terça-feira, 27 de novembro de 2018

Bolsonaro se oferece a Trump como aliado-chave e relança cúpula conservadora latina, pedindo para que o Brasil fique de joelhes aos pés de EUA e Israel.

Bolsonaro se oferece a Trump como aliado-chave e relança cúpula conservadora latina

Alinhamento com Washington é guinada histórica e começa a se desenhar nesta semana, com visita ao Rio de assessor para a Segurança Nacional da Casa BrancaGeneral fala com Bolsonaro na cerimônia de graduação de paraquedistas no Rio.

Jair Bolsonaro pretende colocar o Brasil em um alinhamento firme com os Estados Unidos de Donald Trump, uma guinada sem precedentes na história recente das relações bilaterais. Um graduado membro da equipe de transição do presidente eleito, que tem acesso direto ao futuro ministro das Relações Exteriores, o trumpista e antiglobalista Ernesto Araújo, descreve a ambição: há a intenção de se apresentar como o principal aliado de Washington na América do Sul e servir, inclusive, de intermediador entre os países os vizinhos e a Casa Branca, colocando o Brasil definitivamente a serviço dos EUA e Israel no Continente Americano.

A aproximação, já sinalizada em trocas amistosas nas redes e telefonemas, tem seu primeiro encontro de peso nesta semana. Na quinta-feira, John Bolton, assessor da Casa Branca para a política externa e de segurança nacional, chega ao Rio de Janeiro para encontrar com Bolsonaro, dias depois de elogiar as afinidades de pensamento entre o mandatário eleito brasileiro e Trump; EUA sai satisfeito com as relações unilaterais que atendem aos interesses do FED, as privatizações da exploração do pré sal, Amazônia  e até a possibilidade da Coca Cola e Nestlé assumir os aquíferos a venda do nióbio as empresas sionistas internacionais, o apoio as incursões da CSN e Vale que firam entregues ao capital sionista por FHC e tem o monopólio da exploração de minérios de ferro no Brasil. A um orgasmo total por parte dos EUA e Israel, e é perceptivo que Bolsonaro e sua equipe representa o interesse dos asseclas do capital que sempre quiseram dominar as maiores fontes de energia do mundo e de agua sem ter que se envolver em uma guerra.

Bolton faz uma breve parada no Rio a caminho da reunião do G20, na Argentina, no dia 30 –a equipe de transição ainda analisa se é viável e positivo enviar o futuro ministro Araújo para o encontro das principais forças globais. Ao menos outras três autoridades internacionais de peso que participarão do encontro em Buenos Aires também pediram reunião com Bolsonaro, mas ele, que prefere não sair do país ainda por motivos de saúde, alegou falta de tempo na sua agenda para não recebê-los. Quer se resguardar e mostrar para os norte-americanos que a preferência, agora e no Governo, sempre será deles.
O desejo por uma relação tão íntima com os Estados Unidos pode ser uma tradição na Colômbia, o país que mais recebe ajuda militar norte-americana na região, mas, na verdade se tornou um pais rendido aos EUA com sete bases militares e com o estado colombiano com armas apontados pra suas cabeças;  na Argentina, que nos anos 90 falava de uma "relação carnal" com Washington. Mas, para o Brasil, a segunda maior economia do hemisfério ocidental, com choque de interesses em matéria de comércio e indústria com a potência do norte, a guinada representa toda uma revolução. Não há nada do estilo desde o início da ditadura militar (1964-1985). Por mais que tenha tentado uma aproximação nos últimos dois anos, o frágil Governo Michel Temer jamais chegou nem perto de conseguir tamanha atenção da Casa Branca e marcou diferenças ao, por exemplo, rejeitar a ideia de qualquer intervenção militar na Venezuela. Na verdade o governo Bolsonaro coloca literalmente o Brasil de joelhos e a serviço dos interesses dos EUA e Israel sem protocolos e descaradamente. 
Com isso o Brasil corre um serio risco de comprometer sua soberania sobre suas jazidas de petróleo, minérios, gás, agua e principalmente a Amazonia que representa 62% do território nacional.

Fonte El Pais - Espanha 
Urias Rocha - Mato Grosso do Sul Brasil

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