quinta-feira, 1 de novembro de 2018

MORO PRENDEU LULA PARA ELEGER BOLSONARO


Agora está tudo explicado. O convite ao juiz Sérgio Moro para ser o que quiser no futuro governo Bolsonaro é o reconhecimento público pelos bons serviços prestados ao candidato da extrema-direita e que foram decisivos para sua eleição. Talvez mais que as fake news impulsionadas por WhatsApp.


Moro foi seu grande cabo eleitoral não só por centrar fogo no PT desde o início da Lava Jato – se a apuração fosse imparcial as investigações na Petrobrás deveriam ter começado pelos governos do PSDB – mas por tirar das eleições o seu principal adversário.
Como se vê agora, só Lula era capaz de derrotar o capitão. Estivesse solto, a julgar pelo ritmo das pesquisas, venceria no primeiro turno, de lavada.
O empenho de Moro em prender Lula sem provas, num processo que não resiste a uma análise jurídica séria, quando liderava as pesquisas eleitorais, depois impedir a concretização do habeas corpus que o libertaria e finalmente divulgar trechos de uma delação de Antônio Palocci com acusações genéricas a Lula sem provas às vésperas do primeiro turno tinham o objetivo que somente agora ficou explícito: eleger Bolsonaro.

Muita gente achava que ele só queria destruir Lula, mas não era apenas isso: ele queria eleger, pela primeira vez na história do Brasil, um candidato que reza pela mesma cartilha política que ele, enquanto vendia ao distinto público a ideia de que era uma cruzada pela honestidade na política, pela salvação nacional, pela esperança de um novo sol raiar no horizonte.
Urias Rocha - Campo Grande - Mato Grosso do Sul - Brasil

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