior padronização de produtos, causando um consumo de produtos idênticos ou similares pelo mundo. O exemplo mais icônico é do IPhone – que pode ser visto nas ruas da China, do Brasil, dos Estados Unidos e em grande parte do mundo.
Há, contudo, uma contradição no atual mundo globalizado: por um lado, a facilidade na circulação de bens, produtos e capitais; por outro, uma rigorosa restrição à circulação de pessoas. Os países mais ricos e desenvolvidos estabelecem barreiras migratórias que não permitem fluxos migratórios de países mais pobres.
A Globalização da Cultura
Houve também a globalização da informação. Isto é, os meios de comunicação possibilitam a interatividade com o mundo e entre indivíduos e facilitam o acesso à informação.
O avanço dos meios de comunicação criou um mundo mais globalizado, conectado por redes e fluxos de informação. A enorme circulação de ideias e informações impacta o Brasil e o mundo. O conhecimento e a informação chegam através da tecnologia. Lemos as últimas notícias em Smartphones, falamos e vemos alguém do outro lado do mundo via Skype, vemos fotos via Instagram, nos comunicamos via mensagens de texto (e-mails), what’s app e diversos outros recursos. O mundo se tornou menor. 
A comunicação globalizada cria uma cultura mundial. Os mesmos programas podem ser vistos no mundo inteiro, notícias podem ser obtidas de canais como a CNN, padronizando as informações recebidas. Programas de televisão, filmes e competições esportivas são acompanhados pela imensa maioria dos cidadãos do planeta, cujos hábitos de consumo e valores estéticos são cada vez mais semelhantes.
A circulação de ideias e informações também gera novos comportamentos, um desejo por maior liberdade e a universalização de valores democráticos.
Ocorre também uma uniformização de hábitos de consumo junto com o contato entre diferentes culturas. Assim, o mundo se torna cada dia mais globalizado. 
O maior símbolo de hábitos globalizados talvez seja o McDonald’s. Essa rede de comida fast food, que possui 33,000 estabelecimentos, está presente em seis continentes e em aproximadamente 120 países.
A Globalização e as Relações Exteriores
O mundo, hoje, está organizado sobre novas bases. Antigamente, as relações internacionais tinham como agentes os Estados Nacionais, que defendiam os seus interesses, por vezes ideológicos, como ocorreu durante o período da "Guerra Fria", quando o capitalismo enfrentou o socialismo. Na ocasião, o grande temor mundial era a eventual eclosão da guerra nuclear. Atualmente, são mais relevantes as questões do desenvolvimento econômico e da cooperação econômica mundial. O mundo se tornou interdependente e a globalização exige uma maior cooperação internacional.  
A redefinição das relações políticas, econômicas e culturais entre os países causou uma mudança tanto no papel como no significado das fronteiras nacionais. A globalização enfraquece o poder do estado. Os defensores da globalização alegam que tal fenômeno promove a paz de forma direta – reduz o risco de conflitos militares – e de forma indireta – promove a prosperidade e a democracia.
A globalização pode enfraquecer certos Estados nacionais, pois os compele a competir no mercado mundial. Ao mesmo tempo, a integração de mercados ajuda a conter guerras e conflitos internacionais. Se um país é dependente da economia de outros, hesitará em iniciar um conflito militar e arriscar se isolar economicamente.
Vale ressaltar, porém, que alguns países, como Cuba e Coreia do Norte, estão fechados para o comércio exterior e, portanto, não fazem parte do mundo globalizado.
Urias Rocha®
Professor Urias Rocha
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