Após uma semana cheia de informações que enrolaram cada vez mais o Flavio Bolsonaro no caso Fabrício Queiroz, o senador Cristovam Buarque vê que o rolo do filho do presidente pode não apenas acabar com a imagem de “mito” do pai, mas também de um de seus principais escudeiros: o ex-juiz e agora ministro da Justiça Sergio Moro. “O mito Bolsonaro está destruindo o mito Moro”, escreveu.
“É triste ver país sair de uma eleição prometendo acabar com a corrupção, descobrir que era apenas discurso eleitoral. Ainda mais triste saber que não é a primeira vez. Trocando os nomes, o discurso é o mesmo. A confirmação disto é que pessoas dos dois lados colocaram a carapuça”, afirmou.
Militares de olho nas ‘diabruras’ dos Bolsonaros
Goste-se ou não da presença de militares nos primeiros escalões do governo, fato é que eles terão, ao menos nesse início de mandato, um papel importante: servir de freio para as “travessuras” dos filhos do presidente: Carlos, Eduardo e Flavio Bolsonaro. Como mostra a editora do BR18 em sua coluna do Estadão deste domingo, o trio está envolvido em boa parte das dores de cabeça do pai nestes 20 dias de “nova era”.
“O filhotismo é um dos fenômenos originais da política brasileira. O fato é que a desenvoltura com que os filhos transitam no governo, de um lado, e o novelo do caso Queiroz em que o menos desenvolto deles se enreda dia a dia, de outro, respondem hoje pela quase totalidade de pequenas crises que travam o início do mandato do ’01′”, escreve. “Os militares, como os adultos na sala, já começam a se preocupar com as diabruras das crianças.”
Queiroz teria movimentado R$ 7 milhões em 3 anos
Além de movimentar R$ 1,2 milhão entre 2016 e 2017, o ex-assessor de Flavio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, teria outras movimentações financeiras suspeitas apontadas em relatório do Coaf. Segundo Lauro Jardim em O Globo desde domingo, mais R$ 5,8 milhões teriam passado pela conta corrente de Queiroz nos dois anos anteriores (2014 e 2015). Ou seja, em três anos, ele movimentou R$ 7 milhões.
O mito Bolsonaro está destruindo o mito Moro.
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FONTE: LAURO JARDIM
Por Urias Rocha - Mato Grosso do Sul
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