O pivô de um noticiário de uma estação televisiva russa estatal alertou os telespectadores para os melhores mantimentos a levar para abrigos anti-bomba durante uma possível III Guerra Mundial, numa altura em que se adensam as tensões na Síria e aumenta a preocupação sobre um possível um conflito global.
O jornalista que apresentava o noticiário da Rossiya-24news, pertencente ao Kremlin, aconselhou os cidadãos russos a adquirirem uma série de bens essenciais de sobrevivência, nomeadamente iodo para proteger o corpo da radiação proveniente de armas nucleares.
Entre vários conselhos nutricionais, tendo sempre presente o fator "tempo", Alexey Kazakov recomendou os espectadores a comprarem arroz e farinha de aveia, por poderem conservar-se, respetivamente, até oito e três a sete anos. E aconselhou-os a evitarem o trigo sarraceno, altamente consumido pelos russos, que tem um prazo de validade máximo de um ano.
"Obviamente, podem sobreviver com carne enlatada por algum tempo, até cinco anos. Peixe enlatado pode ser conservado até dois anos. Claro que será difícil viver sem leite, sem açúcar, sem sal. A tradição russa sugere que devemos comprar massa em tempos de cataclismos, sim. Mas os especialistas não recomendam levar esse produto para abrigos antiaéreos", disse, enquanto o ecrã atrás de si ia passando imagens dos alimentos que referia.
"A vida no mundo subterrâneo será particularmente difícil para os doces. Chocolates, leite condensado, tudo isso terá que ser deixado para trás", continuou, estrangando assim os planos a quem, possivelmente, estivesse a pensar recorrer aos doces para sobreviver durante uma possível tragédia.
"Sim, a glicose é uma grande fonte de energia, mas os doces causam sede, e a água tornar-se-á a fonte mais preciosa para os moradores dos abrigos antiaéreos", rematou.
Durante a emissão televisiva, Kazakov falou com um especialista, Eduard Khalilov, via Skype, que salientou a importância da água durante períodos de catarse. "Quanto mais água, melhor. Podemos sobreviver duas ou três semanas sem comida, mas dificilmente podemos sobreviver três dias sem água", afirmou, acrescentando que a água é, também, necessária para digerir a comida.
A rubrica da Rossiya-24 surge na sequência das profundas tensões vividas, por estes dias, entre a Rússia e a Síria, numa altura em que aumenta no país o receio de um novo conflito nuclear estar à porta.
E o Brasil? Como estaremos diante de um ataque nuclear? Estaremos acovardados atrás dos EUA e Israel?
Urias Rocha - Brasil
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