sábado, 27 de janeiro de 2024

ESCLUSIVO: POLICIA FEDERAL CONFIRMA: “GABINETE DO ÓDIO” USOU VIAGEM OFICIAL DE BOLSONARO PARA NEGOCIAR PROGRAMA ESPIÃO

 “GABINETE DO ÓDIO” USOU VIAGEM OFICIAL DE BOLSONARO PARA NEGOCIAR PROGRAMA ESPIÃO

Um dos integrantes do núcleo que compõe o chamado “gabinete do ódio“, grupo de assessoramento e mobilização paralelo de ações prol governo, embarcou em uma viagem oficial de Jair Bolsonaro aos Emirados Árabes para comprar um programa espião. O DarkMatter estava à mostra durante o evento Dubai AirShow, realizado em novembro de 2021. Segundo reportagem dos jornalistas Jamil Chade e Lucas Valença, do portal UOL, o especialista é ligado ao vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente, e teria negociado a compra da ferramenta para uso do grupo durante campanha eleitoral.

As negociações, ainda conforme a matéria, foram feitas por um perito em inteligência e contrainteligência do governo federal, que tratou diretamente com os israelenses em uma sala privativa cedida pelo governo de Israel. As tratativas não foram finalizadas. As informações foram obtidas a partir de uma fonte do governo que também integrou parte da comitiva presidencial durante a viagem.

DarkMatter é um programa criada por um grupo de hackers de elite vinculados ao exército de Israel. A empresa tem sede em Abu Dhabi e conta com sistema que tem capacidade para invadir computadores e celulares, inclusive quando os aparelhos estão desligados.

Essa não teria sido a primeira tentativa do grupo paralelo, apontado por disseminar notícias falsas e atacar opositores ao governo, de adquirir um programa de espionagem em nome do governo brasileiro. Fontes ligadas ao Gabinete de Segurança Insitucional (GSI) e à Agência Brasileira de Inteligência (Abin), afirmaram aos repórteres que o “gabinete do ódio” mantém conversas com a Polus Tech, dona da ferramenta Pegasus, bastante reconhecida por seu potencial espião.

Procurados pelo UOL, Carlos Bolsonaro, o GSI e o Palácio do Planalto não se posicionaram nem responderam aos questionamentos até a publicação da reportagem nesta manhã (17).


Por Urias Rocha BR - Via UOL



Um comentário:

  1. Gravíssimo. Traição ao juramento que fez ao assumir a Presidência. Esse nome e Presidente na mesma frase não dá. Em qualquer país sério teria pena de morte para esse monstro genocida.

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