É destaque na coluna de Mônica Bergamo, na Folha desta quarta (12), que a Corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público pode investigar procuradores e promotores que denunciaram políticos em meio ao processo eleitoral.
Segundo a jornalista, um conselheiro do CNMP enviou um memorando à Corregedoria, citando casos contra os presidenciáveis Fernando Haddad (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), além do candidato ao Senado pelo Paraná Beto Richa (PSDB), que foi alvo de ações do Ministério Público estadual e federal, na terça (11).
De acordo com Bergamo, o conselheiro do CNMP Luiz Fernando Bandeira de Mello é o autor do memorando. Ele quer que sejam analisados “o tempo decorrido entre a suposta prática dos crimes delituosos e a propositura das ações”, para saber se elas foram aceleradas para causar “eventual impacto nas eleições”.
"No pedido de averiguação, o conselheiro diz ser 'evidente' que um promotor deve ajuizar uma ação se ela, 'por acaso', estiver concluída 'à época da eleição'. 'Mas também não pode reativar um inquérito que dormiu por meses ou praticar atos em atropelo apenas com o objetivo de ganhar os holofotes durante o período eleitoral”, afirma a colunista.
Candidato oficial do PT, Haddad já denunciado 3 vezes com base na mesma causa: uma delação premiada da UTC. Ele foi representado por caixa 2 (Justiça eleitoral), por improvidade administrativa (cível) e corrupção e lavagem de dinheiro (penal).
Alckmin também teve uma delação da Odebrecht reciclada para ser denunciado por improbidade administrativa.
Beto Richa foi preso a pedido do Ministério Público do Estado, mas também é alvo e tem aliados na mira dos procuradores da República que atuam na Lava Jato.
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Por Urias Rocha®
Via GGN
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