segunda-feira, 5 de novembro de 2018

MINISTÉRIO DA FAMÍLIA, O TOMA LÁ DÁ CÁ DE BOLSONARO PARA MAGNO MALTA



Magno Malta apoiou, agora cobra, e caro, a fatura. Como disse o vice, Mourão “É um camelo, é preciso arrumar um deserto para esse camelo”, disse Mourão.
Nova pasta acomodaria Desenvolvimento Social e Direitos Humanos e outros órgãos que permitiriam uma conexão forte com entidades do campo evangélico e uma atuação ligada a movimentos como o Escola Sem Partido.
O senador Magno Malta (PR), que não se reelegeu no Espírito Santo, garante ter “espaço garantido no Palácio do Planalto, ao lado do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL)”.
A novidade é que o presidente eleito tende a escolhê-lo para uma nova pasta que vem sendo chamada de “Ministério da Família”. Ela acomodaria Desenvolvimento Social e Direitos Humanos e outros órgãos que permitiriam uma conexão forte com entidades do campo evangélico e uma atuação ligada a movimentos como o Escola Sem Partido.
As igrejas evangélicas tem centenas de entidades filantrópicas que atuam com pessoas carentes e usuários de drogas. O governo Crivella, no Rio de Janeiro, já tem utilizado essas entidades para realizar seus projetos sociais. A ação tem sido criticada, mas garante ao governante o controle político-religioso dos benefícios concedidos.
Até agora, há quatro ministros confirmados por Bolsonaro: o juiz Sergio Moro (Justiça), o economista Paulo Guedes (Economia), o general Augusto Heleno (Defesa) e o astronauta Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia).

Magno Malta – aliado de Bolsonaro de longa data que saiu derrotado nas urnas em busca da reeleição – virou motivo de debate entre integrantes do grupo que sustentou a campanha. Para alguns, o senador não tem espaço no futuro governo.
Quem decidiu isso de não ser vice não fui eu sozinho, fomos nós dois. Então, eu não quero responder ninguém em jornal, quem chegou no ‘ônibus’ depois — disse Magno Malta, sem citar nominalmente o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, que, recentemente, fez duras críticas a ele.
A indicação de Magno Malta para o Ministério da Família não é, porém, tranquila. O vice-presidente eleito, general Mourão, já deu uma dura declaração à indicação.
“Ele deve estar a procura (de um ministério). É aquela história, ele desistiu de ser vice do Bolsonaro para dizer que ia ganhar a eleição para senador lá no Espírito Santo. Agora ele é um elefante que está colocado no meio da sala e tem que arrumar, né? É um camelo, é preciso arrumar um deserto para esse camelo”, disse Mourão.
Em resposta ao general, Malta atribuiu a sua derrota nas urnas ao fato de ter priorizado a campanha de Bolsonaro, após o então candidato ter sofrido um atentado no início de setembro em Juiz de Fora, Minas Gerais. O senador diz que “apenas ele” poderia assumir o papel de Bolsonaro nas ruas do Brasil, insinuando que Mourão não tinha preparo e condição de fazer isso. E que o fato de sair representando Bolsonaro em atividades públicas Brasil afora foi o que lhe levou a derrota no seu estado.
 *Informações publicadas na Revista Forum via O Globo.
Urias Rocha - Mato Grosso do Sul - Brasil

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