REGIÕES DO BRASIL
República Federativa do Brasil
Forma de Governo: República
Sistema de Governo: Presidencialismo
Forma de Estado: Federalismo
Regime Político: Democracia
Capital: Brasília
Idioma Oficial: Português
Moeda: Real (R$)
Ordenamento: Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
Sistema de Governo: Presidencialismo
Forma de Estado: Federalismo
Regime Político: Democracia
Capital: Brasília
Idioma Oficial: Português
Moeda: Real (R$)
Ordenamento: Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
Geografia do Brasil
Área territorial: 8.514.876,599 km²
Extensão litorânea: 7.491 km
Fronteira terrestre: 15.621 km (10 países)
Extensão por países: Argentina (1.244 km), Bolívia (3.338 km), Colômbia (1.532 km),Guiana (1.731 km), Guiana Francesa (1.664 km), Paraguai (1.311 km), Peru (2.241 km), Suriname (438 km), Uruguai (1.044 km) e Venezuela (2.078 km)
Localização geográfica: Hemisfério Sul – América do Sul
Coordenadas geográficas: 10°00'S, 55°00'W
Pico mais alto: Pico da Neblina (Amazonas) -2.993,8 metros
Clima: Predominantemente tropical
Divisão administrativa: 26 estados e um Distrito Federal
Número de municípios: 5.565
Fonte: IBGE - 2011
Extensão litorânea: 7.491 km
Fronteira terrestre: 15.621 km (10 países)
Extensão por países: Argentina (1.244 km), Bolívia (3.338 km), Colômbia (1.532 km),Guiana (1.731 km), Guiana Francesa (1.664 km), Paraguai (1.311 km), Peru (2.241 km), Suriname (438 km), Uruguai (1.044 km) e Venezuela (2.078 km)
Localização geográfica: Hemisfério Sul – América do Sul
Coordenadas geográficas: 10°00'S, 55°00'W
Pico mais alto: Pico da Neblina (Amazonas) -2.993,8 metros
Clima: Predominantemente tropical
Divisão administrativa: 26 estados e um Distrito Federal
Número de municípios: 5.565
Fonte: IBGE - 2011
O Brasil é o quinto maior país do mundo em extensão territorial com 8.511.996,3 quilômetros quadrados. Porém, países maiores do que o Brasil, como Rússia, Canadá, Estados Unidos e China, possuem extensas áreas hostis à ocupação humana (desertos, grandes cadeias montanhosas, clima polar) que são as chamadas áreas ANECÚMENAS. Já o Brasil não apresenta em seu território grandes dificuldades de ocupação, sendo talvez o país com maior área ECÚMENA do globo.
PAÍSES DE MAIOR EXTENSÃO TERRITORIAL
País | Área (Km quadrados) |
1. Rússia | 17.075.400 |
2. Canadá | 9.976.137 |
3. Estados Unidos | 9.363.124 |
4. R. P. China | 9.327.600 |
5. Brasil | 8.511.996 |
6. Austrália | 7.682.300 |
7. Índia | 3.287.590 |
8. Argentina | 2.780.092 |
Brasil
Zona Tropical - 92% do território nacional
Zona Temperada ou Subtropical - 8% do território nacional
Com exceção do Chile e Equador, todos os países da América do Sul fazem fronteira com o Brasil. Entretanto, esse fato não deve ser enaltecido, já que nossas relações sociais, políticas, culturais e turísticas com os países sul-americanos são incipientes, embora todos apresentem alguns problemas internos e externos muito parecidos. A falta de integração pode ser notada, por exemplo, pela falta de rodovias e ferrovias que interligam o continente.
América do Sul
A partir da extinção da União Soviética, a divisão bipolar do planeta tornou-se multipolar. Blocos econômicos o NAFTA, a União Europeia e o Mercosul foram formados. O Mercosul é um bloco econômico da América do Sul, formado em 1995, que é constituído por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
Mercosul
A Extensão Territorial do Brasil
O Brasil possui 4.388 Km no sentido leste-oeste (serra de Contamana até a Ponta do Seixas) e 4.320Km no sentido norte-sul (Monte Caburaí até o Arroio Chuí).
A grande extensão no sentido norte-sul ocasiona uma grande diversidade climática e, no sentido leste-oeste, a existência em território nacional de três fusos horários, sendo que um deles abrange apenas as ilhas oceânicas (Fernando de Noronha, Trindade e Martim Vaz, Atol das Rocas, Penedos de São Paulo e São Pedro).
Os fusos horários são limites teóricos estabelecidos a partir dos meridianos, dividem o mundo em 24 porções de 15 cada e equivalem a uma hora. Para evitar problemas que dificultam a vida cotidiana, o comércio, a administração pública etc., estabeleceram-se limites práticos que acompanham as fronteiras estaduais.
Para eventos históricos, relações políticas internacionais, etc., considera-se a Hora Oficial do Brasil. Ela é dada pelo segundo fuso horário nacional, atrasado três horas em relação ao GMT. Este fuso foi escolhido por abranger a maior área do país, por conter a capital político-administrativa e, principalmente, por nela estarem concentrados os principais centros socioeconômicos.
Fuso | Horário | Áreas Abrangidas | Observações |
1º fuso | Atrasado duas horas de GMT | Todas as ilhas oceânicas | Abrange a menor porção de terras |
2º fuso | Atrasado três horas de GMT | Estados das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, Goiás, Distrito Federal, Tocantins, Amapá e Pará. | Representa a Hora Oficial do Brasil. É o maior fuso horário do Brasil. |
3º fuso | Atrasado quatro horas de GMT | Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Amazonas, Roraima e Acre. | É o segundo maior fuso horário do Brasil. |
A partir da promulgação da Constituição de 1988, o Brasil passou a ter 26 estados e nenhum território, além do Distrito Federal. Fernando de Noronha foi incorporado ao Estado de Pernambuco.
A divisão regional proposta pelo IBGE na década de 1950 (ver mapa) fundamentou-se em aspectos político-administrativos, coincidindo com a divisa dos estados.
DIVISÃO REGIONAL DO BRASIL
DIVISÃO REGIONAL BRASILEIRA
Divisão política e regional do território brasileiro proposta pelo IBGE
O Brasil é uma República Federativa. A partir da Constituição de 1988, o país passou a ser constituído por 26 estados e um Distrito Federal - que contém a capital, Brasília -, totalizando 27 unidades político administrativas.
Linha do Tempo: Datas e fatos relevantes à divisão política do Brasil no século XX: 1903: Criação do Território Federal do Acre. 1942: Criação do Território Federal de Fernando de Noronha. 1943: Criação dos territórios: Amapá, Rio Branco, Guaporé, Ponta Porã e Iguaçu. 1946: Extinção dos territórios federais de Ponta Porã e Iguaçu. 1956: Mudança de denominação de Território Federal do Guaporé para Território Federal de Rondônia. 1960: Inauguração da Capital Federal Brasília. 1960: Criação do Estado da Guanabara na área do antigo Distrito Federal. 1962: Elevação do Território Federal do Acre à condição de estado. 1962: Mudança da denominação do Território Federal do Rio Branco para Território Federal de Roraima. 1974: Fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro e transferência da capital estadual de Niterói para Rio de Janeiro. 1977: Criação do estado do Mato Grosso do Sul, mais uma unidade da federação. Mato Grosso do Sul foi desmembrado do estado do Mato Grosso. 1981: Elevação do Território Federal de Rondônia à condição de estado. 1988: Criação do estado do Tocantins. 1988: Elevação dos Territórios Federais de Roraima e Amapá à condição de estado. 1988: Extinção do Território Federal de Fernando de Noronha, com anexação ao estado de Pernambuco, como Distrito Estadual. |
Após a elevação do Território Federal de Rondônia à condição de estado da federação brasileira, em 1981, foram também elevados a tal condição, em 1988, os territórios do Amapá e de Roraima. A Constituição de 1988, que extinguiu o Território Federal de Fernando de Noronha, criou também o estado do Tocantins, que foi desmembrado de Goiás e considerado uma unidade federativa da região Norte.
Os estados foram classificados pelo IBGE em cinco macrorregiões:
Os estados foram classificados pelo IBGE em cinco macrorregiões:
- SUDESTE (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo)
- SUL (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul)
- CENTRO-OESTE (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal)
- NORTE (Amazonas, Pará, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá e Tocantins)
- NORDESTE (Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão e Piauí).
Essa divisão do IBGE é relevante, pois o governo a utiliza para divulgar dados estatísticos. É importante ressaltar, porém, que as macrorregiões não correspondem totalmente à regionalização do espaço, pois dentro delas há áreas que não apresentam as mesmas características físicas, humanas e econômicas.
A divisão do Brasil em cinco macrorregiões difere da divisão do país em regiões geoeconômicas. A divisão feita pelo IBGE em cinco macrorregiões segue os limites dos estados e é baseada na organização político-administrativa do Brasil. Já a divisão em regiões geoeconômicas procura incluir áreas com características socais e econômicas comuns, não levando em conta os limites estaduais.
Nas últimas décadas, a realidade de todo o país, inclusive de suas cinco macrorregiões, mudou muito. Houve a formação de grandes regiões metropolitanas e centros industriais, uma forte migração interna, a expansão de fronteiras agrícolas para o interior do país, um investimento em infraestrutura (transportes, comunicação e energia) e um rápido crescimento demográfico.
SUDESTE
A região Sudeste – cortada pelo Trópico de Capricórnio e onde predomina o clima tropical – compreende os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
É o centro industrial e a região mais desenvolvida do país. É caracterizada pela presença de indústrias e do mercado financeiro, pela agricultura moderna, pela presença das maiores metrópoles e pela grande circulação de capitais e mercadorias.
A concentração industrial da região ocorreu graças a vários fatores: a mineração no século 18 e a expansão da cafeicultura a partir do século 19 causaram com que o Sudeste se tornasse uma área de atração de população e capitais. Outros fatores que tornaram a região o centro industrial do Brasil foram: a criação de um mercado consumidor e financeiro; o crescimento urbano, especialmente em São Paulo e Rio de Janeiro; o desenvolvimento rodoferroviário e portuário; o fluxo imigratório estrangeiro, com técnicas de produção industrial; e os recursos naturais favoráveis - potencial hidroelétrico, reservas de ferro e manganês e solos férteis.
A agricultura da região Sudeste é moderna e integrada à indústria, concentrando a maior parte da produção agrícola de exportação do Brasil.
O Sudeste compreende também o Quadrilátero Ferrífero. Localizado no centro-sul de Minas Gerais, é responsável pela maior produção brasileira de minério de ferro e manganês. Uma zona siderúrgica e metalúrgica se desenvolveu centralizada em Belo Horizonte, que aproveita o minério de ferro e o manganês do Quadrilátero Ferrífero.
São Paulo é o centro financeiro do Brasil, sede da maior bolsa de valores do país e de muitos bancos públicos e privados.
Por ser um polo de atração populacional, o Sudeste vivencia um crescimento acelerado de suas cidades, mas não há um acompanhamento de desenvolvimento de sua infraestrutura. Consequentemente, serviços básicos como saneamento, moradia, educação, saúde e transporte não estão estruturados para suprir as necessidades de todos seus habitantes. Isso gera graves problemas nas cidades.
A precariedade do sistema de transportes faz com que a população de baixa renda prefira morar em favelas ou loteamentos clandestinos e não na periferia.
O desemprego e o subemprego nas grandes cidades multiplica a pobreza e agrava as tensões sociais. Durante crises econômicas, cresce o crime e as atividades ilegais.
A degradação do meio ambiente e a poluição também têm sido problemas causados pelo crescimento das cidades no Sudeste.
SUL
O Sul compreende os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Nessa região, predomina o clima subtropical, não sendo incomuns temperaturas abaixo de zero durante o inverno.
A industrialização da região Sul foi iniciada por imigrantes europeus. A partir do início do século 19, tais imigrantes desenvolveram atividades artesanais com o objetivo de prover sustento às suas famílias. Essas indústrias domésticas deram origem às indústrias de grande porte, como as têxteis, as vinícolas e as de artefatos de couro. Os imigrantes desencadearam a industrialização da região, pois a maioria delas originava de países desenvolvidos, onde eram conhecidas as técnicas de produção.
Na Região Sul, predomina a prática agrícola moderna, que é responsável por uma parcela significativa da produção agrícola brasileira. Em pequenas e médias propriedades familiares, o trabalho é realizado pelo próprio proprietário e por seus familiares.
A região é caracterizada por um grande número de cidades pequenas e médias. Em Santa Catarina destacam-se as cidades de Itajaí, Blumenau, Brusque e Joinvile. É uma área de colonização alemã. Na região predominam pequenas e médias propriedades agrícolas e pequenas e médias empresas que atuam no setor têxtil, alimentício, agroindustrial, de roupas, de calçados, e outras. Encontram-se também grandes empresas como a Sadia.
A maior concentração industrial localiza-se em Porto Alegre e Curitiba. Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, é o maior centro econômico, político e cultural da sub-região sul do Brasil. Curitiba, capital do Estado do Paraná, se tornou um polo de grande atração populacional. É uma área de grande concentração de indústrias com tecnologia avançada e de grande escala e inclui indústrias de material de transporte e de material elétrico e químico.
Outras atividades da região incluem a pecuária de corte e o cultivo de arroz, na Campanha Gaúcha, e a indústria de papel, no Paraná.
O fácil acesso aos outros membros do Mercosul também traz muitos benefícios à Região Sul.
No Sul e Sudeste do Brasil, a renda per capita é mais elevada do que no restante do país. Isso se deve ao fato de essas regiões serem as mais desenvolvidas.
CENTRO-OESTE
A região Centro-Oeste inclui os Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. A maior parte da região apresenta um clima tropical. A parte norte da região, onde começa a floresta equatorial, tem um clima mais quente.
O desenvolvimento do Centro-Oeste ocorreu primeiramente com a transferência da capital federal do Rio de Janeiro para Brasília. A construção de Brasília, iniciada na década de 1950, acelerou a ocupação da região.
Na região Centro-Oeste predomina a agricultura das grandes fazendas. As indústrias que se estabeleceram na região estão ligadas às atividades agrícolas e à pecuária. Áreas do cerrado foram transformadas em extensas áreas agrícolas, com produção moderna, que se destaca pelo cultivo de arroz, milho e soja.
O Centro-Oeste é a principal produtora de grãos do Brasil. As atividades agropecuárias da região são caracterizadas pelo uso de métodos modernos de cultivo, como a escolha de sementes e o uso de tratores e de outros equipamentos. Na pecuária de corte, é comum o uso de inseminação artificial e de vacinas para o rebanho.
O centro urbano da região é Brasília. Os institutos governamentais políticos e administrativos dominam as atividades da cidade.
Onça-Pintada
REGIÕES GEOECONÔMICAS DO BRASIL
Divisão do Brasil em complexos regionais
O planejamento governamental ocorre em nível municipal, estadual e federal.
A partir do governo de Getúlio Vargas, o governo federal passou a centralizar a arrecadação de impostos, fato agravado durante o regime militar. Esse processo de centralização de poder assumiu características marcantes após a integração econômica que ocorreu com o processo de concentração industrial no Sudeste. A região recebeu uma alocação maciça de recursos federais para criar uma infraestrutura energética e uma rede de transportes.
No final da década de 1950, as disparidades regionais criadas pela concentração espacial das atividades econômicas já era fato marcante e o governo federal passou a intervir na criação de órgãos de planejamento de desenvolvimento regional (SUDENE, SUDAM, etc.). Contudo, a via de desenvolvimento adotada por esses órgãos foi a do crescimento econômico por meio de grandes projetos que, de fato, não amenizaram significativamente as graves condições de vida da população.
PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS NO PIB (2006)
IBGE - Contas Regionais do Brasil 2006
IBGE - Contas Regionais do Brasil 2006
PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS NO PIB
Fonte: IBGE
O Brasil sofreu influências da colonização de exploração e do povoamento do país. As atividades econômicas e culturais de cada região mantêm uma forte influência histórica. Com o processo de industrialização, acelerado após 1930, a desigualdade no Brasil aumentou. Há enormes contrastes no desenvolvimento das grandes cidades do país e entre as suas regiões. O mapa acima ilustra desequilíbrios na concentração do PIB nos estados do Brasil.
O governo federal tem tomado medidas para diminuir a desigualdade por meio de programas como o Bolsa Família e o Fome Zero, que visam a ajudar dezenas de milhões de brasileiros.
Herança do Planejamento Centralizado
O objetivo da divisão regional do território brasileiro era o de facilitar o planejamento governamental, diretamente ou por meio das superintendências regionais, nas áreas de atuação do governo: saúde, educação, moradia, transportes, comunicações, energia, e lazer.
Uma das divisões regionais usada em estudos geográficos é a do Brasil em três regiões geoeconômicas: Amazônia Legal, Nordeste e Centro-Sul. Essa divisão, diferentemente da divisão do Brasil em cinco regiões, considera aspectos econômicos, mas não os limites dos estados. Por exemplo, os aspectos econômicos do norte de Minas Gerais se assemelham aos do Nordeste. Portanto, o norte de Minas, diferentemente do sul do estado, é classificado como fazendo parte da região geoeconômica do Nordeste.
As áreas geoeconômicas identificam em mais detalhes as grandes necessidades de cada região. Contudo, assim como há disparidades entre as regiões brasileiras, há também grandes contrastes dentro de cada macrorregião. É, portanto, impossível estabelecer uma política de desenvolvimento para toda uma região. Há uma profunda desigualdade social no país, com grande concentração de renda em certos estados, como ilustra o mapa acima.
Estudaremos, a seguir, a divisão regional que considera três grandes conjuntos geoeconômicos: a Amazônia, o Nordeste e o Centro-Sul.
OS TRÊS GRANDES COMPLEXOS REGIONAIS
Amazônia Legal
A região da Amazônia Legal foi delimitada em 1966 pelo Governo Federal, por meio da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), visando a criar incentivos para desenvolvê-la. A Amazônia Legal inclui os estados do Amazonas, Amapá, Pará, Acre, Roraima, Rondônia, Tocantins, Mato Grosso e parte dos estados de Maranhão e Goiás.
A região da Amazônia Legal compreende a Floresta Amazônica brasileira que, com quase cinco milhões de quilômetros quadrados, representa mais da metade do território nacional. A natureza domina a região: há enormes bacias hidrográfica e diversa fauna e flora. A Amazônia Legal também inclui o cerrado e outros ecossistemas. A natureza é um componente fundamental para o desenvolvimento dessa região.
Por ser uma região de difícil acesso – as distâncias são grandes para se chegar às principais cidades –, apresenta baixas densidades populacionais, as menores do país, apesar de o processo de povoamento ter sido intenso nas últimas décadas. Na década de 1970, o governo, com o objetivo de desenvolver essa região e integrá-la ao restante do país, criou muitos incentivos para que milhões de brasileiros passassem a habitá-la. O governo investiu em estradas, na construção de usinas hidroelétricas e em vários programas de desenvolvimento para estimular a ocupação dessa região. Sua rede urbana é composta por algumas metrópoles, pelas capitais regionais e por cidades locais dispersas.
A economia da Amazônia Legal é fundamentada no extrativismo vegetal e na lavoura. Contudo, a política brasileira da década de 1970 (o Plano de Integração Nacional – PIN) resultou em transformações na região, pois os novos focos econômicos se tornaram a agropecuária e a mineração. Grandes projetos foram implantados, tendo sido financiados parcialmente pela Sudam.
As atividades econômicas da região são, em grande parte, primárias. A derrubada de enormes trechos da floresta para abrir espaço para a pecuária se intensificou a partir da década de 1970, visando à criação de gado para exportação de carne. Áreas desmatadas se tornaram grandes propriedades de terra. Contudo, a pecuária não se desenvolveu tanto quanto se esperava. Muitas das áreas desmatadas permanecem ociosas e pertencem a multinacionais ou empresários brasileiros. Além disso, os limites das propriedades não são claros e, consequentemente, o caos fundiário não é incomum.
A expansão agrícola e o povoamento da Amazônia resultaram em danos ambientais: florestas e cerrados foram desmatados para criar espaço para áreas agrícolas. Tal desmatamento resultou em muitos problemas graves – sociais e ambientais. Além disso, os projetos agropecuários e minerais realizados na Amazônia obtiveram resultados limitados e duvidosos em termos de desenvolvimento sustentável local e regional. Para agravar a situação: em grandes plantações e áreas de garimpo, há formas de escravidão, inclusive exploração sexual.
Os projetos de desenvolvimento econômico na Amazônia foram caracterizados não apenas pelos seus impactos ambientais negativos, mas também por sua ineficácia. Há na Amazônia um ritmo acelerado de destruição: desmatamento de grandes áreas, erosão do solo, poluição e contaminação dos rios. Na Floresta Amazônica há um grande número de espécies em perigo de extinção. Isso resulta em desequilíbrios ecológicos.
Onça-Pintada
O desmatamento, causado pela pecuária, pelas fábricas de madeira e pelos incêndios, empobrece o solo, prejudica o meio ambiente e resulta na escassez de espécies de plantas. O crescimento do cultivo da soja, com a implantação de monoculturas mecanizadas, também contribui para acelerar o desmatamento da Floresta Amazônica. Se o processo de desmatamento não for impedido, haverá mudanças drásticas no ecossistema da região.
O extrativismo vegetal – a extração da borracha – é uma atividade de importância fundamental para a região, principalmente para o estado do Acre. A extração da borracha é praticada de forma rudimentar, pois não é um produto muito exportado. Entre 1870 e 1910 e, décadas mais tarde, durante a Segunda Guerra Mundial, o Brasil era um grande exportador de borracha. Contudo, após a segunda Grande Guerra, a exportação brasileira de borracha voltou a decrescer: o país não conseguia competir com o Sudeste Asiático.
A madeira e a castanha-do-pará também são produtos extrativos de alguma importância econômica para a região.
A mineração na Amazônia gera quase dois milhões de empregos. Há ferro, ouro, manganês e bauxita em abundância. Há também reservas de cobre, níquel e gás natural e existe a possibilidade de exploração de reservas de petróleo.
A Amazônia Legal inclui a Serra dos Carajás, no sul de Belém, que é rica em ferro, e a Serra Pelada, no Pará, que é rica em ouro. No Amapá, há extração de manganês na Serra do Navio. Em Rondônia, explora-se a cassiterita (minério de estanho).
A Amazônia é também sede de empresas farmacêuticas internacionais que procuram, na fauna da região, plantas de caráter medicinal para serem comercializadas. O ecossistema da Amazônia apresenta uma enorme biodiversidade, com possibilidade de grandes descobertas de remédios e alimentos. Isso atrai à região empresas de biotecnologia. O capital, tanto nacional como multinacional, tem muito interesse nos recursos naturais da Amazônia.
É importante ressaltar que a maioria das tribos indígenas do Brasil, 60%, atualmente vive na Amazônia.
Urias Rocha®
Professor Urias Rocha
Contribua com o Professor que esta sem renda laboral - Brasil - Caixa
Econômica Federal Agencia 2228 (Operação 013) Conta 00017526-6 - Pode ser qualquer valor, isso dinamizará as próximas pesquisas geográficas.
Gratidão eterna!!
Urias Rocha®
Professor Urias Rocha
Contribua com o Professor que esta sem renda laboral - Brasil - Caixa
Econômica Federal Agencia 2228 (Operação 013) Conta 00017526-6 - Pode ser qualquer valor, isso dinamizará as próximas pesquisas geográficas.
Gratidão eterna!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixem seus comentários, com responsabilidade e cidadania.