segunda-feira, 5 de maio de 2025

CPI do INSS: Holofotes Políticos e o Tiro pela Culatra do Bolsonarismo.

CPI do INSS: Holofotes Políticos e o Tiro pela Culatra do Bolsonarismo.

*Por Urias Rocha BR*  

A recente descoberta de uma fraude bilionária no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que lesou milhares de aposentados por meio de descontos ilegais em seus benefícios, gerou uma intensa disputa narrativa entre o governo Lula e a oposição bolsonarista. Enquanto o Palácio do Planalto ressalta o combate ativo às irregularidades, a extrema-direita tenta capitalizar politicamente o caso, mesmo correndo o risco de expor seu próprio envolvimento histórico no esquema.  

A Fraude Começou no Governo Temer e Se Alastrou no Bolsonarismo**  

Investigação conjunta da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal (PF) revelou que o esquema criminoso não é recente – teve origem no governo ilegítimo de Michel Temer e se consolidou durante a gestão desastrosa de Jair Bolsonaro. Na época, o INSS foi alvo de sucateamento e má gestão, com cortes de recursos e nomeações políticas que facilitaram a ação de grupos organizados dentro do órgão.  

Agora, com a PF desbaratando a quadrilha e recuperando parte dos valores desviados, a oposição tenta, de forma desesperada, inverter o discurso e culpar o governo Lula. No entanto, a narrativa não se sustenta: foi justamente a atual gestão que priorizou a apuração e a punição dos responsáveis, com acompanhamento direto do ministro da Justiça, Flávio Dino, e da CGU.  

CPI do INSS: O Tiro pela Culatra do Bolsonarismo.  

A insistência de setores bolsonaristas em criar uma CPI para investigar o caso pode se revelar um enorme erro estratégico. Se o objetivo é atacar o governo, a oposição pode acabar expondo ainda mais as raízes do esquema, que se aprofundou justamente nos governos Temer e Bolsonaro.  

Além disso, a Polícia Federal tem atuado com eficiência, indiciando envolvidos e recuperando dinheiro desviado. Uma CPI, longe de atingir o governo Lula, pode servir para escancarar:  

1. **A omissão do governo Bolsonaro** – que nada fez para coibir o esquema, apesar das denúncias;  
2. **As nomeações políticas no INSS** – muitas delas feitas por indicação de aliados bolsonaristas;  
3. **O desmonte da máquina pública** – que facilitou a ação de fraudadores durante os últimos anos.  

Conclusão: O Governo Lula Está Limpando a Casa.

Enquanto a oposição busca holofotes políticos, a realidade é clara: o governo Lula não criou o problema, mas está resolvendo. A PF e a CGU agem com transparência, e uma eventual CPI só trará mais provas de que a corrupção no INSS foi um legado do temerismo e do bolsonarismo.  

Se o objetivo da extrema-direita era criar uma cortina de fumaça, a estratégia pode sair pela culatra. Quanto mais se investigar, mais claro ficará que o verdadeiro combate à fraude começou apenas em 2023 – depois de anos de negligência e conivência.  

"O bolsonarismo, ao insistir nessa CPI, pode estar cavando sua própria cova." Urias Rocha BR 

Lula embarca para compromissos diplomáticos na Rússia e na China. Por Urias Rocha BR


Lula embarca para compromissos diplomáticos na Rússia e na China

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia nesta semana uma nova rodada de viagens internacionais com agendas importantes na Rússia e na China.

Primeira parada: Rússia

Lula desembarca em Moscou entre os dias 8 e 10 de maio, atendendo a um convite oficial do presidente Vladimir Putin. O principal compromisso será sua participação nas celebrações pelos **80 anos da vitória soviética sobre a Alemanha nazista**, na Segunda Guerra Mundial.
O evento, marcado para o dia **9 de maio**, é a principal comemoração do calendário russo e contará com um grande **desfile cívico-militar** na capital.

Durante sua estadia, Lula e Putin devem realizar uma **reunião bilateral** para discutir temas estratégicos da relação Brasil-Rússia.

Segunda etapa: China

Após a visita à Rússia, o presidente brasileiro seguirá para a **China**, onde cumpre compromissos nos dias **12 e 13 de maio**. A viagem acontece no contexto da **Cúpula China-Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos)**, que busca fortalecer a cooperação entre a Ásia e a América Latina.

Um dos pontos centrais da agenda será o encontro entre **Lula e o presidente chinês Xi Jinping**, em um momento marcado por crescentes **tensões econômicas entre China e Estados Unidos**. A disputa comercial, que se agravou desde o governo Trump, continua a gerar incertezas nos mercados globais e preocupação com uma possível desaceleração econômica mundial.


Reencontro com Xi Jinping

Esta será a **segunda visita oficial de Lula à China** em seu atual mandato. A primeira ocorreu em abril de 2023. Xi Jinping retribuiu a visita em novembro do mesmo ano, após a **Cúpula do G20 no Brasil**. Os dois líderes também estiveram juntos na **reunião dos BRICS** na África do Sul, em 2023.

Por Urias Rocha BR 

quarta-feira, 30 de abril de 2025

A Operação Lava Jato: Uma Análise Crítica de Seus Vícios e Assimetrias Jurídicas. Por Urias Rocha BR

 A Operação Lava Jato: Uma Análise Crítica de Seus Vícios e Assimetrias Jurídicas

A Operação Lava Jato, que culminou na recente prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello em abril de 2025 , representa um dos capítulos mais controversos da história jurídica e política brasileira. Esta análise examina por que algumas condenações como a de Collor permaneceram válidas enquanto outras foram anuladas, e por que a Lava Jato é considerada um "vício" no sistema jurídico que não foi totalmente invalidado.

O Caso Collor: Por que a Condenação Permaneceu

Fernando Collor foi preso em 25 de abril de 2025 para cumprir pena de 8 anos e 10 meses por corrupção e lavagem de dinheiro, condenação relacionada a supostos recebimentos de R$ 20 milhões em propinas entre 2010 e 2014 quando era senador por Alagoas . Ao contrário de outros casos da Lava Jato que foram anulados, o processo contra Collor apresentou três diferenças fundamentais:

1. **Local de julgamento**: Enquanto muitos casos foram julgados na 13ª Vara Federal de Curitiba sob Sergio Moro, o processo de Collor foi conduzido desde o início pelo STF devido ao seu foro privilegiado como senador . O STF considerou que a 13ª Vara não era o "juiz natural" para julgar casos sem conexão direta com a Petrobras em Curitiba, problema que não afetou o caso Collor.

2. **Parcialidade judicial**: O STF determinou que Moro agiu com parcialidade em casos como o de Lula, anulando as condenações. Collor nunca foi julgado por Moro ou pela força-tarefa do Paraná .

3. **Origem das provas**: A condenação de Collor não se baseou nas polêmicas planilhas do sistema Drousys da Odebrecht - que o STF considerou contaminadas - mas em delações, e-mails, documentos e registros financeiros considerados mais robustos pela corte .

Por que a Lava Jato é Considerada um "Vício" Jurídico

A operação é criticada por diversos vícios que comprometeram sua legitimidade:

1. **Violação do juiz natural**: A 13ª Vara de Curitiba assumiu casos sem competência territorial adequada, usando o argumento frágil de "conexão probatória" para centralizar processos de todo o país . Essa estratégia foi seletiva - quando havia foro privilegiado, os casos não eram "conectados" para evitar que fossem para instâncias superiores .

2. **Colusão entre acusação e julgamento**: As mensagens vazadas revelaram coordenação inapropriada entre procuradores e o então juiz Sergio Moro, ferindo a imparcialidade judicial .

3. **Uso questionável de delações premiadas**: Criou-se um sistema onde delatores eram incentivados a ampliar acusações, muitas vezes sem provas materiais, para obter benefícios . O STF posteriormente considerou muitas dessas provas contaminadas .

4. **Efeito midiático-espetaculoso**: A operação usou táticas de espetacularização (como conduções coercitivas televisadas) para construir narrativas públicas antes da condenação judicial .

## Por que a Lava Jato não foi Totalmente Anulada

Apesar desses vícios, a operação não foi invalidada em sua totalidade porque:

1. **Casos heterogêneos**: Cada processo tinha particularidades. Alguns, como o de Collor, foram considerados mais sólidos por não compartilharem dos mesmos vícios que levaram à anulação de outros .

2. **Preservação de provas válidas**: O STF fez distinção entre provas contaminadas (como as da Odebrecht) e outras consideradas legítimas .

3. **Soberania das instâncias**: Decisões já transitadas em julgado antes das anulações mantiveram-se válidas, e o STF evitou uma anulação geral que poderia ser vista como interferência excessiva .

4. **Complexidade política**: Uma invalidação total teria implicações políticas profundas, incluindo a possível liberação de réus considerados culpados por crimes comprovados independentemente dos vícios processuais .

 Conclusão

A Lava Jato representou uma mistura complexa de combate legítimo à corrupção com vícios processuais graves. Enquanto casos como o de Collor sobreviveram por estarem menos contaminados por esses vícios, a operação como um todo deixou um legado ambíguo - trouxe à tona esquemas de corrupção, mas também expôs fragilidades institucionais e abusos no sistema de justiça. O fato de não ter sido totalmente invalidada reflete tanto a complexidade jurídica quanto as realidades políticas do Brasil pós-operacao .

Por Urias Rocha 

terça-feira, 29 de abril de 2025

A verdadeira bandeira do Brasil esta asteada no estado de Minas Gerais que abraçou com honra nosso verdadeiro símbolo de pátria. Por Urias Rocha BR

ESTA SIM É A VERDADEIRA BANDEIRA DO BRASIL!

A bandeira de Minas Gerais carrega em si um símbolo profundo da luta por liberdade, independência e soberania nacional. Seu triângulo vermelho representa o sangue dos mártires da Inconfidência Mineira e remete ao Pau-Brasil — árvore símbolo do país e origem de seu nome.

Ao contrário da atual bandeira nacional, que traz o verde da Casa Real de Bragança (Dom Pedro I) e o amarelo da Casa dos Habsburgo (família de Dona Leopoldina), cores escolhidas por D. Pedro de Orleans e Bragança para representar a monarquia nascente, a bandeira mineira nasce do clamor dos libertadores. Ela expressa a verdadeira essência da independência popular, aquela que foi sufocada antes mesmo de se realizar plenamente.

O lema "Libertas quæ sera tamen", em latim, significa "Liberdade, ainda que tardia". Esta frase, adotada pelos inconfidentes no século XVIII, reflete o desejo de um Brasil livre, justo e republicano — uma visão que antecedeu a Proclamação da República em quase um século. Na nova ortografia da língua portuguesa, seria legítimo adaptar-se a grafia para refletir o uso moderno, sem, contudo, apagar seu valor histórico.

Minas Gerais, portanto, não apenas guarda as memórias dos primeiros heróis nacionais, como também ergue a bandeira que deveria representar toda a nação brasileira: a bandeira da coragem, da justiça e da liberdade.

O estado de Minas Gerais assumiu a condecoração de nosso símbolo maior. A República Federativa do Brasil, em sua honra e história, tem na bandeira de Minas Gerais o reflexo mais puro de seus ideais fundadores.

Urias Rocha BR
Professor eMembro da ADESG

VERMELHA, A AMARELA E A POLÊMICA DAS CORES QUE DIVIDEM O BRASIL. Por Urias Rocha BR

**A VERMELHA, A AMARELA E A POLÊMICA DAS CORES QUE DIVIDEM O BRASIL**  

**Por Urias Rocha BR**  
*Jornalista Investigativo | Membro da ADESG*  

*As Cores Não Definem Caráter, Mas o Contexto Pode Manchar um Símbolo**  

Há quem diga que vestir amarelo, verde, azul ou vermelho não deveria importar. Afinal, **cores não carregam ideologia** – são apenas matizes, pigmentos, pedaços de tecido costurados. Mas no Brasil de 2024, a realidade é mais complexa. A seleção brasileira, por décadas sinônimo de união sob o manto verde-amarelo, hoje divide opiniões. Não por culpa do futebol, mas porque **a bandeira foi sequestrada por um projeto político que envergonha milhões de brasileiros**.  

*O Mito do "Uniforme Mágico"*

Alguns torcedores tradicionais reclamam: *"O uniforme vermelho não tem tradição, não representa o Brasil!"*. Mas será que a cor da camisa realmente influencia o desempenho em campo? Se fosse assim, a Itália jamais perderia de azul, a Argentina jamais seria derrotada de listras celestes, e o Brasil seria imbatível de amarelo – o que, como sabemos, **não é verdade**.  

O futebol se joga com técnica, tática e mentalidade – não com superstição cromática. Se a seleção brasileira jogar mal, será por falhas esportivas, **não porque trocou o amarelo pelo vermelho**.  

*Por Que Muitos Brasileiros Têm Vergonha do Verde-Amarelo?*

O problema não está na cor em si, mas no que ela **passou a significar nos últimos anos**.  

- Quem nunca viu **grupos extremistas** usando a camisa da seleção como uniforme ideológico?  
- Quem não se lembra de **manifestações antidemocráticas** onde o verde-amarelo era mais presente que o próprio bom senso?  
- Quantos torcedores deixaram de comprar a camisa tradicional **para não serem confundidos com terraplanistas, negacionistas ou golpistas**?  

Esse é **o meu caso**. Eu, Urias Rocha, orgulhoso brasileiro, **não tenho coragem de vestir o amarelo hoje**. Não por não amar meu país, mas porque **não quero ser associado a um movimento que deturpou nossas cores**. Já a vermelha? Com certeza eu usaria.  

*A Visão de Mercado da Nice: Entendendo a Mudança**  

A Nice, nova patrocinadora da CBF, injetou **milhões de dólares** no futebol brasileiro. E ela não está errada em diversificar os uniformes. Se uma parcela significativa da população se identifica mais com o vermelho, **por que não oferecer a opção?**  

Isso não é "desrespeito à tradição" – é **marketing inteligente**. A Alemanha joga de branco ou preto. A Holanda tem seu laranja icônico. A França alterna entre azul e branco. O Brasil pode (e deve) explorar seu lado vermelho sem trair sua história.  

*Conclusão: Resgatando o Significado das Cores* 

O verde-amarelo **sempre será nosso**, mas, no momento, está contaminado por uma narrativa tóxica. Enquanto não resgatarmos o verdadeiro significado da bandeira – **união, diversidade e orgulho de ser brasileiro, sem extremismos** –, o vermelho será uma alternativa legítima.  

E, no fim das contas, o que importa mesmo é: **que o Brasil vença – seja de amarelo, vermelho ou até rosa choque.**  

**Urias Rocha BR**  
*Jornalista Investigativo | Membro da ADESG*  
*Torcedor da Seleção – independente da cor.*  


P.S. O futebol deveria nos unir, não dividir. Enquanto discutimos cores, outros países avançam no esporte. Será que não estamos perdendo tempo?

segunda-feira, 21 de abril de 2025

LUTO : Morre o Mito do catolicismo, símbolo da humildade deixa seu legado. PAPA FRANCISCO seu pontificado fica plantado na História da humanidade. Por Urias Rocha BR

Papa Francisco: Um Legado de Humildade, Igualdade e Justiça


Por Urias Rocha BR - Jornalista Independente e Membro da ADESG

Desde sua eleição em 13 de março de 2013, Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, tem marcado a história da Igreja Católica e do mundo com uma liderança profundamente enraizada nos princípios do verdadeiro Evangelho. Com humildade inabalável, um olhar voltado para os mais pobres e uma voz firme em defesa da justiça social, Francisco não apenas resgatou a essência do cristianismo, como também tornou-se um dos maiores líderes morais da atualidade.

Francisco foi o primeiro papa jesuíta e também o primeiro latino-americano a ocupar o trono de Pedro. Escolhendo o nome de Francisco, inspirado por São Francisco de Assis, ele desde o início deixou claro que sua missão seria voltada à paz, à simplicidade e à solidariedade com os mais necessitados. Mais do que palavras, sua vida e ações refletem uma espiritualidade genuína, centrada na compaixão e no amor ao próximo.

Um dos traços mais marcantes de seu pontificado é a humildade. Rejeitando muitos dos símbolos de poder e opulência tradicionalmente associados ao papado, Papa Francisco optou por viver de maneira simples, hospedando-se na Casa Santa Marta em vez dos luxuosos aposentos papais. Sua postura acessível, seu sorriso sereno e suas visitas constantes a comunidades carentes, presídios e zonas de guerra revelam um pastor que caminha junto com seu rebanho.

Ao longo de sua jornada, Francisco também tem sido uma voz corajosa em prol da igualdade. Ele clama por uma Igreja aberta, acolhedora e sem muros, que abrace os marginalizados: migrantes, refugiados, indígenas, mulheres, pessoas em situação de rua e todas as vítimas de exclusão. Seu discurso ultrapassa fronteiras religiosas, construindo pontes entre culturas, credos e povos.

Sua atuação em favor da justiça social tem sido igualmente firme. O Papa não hesita em denunciar os males do sistema econômico que "mata", como afirmou em sua encíclica Evangelii Gaudium. Ele convoca os líderes mundiais à responsabilidade com o meio ambiente, aos cuidados com a criação e à defesa da dignidade humana. Sua encíclica Laudato Si’ é um marco na defesa do planeta e um apelo urgente à conversão ecológica.

Mas talvez o maior legado de Papa Francisco seja sua insistência em pregar o verdadeiro Evangelho. Um Evangelho que não se limita a liturgias e rituais, mas se encarna na vida diária das pessoas. Um Evangelho vivo, que transforma, acolhe, perdoa e liberta. Ele convida a Igreja e o mundo a reencontrarem Jesus no pobre, no doente, no preso, no migrante — nos irmãos e irmãs que sofrem.

Papa Francisco não é apenas um líder religioso, mas um farol moral para a humanidade em tempos de sombras e incertezas. Seu pontificado é um chamado constante à consciência e à ação.

Enquanto o mundo observa os ventos da história, Francisco permanece como uma rocha firme, lembrando que o verdadeiro poder reside no serviço, a verdadeira autoridade na misericórdia, e a verdadeira fé na prática do amor.

Urias Rocha BR
Jornalista Independente e Membro da ADESG