quarta-feira, 26 de março de 2025

A Operação Lava Jato como Lawfare: Uma Arma Geopolítica dos EUA e Sionistas para Desestabilizar o Brasil - Por Urias Rocha BR

A Operação Lava Jato como Lawfare: Uma Arma Geopolítica dos EUA e Sionistas para Desestabilizar o Brasil
Por Urias Rocha BR
Jornalista Investigativo e Membro da ADESG - Escola Superior de Guerra.

Introdução: 

A Operação Lava Jato, aparentemente uma investigação de combate à corrupção, foi, na realidade, uma sofisticada operação de "Lawfare" (guerra jurídica) orquestrada pelo Departamento de Justiça dos EUA, sob supervisão da "CIA e do Mossad", com o objetivo claro de desestabilizar o Brasil, fragilizar sua soberania e transferir o controle de recursos estratégicos — como o **pré-sal, aquíferos, estatais e minérios** — para o domínio internacional.  

A queda da presidenta **Dilma Rousseff** e a prisão ilegal do ex-presidente **Luiz Inácio Lula da Silva** foram etapas cruciais desse plano, que resultou na destruição da engenharia nacional, no esvaziamento das reservas financeiras e no enfraquecimento estrutural do Brasil como nação soberana.  

A Lava Jato como Instrumento de Lawfare.

O "Lawfare" é uma tática amplamente utilizada pelos EUA e por grupos sionistas para derrubar governos que não se alinham aos seus interesses geopolíticos. No caso brasileiro, o alvo principal era a "política energética", especialmente o "pré-sal", uma das maiores reservas de petróleo do mundo, que havia sido colocada sob controle estatal durante os governos do PT.  

Com a Lava Jato, empresas nacionais como a Petrobras, Odebrecht, Andrade Gutierrez e outras foram criminalizadas e desmontadas, enquanto conglomerados internacionais assumiram seus postos. A engenharia pesada brasileira, que atuava em mais de 70 países, foi destruída, levando à falência setores estratégicos e à perda de milhares de empregos.  

O Papel da CIA e do Mossad: 

Documentos e vazamentos indicam que a Lava Jato teve participação direta de agências de inteligência estrangeiras. O então juiz **Sérgio Moro** e o procurador **Deltan Dallagnol** mantinham estreitos laços com o Departamento de Justiça dos EUA, recebendo treinamento e orientações. A **delação premiada da Odebrecht**, por exemplo, foi conduzida sob pressão internacional, com dados sendo repassados para autoridades norte-americanas.  

O objetivo era claro: **criar um cenário de caos político e econômico** que justificasse a intervenção estrangeira nos recursos naturais brasileiros. Com Lula preso e Dilma afastada, o Brasil abriu as portas para o desmonte das estatais, a privatização do pré-sal e a entrega de territórios ricos em minérios e água para corporações globais.  

As Consequências para o Brasil:
Os resultados da Lava Jato foram catastróficos:  
- **Destruição da capacidade industrial e de engenharia nacional**;  
- **Esvaziamento das reservas do Banco Central**;  
- **Perda de soberania sobre o pré-sal e outros recursos estratégicos**;  
- **Crise política e judicial que enfraqueceu as instituições democráticas**;  
- **Entrega de ativos nacionais a grupos estrangeiros**.  

Além disso, o Brasil perdeu **bilhões de dólares** em contratos internacionais, enquanto empresas como a Shell, BP e outras petrolíferas avançaram sobre o pré-sal.  

Conclusão: 

A Lava Jato não foi uma operação anticorrupção, mas sim um **golpe jurídico-midiático** financiado e dirigido por potências estrangeiras. O Brasil foi vítima de uma **guerra híbrida**, onde o Lawfare serviu como arma para desmontar a soberania nacional e transferir riquezas para o capital internacional.  

Agora, mais do que nunca, é preciso **revisar esse processo**, responsabilizar os verdadeiros autores dessa trama e recuperar o controle sobre nossos recursos. O futuro do Brasil depende da capacidade de reconhecer essas manipulações e reconstruir sua autonomia estratégica.  

"O Brasil não pode ser colônia de ninguém."

Urias Rocha BR*  
Jornalista Investigativo | ADESG - Escola Superior de Guerra*  
*Contato: urias150209@gmail.com*  

(Artigo livre para reprodução com créditos Urias Rocha BR)

segunda-feira, 24 de março de 2025

"Não é pelo batom": Pena de 14 anos a bolsonarista se funda em crimes graves. Por Urias Rocha BR

Em 1972, um homem comum — sem armas, sem explosivos — escalou o altar da Basílica de São Pedro, em Roma, e desferiu quinze marteladas na escultura Pietà, de Michelangelo. Laszlo Toth gritou: "Eu sou Jesus Cristo!", enquanto destruía parte do rosto e do braço da Virgem Maria.

Débora Rodrigues dos Santos é julgada no STF por participar dos atos de 8 de janeiro.



O martelo era pequeno, mas o estrago não se media em centímetros de mármore: era simbólico, espiritual, civilizacional. Não importava que a escultura fosse restaurável. Importava o que ela representava. Era o sagrado profanado — e, com ele, toda uma ideia de ordem, beleza e transcendência.

Mais de cinquenta anos depois, em outro continente, uma mulher se aproximou de outra estátua e, com batom vermelho, escreveu a frase "Perdeu, mané" em "A Justiça", de Alfredo Ceschiatti, que está na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Desde que o voto do relator foi divulgado, surgiram comentários nas redes sociais questionando: "Tudo isso por pichar uma estátua?".

Porém, é preciso lembrar que o objeto danificado é apenas um detalhe diante do envolvimento amplo da mulher com o pacto pelo desmonte do Estado Democrático de Direito. O verdadeiro desvario dos que estiveram no "dia da infâmia" foi acreditar que estariam acobertados pelo manto da verdade.

Iter criminis

Na linguagem do Direito Penal, existe um conceito-chave: iter criminis — o "caminho do crime". Ele descreve a progressão entre a ideia criminosa e sua concretização, passando por etapas como cogitação, preparação, execução e, se consumado, o resultado final.

No caso de Débora, o gesto com o batom foi apenas o último passo de um trajeto longo, consciente e articulado, como detalhado no voto do ministro Alexandre de Moraes.

Segundo o relator, desde o fim das eleições de 2022, Débora aderiu a movimentos que negavam a legitimidade do processo eleitoral. Participou de acampamentos diante de quartéis, onde se pregava insistentemente uma intervenção militar, apoiou publicamente a ruptura da ordem constitucional e, no dia 8 de janeiro de 2023, integrou o grupo que invadiu e depredou as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

A frase na estátua foi a assinatura final de uma narrativa golpista escrita ao longo de meses.

"A denunciada [...] concorreu para a prática dos crimes, somando sua conduta, em comunhão de esforços com os demais autores, objetivando a prática das figuras típicas imputadas", escreveu Moraes.

Não foi só pela estátua — e nem poderia ser

Um dos equívocos mais comuns nas críticas ao julgamento é ignorar o conjunto de crimes imputados à ré.

Débora não está sendo processada "por pichar uma estátua". Se fosse apenas por isso, a pena seria simbólica: o crime de deterioração de patrimônio tombado tem pena máxima de três anos, permitindo até mesmo uma sanção alternativa à prisão.

Na realidade, ela responde por cinco crimes:

  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito (art. 359-L do CP);

  • Tentativa de golpe de Estado (art. 359-M);

  • Dano qualificado com violência (art. 163, parágrafo único, I, III e IV);

  • Associação criminosa armada (art. 288, parágrafo único);

  • Deterioração de patrimônio tombado (art. 62, I da Lei 9.605/98).

A pena sugerida — 14 anos de prisão — decorre do concurso material entre esses delitos, todos descritos como resultantes de uma "obra comum".

Segundo Moraes, "o desencadeamento violento da empreitada criminosa afasta a possibilidade de que a denunciada tenha ingressado na Praça dos Três Poderes de maneira incauta".

A conclusão não se baseia apenas no gesto com o batom, mas em laudos, imagens, mensagens apagadas e no depoimento da própria ré, que admitiu o vandalismo.

Processo: AP 2.508

A força do símbolo e a denúncia contra o arbítrio

O episódio também remete, em outro contexto histórico, ao ambiente de paranoia e distorção que marcou o Caso Dreyfus, no final do século XIX, na França.

Na época, o capitão Alfred Dreyfus foi falsamente acusado de traição, em um processo conduzido sob pressão de setores do Exército e da opinião pública, alimentados por preconceitos e teorias conspiratórias.

Contra as evidências e contra a razão, formou-se uma crença coletiva de que Dreyfus era culpado — porque assim servia melhor a determinados interesses políticos e ideológicos.

O escritor Émile Zola, ao publicar o célebre artigo "J'accuse..!", desafiou esse pacto de ilusão com uma denúncia frontal: o Estado estava disposto a sacrificar a verdade para manter intacta uma versão conveniente da realidade.

Esse mesmo tipo de delírio ressurge nos discursos que tentam justificar os atos do 8 de janeiro. Na tentativa de reescrever os fatos, multiplicam-se versões alternativas — ora negando o vandalismo, ora alegando que tudo foi uma encenação, ora tratando os réus como vítimas de perseguição.

A democracia, como a escultura de Michelangelo, também pode ser restaurada. Mas isso não significa que se deva tratar com leveza aqueles que tentaram destruí-la.


Urias Rocha BR - Jornalista Independente - Membro da ADESG

Mato Grosso do Sul

domingo, 23 de março de 2025

A Terra Plana Segundo Neonazistas e Bolsonaristas no Brasil: A Ignorância como Plataforma Política. - Por Urias Rocha BR

A Terra Plana Segundo Neonazistas e Bolsonaristas no Brasil: A Ignorância como Plataforma Política
Por Urias Rocha BR – Catedrático em Geopolítica Nacional e Internacional. Membro da ESG – Escola Superior de Guerra

Nos últimos anos, um fenômeno peculiar ressurgiu no Brasil e no mundo: a crença na Terra Plana. Apesar de ser uma ideia refutada pela ciência há séculos, grupos extremistas, entre eles neonazistas e bolsonaristas, se apropriaram dessa teoria sem fundamentos para fomentar a desinformação e minar o pensamento crítico da população.

A crença na Terra Plana não se trata de um simples equívoco intelectual ou um erro conceitual ingênuo. Trata-se de uma estratégia de manipulação baseada na negação do conhecimento e na exaltação da ignorância como forma de controle social. Esses grupos encontraram no terraplanismo uma ferramenta eficaz para desacreditar instituições científicas, acadêmicas e midiáticas, preparando o terreno para a ascensão de discursos antidemocráticos.

O Uso Político da Ignorância

A ideia de que o planeta é um disco plano tem raízes em teorias ultrapassadas, mas o que preocupa não é a crença em si, e sim como ela é utilizada politicamente. Movimentos extremistas se aproveitam do terraplanismo para propagar uma visão de mundo conspiratória, onde a ciência e a verdade são vistas como ameaças. Ao promover o descrédito da ciência, criam um ambiente propício para que suas narrativas antidemocráticas prosperem.

A desinformação não ocorre por acaso. Líderes populistas, como Bolsonaro e seus aliados, adotam discursos anticientíficos não porque acreditam neles, mas porque entendem que a negação da ciência e da educação é um mecanismo eficaz de dominação. Populações desinformadas são mais fáceis de manipular, pois deixam de questionar medidas autoritárias e passam a aceitar discursos de ódio e exclusão.

O Mapa de Gleason e a Deturpação da História

O “Mapa da Terra Plana do Mundo”, criado por Alexander Gleason em 1892, é frequentemente utilizado como “prova” pelos terraplanistas. No entanto, o mapa nunca teve qualquer reconhecimento científico. Gleason, um inventor e empresário americano, desenvolveu seu mapa como um diagrama para simplificar a projeção de rotas de navegação, e não como uma defesa da Terra Plana. A apropriação desse material pelos negacionistas contemporâneos revela uma profunda ignorância histórica e científica.

Além disso, a insistência no terraplanismo está diretamente ligada a um movimento maior de ataque ao pensamento racional. Não se trata apenas da forma do planeta, mas da construção de uma mentalidade anti-intelectual, onde a verdade objetiva dá lugar à crença cega em figuras autoritárias e teorias conspiratórias absurdas.

Conclusão: A Terra Plana como Símbolo da Regressão

A ascensão do terraplanismo no Brasil não é um fenômeno isolado. Ele faz parte de uma ofensiva maior contra o pensamento crítico e a democracia. Neonazistas e bolsonaristas utilizam essa narrativa para minar a credibilidade das instituições científicas e para consolidar um projeto de poder baseado na desinformação e na manipulação das massas.

A resposta para esse ataque à razão deve vir por meio da educação e do compromisso inabalável com a ciência e a verdade. O combate ao terraplanismo não é apenas uma questão de corrigir um erro conceitual; é uma batalha essencial para impedir que a ignorância se torne a base de uma sociedade cada vez mais refém da mentira e do autoritarismo.

Urias Rocha BR 
Jornalista independente 

domingo, 16 de março de 2025

Ato expõe fragilidade da mobilização por anistia. Por Urias Rocha BR

Ato expõe fragilidade da mobilização por anistia, apontam analistas


O ex-presidente Jair Bolsonaro não conseguiu demonstrar, no ato realizado hoje em Copacabana, a existência de uma "frente ampla" em defesa da anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023. De acordo com analistas políticos consultados pelo UOL, a manifestação revelou a fragilidade da mobilização e a dificuldade de angariar apoio político para a aprovação da medida.


Sem a multidão esperada e contando majoritariamente com a presença de parlamentares bolsonaristas, o evento foi marcado por críticas ao governo Lula e ao Judiciário, além de discursos em defesa dos réus já condenados ou à espera de julgamento.

Para que a anistia avance no Congresso, Bolsonaro precisaria garantir pelo menos 257 votos na Câmara dos Deputados e 41 no Senado. No entanto, a falta de adesão de setores mais amplos da política e da sociedade indica que a proposta enfrenta sérios obstáculos.


Por Urias Rocha BR - jornalista independente e Membro da ADESG 

segunda-feira, 10 de março de 2025

O Isolamento Global dos EUA e o Colapso do Dólar

O Isolamento Global dos EUA e o Colapso do Dólar

Por Urias Rocha BR – Jornalista Independente, Membro da ADESG BR

Os Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, têm seguido um caminho perigoso de isolamento global, adotando políticas agressivas contra diversas nações e ameaçando seus próprios aliados históricos. Essa postura tem gerado forte reação internacional, especialmente entre os países do BRICS, além de Canadá, Europa, Ásia e África, que já adotam medidas de reciprocidade contra as ações norte-americanas.

Agora, com o BRICS decretando o fim das negociações comerciais em dólar, o impacto sobre a moeda estadunidense pode ser devastador. Durante décadas, o dólar foi sustentado artificialmente como a moeda de referência mundial, mas essa realidade está mudando rapidamente. Sem o privilégio da hegemonia monetária, o dólar pode se tornar irrelevante e perder seu valor real, chegando ao ponto de não servir nem como papel higiênico.

A situação econômica dos EUA se agrava ainda mais quando analisamos seus próprios números. Apesar de um PIB de aproximadamente 27 trilhões de dólares, o país já imprimiu mais de 108 trilhões em moeda sem lastro, tornando o dólar uma espécie de "mega Bitcoin" – um ativo altamente inflacionado e sem sustentação real. Esse descontrole na emissão monetária acelera a desvalorização da moeda e pode levar a uma crise sem precedentes no sistema financeiro global.

Além disso, os EUA ostentam a maior dívida do planeta, superando 45 trilhões de dólares. Esse número astronômico não apenas comprova a falência estrutural do país, mas também revela um sistema econômico sustentado artificialmente por políticas monetárias irresponsáveis e pela dependência do endividamento contínuo. Os EUA estão, literalmente, sobrevivendo por meio de um "balão de oxigênio", e o colapso dessa bolha parece cada vez mais próximo.

A queda da supremacia do dólar e a fragilidade econômica dos EUA abrem espaço para um novo cenário geopolítico, onde países emergentes buscam maior independência e autonomia financeira. O BRICS, ao romper com a dolarização das transações internacionais, acelera essa transição e enfraquece ainda mais o domínio econômico dos EUA.

Estamos presenciando o fim de uma era. O mundo não aceitará mais ser refém de uma moeda inflacionada e de um país que impõe suas vontades pela força. A falência dos Estados Unidos não é mais uma hipótese distante – é uma realidade que se desenha diante de nossos olhos.

quinta-feira, 6 de março de 2025

A Diplomacia do Conflito: Deputados Brasileiros nos EUA e as Acusações de Crimes.

A Diplomacia do Conflito: Deputados Brasileiros nos EUA e as Acusações de Crimes


Por Urias Rocha BR - Jornalista Independente de Geopolítica
Urias Rocha BR - Catedrático em Geopolítica membro da ADESG

A política brasileira tem sido palco de inúmeras controvérsias nos últimos anos, e uma das mais recentes envolve a ida de deputados brasileiros aos Estados Unidos para solicitar intervenção no Brasil. Essa ação gerou um intenso debate sobre a legalidade e a ética de tal atitude, levantando questões sobre possíveis crimes cometidos por esses parlamentares. Este texto busca explorar os aspectos legais e políticos dessa situação, bem como as implicações para a soberania nacional.

### Contexto

Em um cenário de polarização política, alguns deputados federais brasileiros viajaram para os Estados Unidos com o objetivo declarado de buscar apoio internacional para intervir nos assuntos internos do Brasil. Essa iniciativa foi justificada por eles como uma forma de "proteger a democracia" e "combater supostas ameaças ao Estado de Direito". No entanto, essa atitude foi amplamente criticada por setores da sociedade brasileira, que a consideraram uma afronta à soberania nacional.

### Crimes Imputados

A ida desses deputados aos EUA para pedir intervenção no Brasil pode configurar diversos crimes, conforme a legislação brasileira. Entre os principais estão:

1. **Crime de Advocacia de Intervenção Estrangeira (Art. 359-L do Código Penal)**:
   - O artigo 359-L do Código Penal brasileiro prevê pena de reclusão de 1 a 4 anos para quem "defender, publicamente, a intervenção estrangeira em assuntos internos do Brasil, com o objetivo de submeter o país a domínio ou controle estrangeiro". A ação dos deputados pode ser enquadrada nesse crime, uma vez que buscaram apoio externo para influenciar os rumos políticos do país.

2. **Crime contra a Soberania Nacional (Art. 4º da Lei de Segurança Nacional - Lei nº 7.170/1983)**:
   - A Lei de Segurança Nacional prevê punições para atos que atentem contra a soberania do país. Solicitar intervenção estrangeira pode ser interpretado como um ato de subversão da ordem constitucional, especialmente se houver indícios de que a intenção era desestabilizar o governo brasileiro.

3. **Crime de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992)**:
   - A Lei de Improbidade Administrativa pune atos que violem os princípios da administração pública, como a legalidade, a impessoalidade e a moralidade. Se comprovado que os deputados agiram em benefício próprio ou de grupos específicos, em detrimento do interesse público, eles podem ser responsabilizados por improbidade.

4. **Crime de Traição (Art. 85 do Código Penal Militar)**:
   - Embora menos comum, o crime de traição pode ser aplicado em casos extremos em que haja colaboração com potências estrangeiras contra os interesses nacionais. A solicitação de intervenção estrangeira pode ser interpretada como um ato de traição à pátria, especialmente se houver indícios de conluio com governos ou organizações estrangeiras.

### Implicações Políticas

Além das questões legais, a atitude dos deputados gerou um intenso debate sobre a soberania nacional e a independência do Brasil em relação a potências estrangeiras. A Constituição Federal de 1988 estabelece que o Brasil é um país soberano, e qualquer tentativa de submetê-lo a influências externas é vista como uma violação desse princípio.

A ida dos deputados aos EUA também levantou questões sobre a relação entre o Brasil e os Estados Unidos. Enquanto alguns defendem que a busca por apoio internacional é legítima em um contexto de crise política, outros argumentam que essa atitude mina a credibilidade do país no cenário internacional e abre precedentes perigosos para futuras intervenções.

### Conclusão

A ida de deputados brasileiros aos Estados Unidos para pedir intervenção no Brasil é um episódio que mistura política, direito e geopolítica. As acusações de crimes cometidos por esses parlamentares são graves e podem ter consequências significativas para suas carreiras políticas e para a imagem do Brasil no exterior. Enquanto a Justiça brasileira avalia os possíveis crimes cometidos, a sociedade brasileira continua a debater os limites da soberania nacional e o papel da diplomacia em um mundo cada vez mais interconectado.

A situação serve como um alerta para a necessidade de fortalecer as instituições democráticas e garantir que os interesses nacionais sejam sempre protegidos, independentemente das divergências políticas internas. A soberania de um país não é apenas um princípio jurídico, mas um valor fundamental que deve ser preservado por todos os cidadãos, especialmente por aqueles que ocupam cargos públicos.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Desperdício de Alimentos no Brasil: Um Paradoxo entre Abundância e Fome

 Desperdício de Alimentos no Brasil: Um Paradoxo entre Abundância e Fome.

Imagens de descarte de alimentos CEASA SP


O Brasil, conhecido como um dos maiores produtores de alimentos do mundo, enfrenta um paradoxo alarmante: enquanto milhões de toneladas de alimentos são desperdiçadas anualmente, milhões de brasileiros sofrem com a desnutrição e a falta de acesso a uma alimentação básica e nutritiva. Esse cenário revela uma grave contradição entre a capacidade produtiva do país e a distribuição equitativa dos recursos alimentares. Este artigo busca explorar as causas e consequências do desperdício de alimentos no Brasil, bem como analisar as propostas legislativas que visam combater esse problema, incluindo o Projeto de Lei que prevê multas e até prisão para aqueles que descartam alimentos de forma irresponsável.

O Desperdício de Alimentos no Brasil: Dados e Causas

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), o Brasil desperdiça aproximadamente 26,3 milhões de toneladas de alimentos por ano, o que equivale a cerca de 10% de toda a produção nacional. Esse volume seria suficiente para alimentar mais de 13 milhões de pessoas, número que representa uma parcela significativa da população que vive em situação de insegurança alimentar.

O desperdício ocorre em diversas etapas da cadeia produtiva, desde a colheita até o consumo final. Na fase agrícola, por exemplo, perdas são comuns devido a técnicas inadequadas de manejo, falta de infraestrutura para armazenamento e transporte, e até mesmo por decisões estratégicas de mercado, onde alimentos são descartados para manter os preços elevados. No varejo, produtos que não atendem aos padrões estéticos exigidos pelos consumidores são frequentemente descartados, mesmo estando em perfeitas condições de consumo.

O Impacto Social do Desperdício

Enquanto toneladas de alimentos são jogadas fora, milhões de brasileiros enfrentam a fome e a desnutrição. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2020, mais de 10 milhões de pessoas viviam em situação de extrema pobreza, sem acesso regular a alimentos básicos. A desnutrição crônica afeta especialmente crianças, comprometendo seu desenvolvimento físico e cognitivo, e perpetuando ciclos de pobreza e desigualdade.

A falta de acesso a proteínas de qualidade é outro problema grave. Muitas famílias não conseguem incluir carne, ovos, leite e outros alimentos essenciais em sua dieta, o que resulta em deficiências nutricionais que impactam a saúde e a capacidade de trabalho. Essa situação é ainda mais crítica em regiões mais pobres do país, como o Nordeste e áreas rurais isoladas.

O Projeto de Lei e as Medidas Propostas

Diante desse cenário, surge a necessidade de políticas públicas eficazes para combater o desperdício de alimentos e garantir que os recursos alimentares sejam distribuídos de forma mais justa. Um Projeto de Lei (PL) em tramitação no Congresso Nacional propõe medidas rigorosas para punir o desperdício de alimentos. O PL prevê multas e até prisão para produtores, empresários, mercadistas, atacadistas e qualquer pessoa física ou jurídica que descartar alimentos de forma irresponsável, sem considerar as necessidades das famílias carentes.

Além das penalidades, o projeto também estabelece a obrigatoriedade de parcerias entre o poder público e o setor produtivo privado para planejar as safras de alimentos de forma mais eficiente. A ideia é que a produção seja ajustada às demandas de cada município e estado, evitando excessos que levam ao desperdício. A produção de commodities para exportação também seria programada de forma a evitar quedas nos preços e garantir que o mercado interno seja abastecido adequadamente.

Outro ponto importante do PL é o fortalecimento da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), que teria mais poder e responsabilidade na gestão da produção e consumo de alimentos no país. A CONAB seria responsável por coordenar a distribuição de alimentos, garantir o abastecimento do mercado interno e gerenciar as exportações, sempre com o objetivo de minimizar o desperdício e maximizar o acesso aos alimentos.

Desafios e Perspectivas

A implementação desse Projeto de Lei enfrenta diversos desafios. Em primeiro lugar, é necessário garantir que as medidas propostas sejam fiscalizadas de forma eficiente, o que requer investimentos em infraestrutura e capacitação de agentes públicos. Além disso, é fundamental promover uma mudança cultural, tanto entre os produtores quanto entre os consumidores, para que o valor dos alimentos seja reconhecido e o desperdício seja visto como um problema grave.

Outro desafio é a necessidade de integrar as políticas de combate ao desperdício com outras iniciativas de segurança alimentar e nutricional. Programas como o Bolsa Família e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) têm um papel importante na garantia do acesso a alimentos, mas precisam ser complementados por ações que ataquem as causas estruturais do desperdício.

Conclusão

O desperdício de alimentos no Brasil é um problema complexo que exige uma abordagem multifacetada. Enquanto toneladas de alimentos são descartadas, milhões de brasileiros passam fome, o que revela uma grave falha na distribuição dos recursos alimentares. O Projeto de Lei que propõe penalidades para o desperdício e fortalece a gestão da produção e consumo de alimentos é um passo importante na direção certa, mas sua eficácia dependerá da capacidade do poder público e da sociedade em geral de implementar e fiscalizar essas medidas.

Combater o desperdício de alimentos não é apenas uma questão de justiça social, mas também de sustentabilidade. Em um mundo onde os recursos naturais são cada vez mais escassos, garantir que os alimentos sejam produzidos e distribuídos de forma eficiente é essencial para o futuro do planeta e das próximas gerações. O Brasil tem a oportunidade de se tornar um exemplo global nessa área, mas para isso é necessário agir com urgência e determinação.

Por Urias Fonseca Rocha – Jornalista – Corretor de Imóveis – Perito e Avaliador Mercadológico e Imobiliário – Ex-Professor de Geografia e Membro da ADESG.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Cronograma de um Desastre chamado de Jair Messias Bolsonaro - Por Urias Rocha BR

 

Relatório Cronológico das Denúncias Criminais contra Jair Messias Bolsonaro e Seus Pares.


Por Urias Rocha BR 


1. Contexto Inicial (2018-2022)

  • 2018: Jair Bolsonaro é eleito presidente da República, com um discurso de combate à corrupção e promessas de mudanças na política brasileira.

  • 2019-2022: Durante seu mandato, Bolsonaro e seu governo enfrentam diversas controvérsias, incluindo acusações de desrespeito às instituições democráticas, ataques ao Judiciário e ao Congresso, e gestão controversa da pandemia de COVID-19.

2. Pandemia de COVID-19 e Acusações de Crimes (2020-2021)

  • Março de 2020: Início da pandemia de COVID-19 no Brasil. Bolsonaro minimiza a gravidade da doença, promove aglomerações e critica medidas de isolamento social.

  • Abril de 2020: Bolsonaro demite o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, após divergências sobre o enfrentamento da pandemia.

  • Junho de 2021: A CPI da COVID-19 no Senado Federal apura supostas irregularidades na gestão da pandemia, incluindo a compra superfaturada de vacinas e a promoção de tratamentos sem eficácia comprovada, como a cloroquina.

  • Outubro de 2021: A CPI da COVID-19 recomenda a indiciamento de Bolsonaro por diversos crimes, incluindo:

    • Epidemia com Resultado em Morte (Art. 267, CP): Por supostamente ter promovido aglomerações e desestimulado medidas de prevenção.

    • Prevaricação (Art. 319, CP): Por omitir-se em adotar medidas eficazes no combate à pandemia.

    • Crime contra a Humanidade: A CPI sugeriu que as ações de Bolsonaro poderiam configurar crimes internacionais.

3. Acusações de Interferência na Polícia Federal (2020)

  • Abril de 2020: Bolsonaro demite o então diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, em meio a investigações que envolviam familiares do presidente. A troca de comando da PF é vista como tentativa de obstrução de justiça.

  • Crime Alegado:

    • Obstrução de Justiça (Art. 343, CP): Por supostamente interferir em investigações da PF.

4. Caso das "rachadinhas" (2021)

  • Investigação: O Ministério Público do Rio de Janeiro investiga esquema de desvio de salários de funcionários públicos no gabinete de Flávio Bolsonaro, filho do presidente, quando este era deputado estadual.

  • Envolvimento de Bolsonaro: Há indícios de que Jair Bolsonaro teria conhecimento do esquema, mas ele nega qualquer participação.

  • Crimes Alegados:

    • Peculato (Art. 312, CP): Desvio de recursos públicos.

    • Lavagem de Dinheiro (Art. 1º, Lei nº 9.613/1998): Por ocultação de recursos desviados.

5. Ataques às Instituições Democráticas (2022)

  • 2022: Bolsonaro intensifica críticas ao sistema eleitoral brasileiro, sem apresentar provas concretas, sugerindo fraude nas eleições.

  • Julho de 2022: Bolsonaro reúne-se com embaixadores estrangeiros para criticar o sistema eleitoral, gerando preocupação internacional.

  • Crimes Alegados:

    • Incitamento ao Crime (Art. 286, CP): Por supostamente incitar seus apoiadores a questionarem a legitimidade das eleições.

    • Difamação contra Instituições (Art. 331-A, CP): Por ataques ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao sistema eleitoral.

6. Eleições de 2022 e Pós-Eleições

  • Outubro de 2022: Bolsonaro é derrotado nas eleições presidenciais por Luiz Inácio Lula da Silva.

  • Novembro de 2022: Apoiadores de Bolsonaro iniciam protestos nas sedes das Forças Armadas, pedindo intervenção militar.

  • 8 de Janeiro de 2023: Apoiadores de Bolsonaro invadem e depredam o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF), em atos considerados terrorismo.

  • Crimes Alegados:

    • Incitamento ao Crime (Art. 286, CP): Por supostamente estimular os atos antidemocráticos.

    • Associação Criminosa (Art. 288, CP): Por suposta articulação com grupos que promoveram os ataques.

    • Terrorismo (Lei nº 13.260/2016): Por suposta participação indireta nos atos de 8 de janeiro.

7. Investigação sobre Joias Sauditas (2023)

  • Março de 2023: Revela-se que Bolsonaro teria recebido joias de alto valor da Arábia Saudita, sem declarar à Receita Federal.

  • Crimes Alegados:

    • Caixa 2 (Art. 299, CP): Por omissão de bens em declarações fiscais.

    • Lavagem de Dinheiro (Art. 1º, Lei nº 9.613/1998): Por suposta ocultação de recursos.


Análise dos Crimes e Penas Prováveis

  1. Epidemia com Resultado em Morte (Art. 267, CP):

    • Pena: Reclusão de 2 a 12 anos.

    • Aplicação: Se comprovado que as ações de Bolsonaro contribuíram para o agravamento da pandemia.

  2. Prevaricação (Art. 319, CP):

    • Pena: Detenção de 3 meses a 1 ano, mais multa.

    • Aplicação: Se comprovada omissão no combate à pandemia.

  3. Obstrução de Justiça (Art. 343, CP):

    • Pena: Reclusão de 3 a 8 anos.

    • Aplicação: Se comprovada interferência na Polícia Federal.

  4. Peculato (Art. 312, CP):

    • Pena: Reclusão de 2 a 12 anos, mais multa.

    • Aplicação: Se comprovado desvio de recursos públicos no caso das "rachadinhas".

  5. Incitamento ao Crime (Art. 286, CP):

    • Pena: Detenção de 3 a 6 meses, ou multa.

    • Aplicação: Se comprovado estímulo a atos antidemocráticos.

  6. Terrorismo (Lei nº 13.260/2016):

    • Pena: Reclusão de 12 a 30 anos.

    • Aplicação: Se comprovada participação indireta nos atos de 8 de janeiro.

  7. Caixa 2 e Lavagem de Dinheiro:

    • Pena: Reclusão de 3 a 10 anos, mais multa.

    • Aplicação: Se comprovada ocultação de bens ou recursos.


Conclusão

As denúncias contra Jair Bolsonaro e seus aliados envolvem uma série de crimes graves, que vão desde a gestão negligente da pandemia até supostos atos antidemocráticos e corrupção. As penas variam de multas e detenções a longos períodos de reclusão, dependendo da gravidade dos fatos comprovados. O processo legal seguirá seu curso, com amplo direito à defesa e ao contraditório, conforme previsto na Constituição Federal.




Urias Rocha BR - Jornalista Membro da ADESG

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

As Perseguições Contra Manifestações Artísticas: Um Culto à Ditadura de 1964 e o Fascismo Intrínseco na Sociedade Brasileira

 As Perseguições Contra Manifestações Artísticas: Um Culto à Ditadura de 1964 e o Fascismo Intrínseco na Sociedade Brasileira

Por Urias Rocha BR - Jornalista progressista independente

O fantasma da Censura volta a assustar a cultura e a arte no pós ditadura. 


A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi um reflexo da sociedade, um espelho que revela contradições, questiona normas e desafia o status quo. No Brasil, no entanto, esse espelho tem sido repetidamente quebrado por ações autoritárias que buscam silenciar vozes dissonantes e impor uma visão única de cultura. Recentemente, casos como o do artista Oruam, que teve sua música proibida por uma câmara municipal, e outras ações semelhantes de censura a manifestações culturais, reacendem um debate crucial: estamos diante de um culto à herança da ditadura militar de 1964, que criou mecanismos específicos para controlar a arte, ou de um fascismo intrínseco que persiste em uma sociedade seletiva e preconceituosa?


A ditadura militar brasileira (1964-1985) foi marcada por uma sistemática perseguição à liberdade de expressão. O regime criou, inclusive, uma pasta exclusiva para censurar músicas, peças teatrais, filmes e outras formas de arte que não se alinhavam aos seus interesses. Artistas como Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil foram alvos diretos dessa máquina de repressão, que via na arte um inimigo a ser combatido. A censura não era apenas uma ferramenta de controle, mas uma forma de impor uma narrativa única, apagando diversidades e pluralidades.


Hoje, décadas após o fim da ditadura, assistimos a um fenômeno perturbadoramente semelhante. Câmaras municipais e outros órgãos públicos têm se arvorado no direito de decidir o que pode ou não ser expresso artisticamente. O caso de Oruam, cuja música foi proibida sob alegações de "conteúdo inadequado", é emblemático. Não se trata de uma ação isolada, mas de uma tendência que se repete em diversas partes do país, onde manifestações culturais são cerceadas sob o pretexto de "preservar a moral e os bons costumes".


Essa constante interferência na cultura não é apenas um resquício do autoritarismo do passado; é a manifestação de um fascismo intrínseco que ainda habita o imaginário social. Uma sociedade que se diz democrática, mas que é extremamente seletiva e preconceituosa, acaba por reproduzir práticas que deveriam estar relegadas aos porões da história. A proibição de manifestações artísticas é, acima de tudo, uma forma de controle social, uma tentativa de manter as estruturas de poder intactas e silenciar aqueles que ousam questioná-las.


O fascismo não se resume a regimes políticos específicos; ele se manifesta em práticas cotidianas que buscam anular a diversidade e impor uma visão única de mundo. Quando uma câmara municipal proíbe uma música ou um grupo artístico é impedido de se apresentar, não estamos apenas diante de um ato de censura, mas de uma negação da própria democracia. A arte, por sua natureza, é plural e inclusiva. Ao censurá-la, estamos reforçando uma lógica excludente e autoritária.


É urgente que a sociedade brasileira enfrente esse legado autoritário e reconheça a importância da liberdade artística como pilar fundamental de uma democracia verdadeira. A luta contra a censura não é apenas uma luta dos artistas, mas de todos aqueles que acreditam em um mundo mais justo e plural. A ditadura de 1964 pode ter acabado, mas suas sombras ainda nos assombram. Cabe a nós, como sociedade, garantir que essas sombras não se tornem, mais uma vez, nossa realidade.


A arte resiste. E é na resistência que ela encontra sua força. Que possamos, como sociedade, aprender com ela e construir um futuro onde a diversidade seja celebrada, não temida.


"...Gostou do meu artigo: Contribua com um Pix Tel 67991815750..."Jornalista independente sem renda"

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

A Urgência da Soberania Nacional: Por que o Brasil Precisa Recuperar suas Riquezas antes de Investir nas Forças Armadas - Por Urias Rocha BR

**A Urgência da Soberania Nacional: Por que o Brasil Precisa Recuperar suas Riquezas antes de Investir nas Forças Armadas**  


*Por Urias Rocha BR _ Membro da ADESG BR*  

O Brasil vive um momento crítico de sua história, em que a discussão sobre o papel das Forças Armadas e a necessidade de investimentos em defesa deve ser analisada com profundidade e responsabilidade. Atualmente, não há urgência em direcionar recursos para o fortalecimento militar, pois, de fato, pouco nos resta para defender. Nossas riquezas estratégicas — petróleo, aquíferos, minérios, cristais, refinarias, estatais, telecomunicações, logística e transporte — foram, ao longo das últimas décadas, sistematicamente entregues a interesses estrangeiros e privados, em um processo que se intensificou sob os governos de Bolsonaro, Temer e Fernando Henrique Cardoso (FHC).  

Esses líderes, em vez de zelar pela soberania nacional, optaram por um modelo de gestão que privilegiou a desnacionalização de setores-chave da economia, deixando o Brasil em uma posição de fragilidade e dependência. O resultado é um país que, em vez de controlar suas próprias riquezas, tornou-se refém de corporações internacionais e de uma lógica neocolonial que nos impede de avançar como nação soberana.  

Neste contexto, as Forças Armadas, que deveriam ser um pilar de defesa da pátria e de seus recursos, correm o risco de serem instrumentalizadas para fins que não condizem com seus princípios constitucionais. Em vez de proteger o povo e o território, poderiam ser usadas para oprimir a população e sustentar um status quo que mantém o Brasil na condição de colônia a serviço de interesses sionistas internacionais. Essa possibilidade é alarmante e exige uma reflexão profunda sobre o papel que queremos que nossas instituições militares desempenhem.  

**O Caminho da Soberania e da Pacificação**  

Antes de pensar em investir pesadamente nas Forças Armadas, é imperativo que o Brasil retome o controle sobre suas riquezas naturais e estratégicas. Petróleo, minérios, cristais, aquíferos, refinarias e demais ativos precisam ser reestatizados e colocados a serviço do desenvolvimento nacional. Essa recuperação não é apenas uma questão econômica, mas um imperativo de soberania. Sem o controle desses recursos, o Brasil continuará a ser um mero exportador de matéria-prima, sem capacidade de agregar valor e gerar riqueza para seu povo.  

Além disso, é fundamental focar na pacificação nacional. O Brasil vive um cenário de polarização e conflitos internos que precisam ser resolvidos por meio do diálogo e da justiça social. As Forças Armadas, nesse contexto, devem atuar como garantidoras da ordem constitucional, e não como instrumentos de repressão ou manutenção de um sistema que privilegia poucos em detrimento da maioria.  

**A Necessidade de Demonstrar Força no Futuro**  

Uma vez recuperadas nossas riquezas e reestabelecida a soberania nacional, será inevitável enfrentar resistências tanto internas quanto externas. Nesse momento, o Brasil precisará demonstrar força e capacidade de dissuasão para proteger seus interesses e garantir que não haja retrocessos. Para isso, será necessário investir em uma defesa robusta e moderna, capaz de enviar uma mensagem clara aos nossos adversários: o Brasil não mais aceitará ser tratado como uma colônia ou um mero fornecedor de recursos naturais.  

No entanto, essa demonstração de força só fará sentido se estiver alinhada com um projeto nacional soberano e inclusivo. As Forças Armadas devem servir ao povo e à nação, e não a interesses escusos ou anti-nacionais.  

**Conclusão**  

O Brasil está diante de uma encruzilhada histórica. Podemos continuar no caminho da submissão e da entrega de nossas riquezas, ou podemos escolher a rota da soberania, da justiça social e do desenvolvimento autônomo. A prioridade, no momento, não é investir em aparatos militares, mas sim recuperar o que foi perdido e reconstruir as bases de um país verdadeiramente livre.  

Como bem destacou Urias Rocha BR, só teremos sucesso se estivermos dispostos a enfrentar nossos inimigos com determinação e coragem. O futuro do Brasil depende das escolhas que fizermos hoje. Que escolhamos a soberania, a dignidade e a liberdade. O povo brasileiro merece um país que seja, de fato, seu.  

*Urias Rocha BR*