segunda-feira, 11 de abril de 2022

Roscosmos designa países do BRICS como parceiros 'naturais' da Rússia no domínio do espaço

 

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Em entrevista à Sputnik, o diretor da corporação russa Roscosmos, Dmitry Rogozin, disse que planeja uma reunião nos próximos meses com os chefes da Administração Espacial Nacional da China e da Organização Indiana de Pesquisa Espacial.

Ao anunciar os planos da reunião presencial, Rogozin afirmou que a Rússia "está disposta a cooperar em seus projetos, bem como realizar novos projetos conjuntos".

"O BRICS é o parceiro mais natural para nós. A China e a Índia têm um setor espacial muito desenvolvido", acrescentou o entrevistado, dizendo estar a par de seus próximos planos nesse domínio.

O diretor da Roscosmos também revelou que a melhor solução para a Rússia seria dispor de uma estação com funções militares e aplicadas em órbita terrestre e, ao mesmo tempo, participar de missões internacionais ao espaço profundo.
Presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin, conversam com auxílio de intérpretes durante encontro dos líderes do BRICS no Itamaraty, em Brasília, 14 de novembro de 2019 (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 31.03.2022
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Ele especificou que essa estação orbital, cujo projeto está sendo agora elaborando, deverá ter funções militares e aplicadas. Logo, estaria excluída uma participação estrangeira, detalhou Rogozin.
Quanto aos Estados Unidos, o diretor não descartou que, daqui a 15-20 anos, a cooperação com a América volte a ser possível:

"Pode ser que os Estados Unidos sejam diferentes daqui a 15, 20 anos. Talvez até lá tenham aprendido a filtrar o seu veneno e a conter a sua agressão em relação à Rússia e a outros países".

Por outro lado, isso permitiria provavelmente alargar o número de participantes de missões conjuntas à Lua ou a Marte, questão que, segundo Rogozin, "deveria ser resolvida em conjunto pelas principais potências espaciais".
Recentemente, a Roscosmos encaminhou cartas à NASA e às agências espaciais da UE e do Canadá exigindo a suspensão das sanções ilegítimas aplicadas à Roscosmos. Rogozin informou que, a julgar pelas respostas recebidas, os parceiros não têm intenção de suspender as restrições. Ao mesmo tempo, segundo suas palavras, relações normais só serão possíveis quando as sanções forem totalmente canceladas. A Roscosmos já reportou ao governo russo sua posição sobre o possível término da cooperação na Estação Espacial Internacional.

Urias Rocha BR - Sputinik Brasil 

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