quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

A Polícia Militar brasileira se tornou a força mais corrupta e mais letal do Brasil.



Os políticos e a própria população incumbem-se de incentivar uma série de desmandos

De fato, há registros significativos de corrupção e violência excessiva envolvendo membros de algumas corporações da PM em diferentes estados. No entanto, é importante contextualizar essas questões dentro de um cenário mais amplo.

  1. Letalidade: A Polícia Militar, responsável pelo policiamento ostensivo, está frequentemente envolvida em confrontos violentos, principalmente nas grandes cidades. Estatísticas de letalidade policial mostram que, em estados como Rio de Janeiro e São Paulo, o número de mortes em intervenções policiais é alto. Isso muitas vezes é explicado pela realidade de enfrentamento ao crime organizado, especialmente em áreas de alta vulnerabilidade social. Porém, organizações de direitos humanos têm criticado o uso excessivo da força e a impunidade em casos de abuso policial.

  2. Corrupção: Casos de corrupção também têm sido registrados, com membros da PM envolvidos em esquemas de extorsão, proteção a grupos criminosos e participação em milícias, como é o caso notório no Rio de Janeiro. Esses problemas afetam a confiança da população na instituição, embora existam esforços internos e externos para combater a corrupção e fortalecer a integridade das corporações.

  3. Reformas e Controle: Algumas iniciativas buscam reformar as corporações policiais, com ênfase em treinamento, supervisão, controle interno e fortalecimento de mecanismos de transparência. A criação de corregedorias e o fortalecimento da Ouvidoria da Polícia são exemplos de tentativas de combater a corrupção e o abuso.

Embora existam problemas sérios, é importante reconhecer que as corporações policiais são grandes e diversas, com muitos profissionais que atuam de forma ética e comprometida com a segurança pública. A resolução dessas questões passa por um debate profundo sobre a reforma das forças de segurança e uma maior responsabilização por parte do Estado.

É possível aplaudir, ainda que com cautela, o desempenho das polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, que, após um ano – um ano! –, conseguiram prender os acusados de assassinar a vereadora Marielle Franco e seu motorista? A demora é espantosa, e o caso ainda permanece aberto. Dois policiais militares aposentados foram detidos, mas o verdadeiro responsável – ou os responsáveis – pelo crime ainda precisa ser encontrado. Não é surpresa que PMs estejam envolvidos em serviços sujos como este. São eles que mais matam, compondo a força policial mais corrupta e letal do País.

Infelizmente, o sangue derramado pela violência policial no Rio corre com a mesma intensidade em outros estados. Em 2018, mais de 5 mil pessoas foram mortas por policiais. O Rio de Janeiro, no entanto, detém uma triste liderança: mais de 1,2 mil dessas mortes ocorreram ali.

Um relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública confirma a violência policial e a corrupção no Rio de Janeiro de maneira incontestável. Será porque o policial carioca ganha menos do que seus colegas de outros estados? Oficialmente, isso pode ser um fator. Mas não é a única razão. Ao longo da história, a sociedade e a polícia carioca criaram laços de cumplicidade, e hoje todos pagam o preço dessa relação perversa.

É comum ver policiais uniformizados comendo de graça em restaurantes, inclusive nos mais renomados. Eles comem, pedem um palito ao garçom e saem agradecidos. O único constrangido é o cliente que paga.

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Fica evidente que o agravamento do problema no Rio de Janeiro foi impulsionado pela chegada das drogas. Com o tráfico, o dinheiro passou a circular e se consolidou. Em resposta, os governantes recorreram ao Exército. No entanto, houve resistência inicial, pois havia o temor de que os soldados fossem corrompidos pelo "exército" de traficantes.

A recente incursão oficial no Rio é um exemplo claro disso. Durante os meses em que as tropas estiveram na cidade, pouca coisa mudou — em alguns casos, a situação até piorou. Foram realizadas operações em favelas como o Alemão, a Penha e a Maré. Contudo, após cinco dias de ações infrutíferas, tudo terminou sem sucesso, como se as operações fossem apenas "férias" que chegaram ao fim.

Nessas circunstâncias, cresce de forma sorrateira a proximidade entre soldados e traficantes, enquanto a guerra continua a produzir suas vítimas.


Por Urias Rocha BR

Jornalista - Ex Policial Militar - Ex Policial Civil - Ex Agente Penitenciario e Ex Professor


Beth Rocha

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