segunda-feira, 10 de março de 2025

O Isolamento Global dos EUA e o Colapso do Dólar

O Isolamento Global dos EUA e o Colapso do Dólar

Por Urias Rocha BR – Jornalista Independente, Membro da ADESG BR

Os Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, têm seguido um caminho perigoso de isolamento global, adotando políticas agressivas contra diversas nações e ameaçando seus próprios aliados históricos. Essa postura tem gerado forte reação internacional, especialmente entre os países do BRICS, além de Canadá, Europa, Ásia e África, que já adotam medidas de reciprocidade contra as ações norte-americanas.

Agora, com o BRICS decretando o fim das negociações comerciais em dólar, o impacto sobre a moeda estadunidense pode ser devastador. Durante décadas, o dólar foi sustentado artificialmente como a moeda de referência mundial, mas essa realidade está mudando rapidamente. Sem o privilégio da hegemonia monetária, o dólar pode se tornar irrelevante e perder seu valor real, chegando ao ponto de não servir nem como papel higiênico.

A situação econômica dos EUA se agrava ainda mais quando analisamos seus próprios números. Apesar de um PIB de aproximadamente 27 trilhões de dólares, o país já imprimiu mais de 108 trilhões em moeda sem lastro, tornando o dólar uma espécie de "mega Bitcoin" – um ativo altamente inflacionado e sem sustentação real. Esse descontrole na emissão monetária acelera a desvalorização da moeda e pode levar a uma crise sem precedentes no sistema financeiro global.

Além disso, os EUA ostentam a maior dívida do planeta, superando 45 trilhões de dólares. Esse número astronômico não apenas comprova a falência estrutural do país, mas também revela um sistema econômico sustentado artificialmente por políticas monetárias irresponsáveis e pela dependência do endividamento contínuo. Os EUA estão, literalmente, sobrevivendo por meio de um "balão de oxigênio", e o colapso dessa bolha parece cada vez mais próximo.

A queda da supremacia do dólar e a fragilidade econômica dos EUA abrem espaço para um novo cenário geopolítico, onde países emergentes buscam maior independência e autonomia financeira. O BRICS, ao romper com a dolarização das transações internacionais, acelera essa transição e enfraquece ainda mais o domínio econômico dos EUA.

Estamos presenciando o fim de uma era. O mundo não aceitará mais ser refém de uma moeda inflacionada e de um país que impõe suas vontades pela força. A falência dos Estados Unidos não é mais uma hipótese distante – é uma realidade que se desenha diante de nossos olhos.

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