O jornal folha de são Paulo, revelou em seu editorial que Jair Bolsonaro usou durante anos um esquema fraudulento conhecido como caixinha quando era Deputado Federal.
Esquema de caixinha de Bolsonaro pode ter sido maior que a rachadinha de Flávio Bolsonaro e Queiroz
Ao longo de 28 anos como Deputado Federal, Jair Bolsonaro, promoveu reduções de salários, demissões e recontratações de funcionários, muitos no mesmo dia, que chegaram ao total de 350 movimentações, para se ter uma ideia essa movimentação foi superior a do deputado mais antigo da casa, Miro Texeira.
Dentro do esquema Bolsonaro chegou a dobrar, triplicar e até quadruplicar salários de funcionários com a intenção de que os mesmos tivessem contratos alterados, rescindidos e recontratados, de acordo com integrantes da área técnica da Casa, a medida foi motivada por outros agravantes: o de que deputados promoviam “caixinhas” em seus gabinetes com partes das verbas rescisórias dos auxiliares, em um esquema de ganha-ganha, para o parlamentar e o assessor
Entenda como funciona a “caixinha”: As suspeitas são de queparlamentares promoviam ou rebaixavam de cargo um funcionário, com isso, o funcionário recebia as verbas indenizatórias, como férias e 13º salário do cargo anterior e era reconduzido a novo cargo, ocorre que as “demissões” são de fachadas e o assessor demitido é promovido, ou rebaixado divide as verbas indenizatórias com o parlamentar e todos saem ganhando.
Relatório emitido pela a mesa diretora da câmara mostra que a prática tinha intenção de fraudar os cofres públicos.
O jornal folha de são Paulo teve acesso a documentos que mostram que até 2003 essa prática era usada de forma indiscriminada pelo agora presidente da República, assessores eram exonerados e recontratados no mesmo dia, em um relatório emitido pela a mesa diretora da câmara em 12/2003, apontou que a prática era usada apenas com intuito de forçar o pagamento da rescisão contratual dos funcionários com 13º salário e férias, muitas vezes acumulados acima do período permitido por lei.
“A atual sistemática vem provocando distorção que deve ser rapidamente eliminada, sob pena de agravarem-se os prejuízos financeiros já arcados pela casa”
“A atual sistemática vem provocando distorção que deve ser rapidaddemente eliminada,sob pena de agravarem-se os prejuízos financeiros já arcados pela casa” Servidores […] recebem em pecúnia os periodos de férias não gozados, quando ocorre mudança de nível de SP[secretário parlamentar] ou CNE[cargo de natureza especial], momento em que são exonerados de um nível para serem nomeados em outro”
” Mas esse procedimento contraria o objetivo preconizado, nos arts. 7º da constituição federal e 78, §3º da lei nº 8.112/90[do servidor público], que é impor à administração pública o dever de indenizar as férias daqueles que se desliguem do órgão a que estejam vinculados, de sorte que, inexistindo o efetivo desligamento não justifica indenizar o servidor.”
A folha de são Paulo aponta em sua reportagem que 12 meses antes da emissão desse relatório, Jair Bolsonaro chegou a fazer 18 movimentações no seu gabinete, após a emissão do relatório da mesa diretora da câmara, as movimentações caíram para apenas 7 no ano seguinte.
Clique Aqui e leia a reportagem completa do Jornal Folha de São Paulo
A prática usada por Bolsonaro pode ter sido pelo menos 3 vezes maior que o esquema de rachadinha de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, vale ressaltar que 9 funcionários do senador que são investigados no esquema da rachadinha, pelo menos 6 estiveram lotados no gabinete de Jair Bolsonaro antes de trabalhar para Flávio e tiveram movimentações durante a passagem no gabinete de Jair, ou seja, podem ter feito parte do suposto esquema de caixinha do agora presidente da República.
Aos poucos o Brasil descobre como trabalhava a família Bolsonaro nos bastidores da política, algo que antes das eleições a sociedade não sabia porque Jair Bolsonaro era um deputado mais medíocre do que consegue ser como presidente da República, na próxima reportagem acompanhe, como Bolsonaro fazia para que funcionários recebessem indenizações em dobro.
NOTA AO LEITOR
É bem verdade que essa prática não era exclusividade do gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro, nossa reportagem foi focada na matéria vinculada pelo Jornal Folha de São Paulo, que fez um levantamento detalhado do gabinete dele, e portanto, não há como ser desligada a imagem de “homem honesto” da prática de um esquema que visou prejuízo aos cofres públicos.
Texto: Pedro OliveiraEdição: Ana Fernandes Informações: Folha de São Paulo
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