**A VERMELHA, A AMARELA E A POLÊMICA DAS CORES QUE DIVIDEM O BRASIL**
**Por Urias Rocha BR**
*Jornalista Investigativo | Membro da ADESG*
*As Cores Não Definem Caráter, Mas o Contexto Pode Manchar um Símbolo**
Há quem diga que vestir amarelo, verde, azul ou vermelho não deveria importar. Afinal, **cores não carregam ideologia** – são apenas matizes, pigmentos, pedaços de tecido costurados. Mas no Brasil de 2024, a realidade é mais complexa. A seleção brasileira, por décadas sinônimo de união sob o manto verde-amarelo, hoje divide opiniões. Não por culpa do futebol, mas porque **a bandeira foi sequestrada por um projeto político que envergonha milhões de brasileiros**.
*O Mito do "Uniforme Mágico"*
Alguns torcedores tradicionais reclamam: *"O uniforme vermelho não tem tradição, não representa o Brasil!"*. Mas será que a cor da camisa realmente influencia o desempenho em campo? Se fosse assim, a Itália jamais perderia de azul, a Argentina jamais seria derrotada de listras celestes, e o Brasil seria imbatível de amarelo – o que, como sabemos, **não é verdade**.
O futebol se joga com técnica, tática e mentalidade – não com superstição cromática. Se a seleção brasileira jogar mal, será por falhas esportivas, **não porque trocou o amarelo pelo vermelho**.
*Por Que Muitos Brasileiros Têm Vergonha do Verde-Amarelo?*
O problema não está na cor em si, mas no que ela **passou a significar nos últimos anos**.
- Quem nunca viu **grupos extremistas** usando a camisa da seleção como uniforme ideológico?
- Quem não se lembra de **manifestações antidemocráticas** onde o verde-amarelo era mais presente que o próprio bom senso?
- Quantos torcedores deixaram de comprar a camisa tradicional **para não serem confundidos com terraplanistas, negacionistas ou golpistas**?
Esse é **o meu caso**. Eu, Urias Rocha, orgulhoso brasileiro, **não tenho coragem de vestir o amarelo hoje**. Não por não amar meu país, mas porque **não quero ser associado a um movimento que deturpou nossas cores**. Já a vermelha? Com certeza eu usaria.
*A Visão de Mercado da Nice: Entendendo a Mudança**
A Nice, nova patrocinadora da CBF, injetou **milhões de dólares** no futebol brasileiro. E ela não está errada em diversificar os uniformes. Se uma parcela significativa da população se identifica mais com o vermelho, **por que não oferecer a opção?**
Isso não é "desrespeito à tradição" – é **marketing inteligente**. A Alemanha joga de branco ou preto. A Holanda tem seu laranja icônico. A França alterna entre azul e branco. O Brasil pode (e deve) explorar seu lado vermelho sem trair sua história.
*Conclusão: Resgatando o Significado das Cores*
O verde-amarelo **sempre será nosso**, mas, no momento, está contaminado por uma narrativa tóxica. Enquanto não resgatarmos o verdadeiro significado da bandeira – **união, diversidade e orgulho de ser brasileiro, sem extremismos** –, o vermelho será uma alternativa legítima.
E, no fim das contas, o que importa mesmo é: **que o Brasil vença – seja de amarelo, vermelho ou até rosa choque.**
**Urias Rocha BR**
*Jornalista Investigativo | Membro da ADESG*
*Torcedor da Seleção – independente da cor.*
P.S. O futebol deveria nos unir, não dividir. Enquanto discutimos cores, outros países avançam no esporte. Será que não estamos perdendo tempo?
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