sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

PARA JAIR BOLSONARO A LEI NÃO É PARA TODOS

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Moro e Bolsonaro diante do abismo politico


PARA JAIR BOLSONARO A LEI NÃO É PARA TODOS: Para ele, ou o Moro  perdeu o controle da Polícia Federal, ou está "fazendo corpo mole”

Bolsonaro desconfia de Sergio Moro nas investigações sobre o filho Flávio

O presidente Jair Bolsonaro tem atribuído a "uma armação" do governador Wilson Witzel (PSC), o cerco do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) às movimentações suspeitas de recursos de seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (sem partido), quando deputado estadual. 

Mas não é só com Witzel que o presidente anda irritado. Bolsonaro disse a assessores mais próximos que seu ministro da Justiça, Sergio Moro, "anda muito esquisito”.

Para ele, ou o ex-juiz perdeu o controle da Polícia Federal, ou está "fazendo corpo mole". O presidente está absolutamente irritado com as operações de busca e apreensão realizadas pelo MP-RJ nesta quarta-feira, 18, em endereços ligados à sua ex-mulher Ana Cristina Siquera Valle, o filho Flávio, o assessor e ex-policial Fabrício Queiroz e outros parentes e assessores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. 

Como é inevitável nesses casos, a Polícia Federal costuma ter informações sobre esse tipo de operação. E o presidente não tem visto em Moro uma "atitude mais firme" sobre os policiais e delegados a ele subordinados. 

Em outras palavras, Bolsonaro gostaria que a Polícia Federal, chefiada por Moro, atuasse de "maneira mais pró-ativa" para neutralizar a o Ministério Público do Rio. 

Bolsonaro já havia forçado o ministro a afastar o superintendente da Polícia Federal no estado, na expectativa de manter a corporação local sob maior controle. Mas isso, na opinião do presidente, não parece estar dando certo. 

As desconfianças sobre Moro e Witzel têm em comum um mesmo pano de fundo: as eleições presidenciais de 2022. 

Witzel já se declarou interessado em concorrer. E, desde então, passou a ser tratado como um adversário pelo presidente. 

Moro, embora não tenha afirmado explicitamente o desejo de participar da disputa eleitoral, tem-se movimentado como pré-candidato. 

Com um agravante no caso do ministro: sua popularidade está maior do que a do presidente da República, segundo as pesquisas eleitorais. 

No Planalto dá-se como certa uma futura filiação de Moro ao Podemos, partido do senador Álvaro Dias (PR), com quem o ex-juiz tem grande afinidade.

Urias Rocha - jornalista 
Política global Blogger

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